quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O QUE SIGNIFICA UNÇÃO, UNGIR E UNGIDO - PARTE 5

Seja sincero na fé, veja se lhe falta unção, procure aprender, procure receber unção de quem tem, e principalmente busque o Espírito Santo.

OUVIDOS UNGIDOS! – Busque a Deus exatamente para isso, para que Ele conceda, em Sua maravilhosa graça, que nenhuma palavra do seu chamado caia por terra. Isso faz com que eu tome muito cuidado com as palavras, para ter certeza de que Deus falou, de que ouvi Sua Palavra antes de proclamá-la.

Foi exatamente isso que aconteceu com Ezequiel. “Mas tu, filho do homem, ouve o que eu te digo... Abre a boca e come o que Eu te dou” – (Ezequiel 2:8). Em seguida, Deus estendeu-lhe um rolo escrito em que havia palavras de lamentação, angústia e julgamento. Não eram palavras doces. E então Deus lhe disse: “Come este rolo e vai falar coma casa de Israel... Tudo quanto eu te disser, recolhe em teu coração. Ouve com toda atenção. E vai... ao teu povo e dize-lhe” – (Ezequiel 3:1, 10-11).

Comer o rolo é, simbolicamente, trazer a Palavra de Deus para dentro de nós, digeri-la, internalizá-la até que ela queime em nosso interior com fogo inextinguível. Primeiro, a paixão de Deus precisa encher a nós mesmos, antes de podermos proclamar Sua Palavra com poder.

Depois de ouvirmos de Deus, nossas vidas precisam encarnar, ilustrar e demonstrar aquilo que vamos proclamar. Se a verdade não mudou nada em nós mesmos, provavelmente não mudará em mais ninguém.
Veja 1 Ts 1: 5 e 6 – 1 Ts 2: 
Podemos dizer que a maioria das pessoas nas igrejas cristãs, onde se preza tanto a pregação bíblica, não coloca em prática os ensinos e mensagens que ouve. Uma das razões disso é que não vêem as verdades encarnadas na vida dos pregadores. Oswald Chambers disse “Antes de a mensagem de Deus libertar outras vidas, a libertação tem que ser real na sua vida”.

Na vida pública, tudo o que fazemos está sendo observado. As pessoas examinam, avaliam e, as vezes, interpretam mal. Porém o maior temor, no sentido mais positivo dessa palavra, é em relação àquele dia em que cada detalhe, por menor que seja, de minha conduta será descoberto e exposto diante dos olhos de Deus, que tudo vêem, tudo sabem e tudo perscrutam. Ele enxerga, mesmo agora, aquilo que as multidões não vêem – quem eu sou nos bastidores, nos lugares privados, nos recantos secretos do meu coração, nos esconderijos de meus pensamentos mais resguardados.
Eu sei que se minha vida não encarnar, até mesmo no mais recôndito do meu ser, a verdade que estou proclamando, perderei a unção e o poder do Espírito Santo em meu ministério público.
 
LÁBIOS UNGIDOS! - Deus permita que tenhamos não apenas uma vida ungida, mas também lábios ungidos, para podermos fazer proclamações poderosas, seja para uma só pessoa, seja para pequenos grupos, seja no púlpito!
Dizia Agostinho: “Quando a Escritura fala, Deus fala”. Precisamos cultivar esse tipo de reverência com temor pelas palavras de Deus em comparação com as nossas próprias palavras. O simples fato de que Deus pode falar por nosso intermédio deveria nos constranger! Se nos constrange, com certeza há de comover os que nos ouvem. Não podemos esperar que as verdades proclamadas impactem mais os ouvintes do que já impactaram nosso próprio coração.

Precisamos confiar plenamente no poder da Palavra de Deus, no poder da verdade. Jesus disse: “As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (Joâo 6.63).
Não são nossas palavras que transmitem vida. Existe uma forte tendência, em nossa cultura consumista, de confiar em dons naturais e de aplaudir nos outros os talentos e habilidades que possuem – como capacidade de comunicação, oratória, criatividade, inovação, uso de tecnologia avançada (apresentações PowerPoint).
Devemos ter em mente que são apenas ferramentas, inúteis, vazias, enfadonhas e ocas se forem desvinculadas da confiança na Palavra de Deus, no Seu Poder e na Sua Unção.

A Palavra de Deus é capaz de penetrar os corações e dividir alma e espírito, juntas e medulas (Hebreus 4.12). Expõe os corações de homens e mulheres. Confie no poder da Palavra de Deus,de sua verdade e na sua unção.

O poder da unção em lábios ungidos muda vidas. Há poder para fazer novas todas as coisas, para corrigir o que está errado, para endireitar o que está torto, pois a Palavra de Deus é como fogo, como martelo que esmigalha a pedra (Jeremias 20.9; 23.29).
Devemos falar com fervor, intensidade e convicção. Se não acreditamos na urgência e importância daquilo que falamos, por que nossos ouvintes iriam dar valor?

Lábios ungidos, devem  ser constante, ininterrupta, consciente e intencionalmente encaminhar as pessoas a Cristo e à cruz. Paulo disse: ”Não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, Senhor. Quanto a nós mesmos, apresentamo-nos como vossos servos” (2 Coríntios 4.5). Ele é o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega, e tudo o que vem depois do princípio e antes do fim (Apocalipse 1.8). Toda a Bíblia aponta para Jesus.
BUSQUE O PODER DO ESPÍRITO SANTO
Clame a Deus: “Oh, Senhor, dá-me do teu óleo novo!”.

Em muitos dos nossos círculos de teologia, deixa-se pouco espaço para o trabalho misterioso, sobrenatural e sempre novo do Espírito Santo.
Nenhum dos teólogos negaria o Espírito Santo.
Todos ensinam sobre ele, mas quando se trata dessa obra misteriosa do Espírito para ungir a vida e os lábios do pregador e do ouvinte, surge o temor, o que traz enorme prejuízo.

O Espírito é como o vento, que sopra onde quer e não pode ser encerrado em uma caixa. Temos de clamar a Deus por esse óleo novo do Espírito Santo, porque o poder não está nas palavras que proferimos; não está em nossa eloqüência ou em nossos métodos fantásticos ou ultramodernos. Não é pela força, mas pelo Espírito Santo de Deus, diz o Senhor dos exércitos! (Zacarias 4.6).

Paulo disse: “Minha palavra e minha pregação nada tinham de persuasiva linguagem de sabedoria humana, mas eram uma demonstração de Espírito e do poder de Deus” (1 Coríntios 2.4-5).
É assim que se produz um ministério ungido sob o poder e a sombra do Todo-Poderoso. Somos fracos, inadequados, extremamente pobres, na melhor das hipóteses. Mas possuímos essa fonte ilimitada de graça, que é o Espírito de Deus, disponível para cobrir nossas insuficiências e que jamais se esgota.
Podemos voltar e continuar voltando e clamando: “Mais, mais! Óleo novo, óleo novo! Dá-me, ó Deus, óleo novo!”.

E. M. Bounds escreveu: “Sem a Unção do Espírito Santo, nada poderá qualificar o pregador. Ele necessita de poder, poder para trazer à vida os espiritualmente mortos, poder para libertar da escravidão de Satanás, poder para trazer o brilho do meio-dia às trevas profundas do pecado e do inferno. O poder da aprendizagem, o poder da oratória e o poder da mente não capacitam ninguém para essa tarefa”.

 "Porém tu exaltarás o meu poder, como o do boi selvagem. Serei ungido com óleo fresco." - Salmo 92:10.

Prosseguiremos com ou sem a unção? - Nós nunca dizemos que vamos caminhar sem Deus, mas quanto do que estamos fazendo é feito por nós mesmos, sem depender da intervenção dele? Pretendemos prosseguir sem a unção do Espírito de Deus? Vamos buscar em Deus a divina unção, provisão e intervenção, o derramamento do Espírito em qualquer que seja a esfera do nosso chamamento! Esperemos dele a grande colheita, aquela que jamais poderá ser explicada sem ele! O mundo e a Igreja não precisam ver o que nós podemos fazer. Isso, eles já viram. Agora precisam ver o que somente Deus pode fazer.
Devemos nos despir de toda sabedoria humana e de todo orgulho.
Vejamos em nossa congregação os fracos na fé e oremos por eles.
Vejamos os ungidos e oramos com eles.
Vejamos nossas fraquezas, pecados e vaidades e apresentemos a Deus.
É hora de despertarmos para o avivamento que Deus já derramou, mas muitas vezes não estamos vivendo.
E por qual razão? Quantas vezes Deus usa profetas e não escutamos? Quantas vezes Deus levanta vasos e nós os escarnecemos e não damos créditos?
Quantos são os irmãos muitas vezes humildes e pobres que Deus usa para avivar a igreja, mas devido sua condição social é desprezado.
Perdoai-nos Senhor! Perdoai-nos!
Ó Deus, dá-nos o óleo novo, a unção do teu Espírito!
E então, pela fé, após ter clamado pelo óleo novo, que possamos recebê-lo, confiando que Deus o dará. Amém!
 Pr. Carlos Borges(CABB)

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