A
UNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO É DADA POR DEUS AO CRENTE ATRAVÉS:
1) do espírito santo (jo 20:21, 22 - at 2:2).
2) derramada pelos anjos por ordem divina (is
6:6, 7 - ez 1:4, 5 - 2:1, 2).
3) através dos homens e mulheres de deus como
canal do Espírito Santo (2 rs 2:13 - at 19:6,7).
durante muitos anos a igreja se esqueceu do
batismo do Espírito Santo (unção), somente em meados de 1.900 que a igreja
“acordou” e “descobriu” que poderia receber o batismo do Espírito Santo como
está descrito em atos 2.
depois do reavivamento com o batismo do
espírito a igreja acreditou que esta seria a única unção de Deus, quantas
igrejas estão “dormindo”, pois não aceitam outras unções, acreditando que o
batismo do Espírito Santo é a única unção de Deus.
porém a unção é ilimitada e infinita, porque Deus
é infinito e ilimitado.
Deus sempre terá uma nova unção aos seus filhos
(jo 4:14 - 7:37-39 - jl 2:28,29)
o Senhor quer derramar da sua unção em sua
vida espiritual (fervor, fogo) (mt 3:11 - mc 16:17, 18), na sua vida
ministerial (1 co 12:28 - rm 12:6-8), na sua vida pessoal (vitória) (lc 10:19).
(disse-lhe Jesus: não te hei dito que, se
creres, verás a glória de Deus? -João 11: 40).
basta você crer! aleluia, glória a Deus!
UNÇÃO
Embora à primeira
vista pareça um assunto simples de ser entendido, é um tema que gera muita
polêmica. Por exemplo, os protestantes “históricos” tendem a rejeitar o uso do
óleo de unção na atualidade, enquanto os “pentecostais” defendem com convicção
esse ato. Portanto, iremos aqui procurar entender o que as Escrituras realmente
dizem sobre isso, independentemente do que as diferentes denominações
evangélicas defendem.
O óleo, na bíblia,
segundo alguns, simboliza o Espírito Santo, assim como o fogo, a pomba, entre
outros. Porém, nela, não há uma afirmação explícita quanto a isso. Portanto,
quando se fala em unção com óleo, pode ser que se pretenda produzir uma
simbolização do Espírito Santo atingindo alguém.
Há inúmeras
referências nas Escrituras sobre esse tipo de unção, tanto no Velho, quanto no
Novo Testamento. Para facilitar, separaremos em dois blocos:
1 - Velho Testamento: O óleo representava a consagração/separação a Deus
de pessoas ou objetos.
- Êxodo 30:26-29; 40:9-11 e Levítico 8:10 = Havia o azeite da
santa unção, que era usado para ungir objetos (tendas, utensílios diversos,
altar, tenda), com o intuito de santificá-los (separá-los, consagrá-los) a Deus. A partir daí, tudo o
que tocasse esses objetos tornar-se-ia santo.
- Êxodo 30:30 e Levítico 8:12 = Uso do azeite para ungir
pessoas, com o intuito de santificá-los como sacerdotes.
- I Samuel 10:1; 16:13; I Reis 1:39 = Uso de azeite para ungir
reis (pessoas).
- I Reis 19:16 = Unção de profetas (pessoas).
2 - Novo Testamento: O óleo tinha diferentes simbolismos e/ou utilidade.
- Marcos 6:13 = Discípulos usando óleo para ungir os doentes.
- Tiago 5:14 = Recomendação de Paulo para que presbíteros usassem
azeite para ungir doentes. Essa unção é o ponto de maior discórdia atualmente,
pois alguns defendem que era a unção tradicional (como o uso de um pouco de
óleo sobre a cabeça), enquanto outros alegam que era o uso medicinal do azeite.
Discutiremos isso um pouco à frente.
- Marcos 14:8 e Lucas 23:56 = Mulheres realizando unção em Jesus
(como parte de um processo de “embalsamento” para a sepultura).
- Lucas 7:38 e 7:46 = Uma mulher, pecadora, demonstrando sincera
alegria, unge os pés de Jesus, como gesto de “boas vindas” (era costume na
época).
Atualmente
observamos muito misticismo, magia e superstição quando o assunto é óleo de
unção. O que seria uma simbolização ou um uso medicinal (é discutível e veremos
logo em seguida) tornou-se uma espécie de “macumba cristã”, em que o óleo é
tido como detentor de um poder sobrenatural.
Como era de se
esperar, muitas seitas defensoras da teologia da prosperidade até comercializam
supostos óleos milagrosos, que seriam capazes de curar, expulsar demônios,
trazer riquezas e a paz. Ou seja, o poder não está mais na Palavra e no sangue
de Jesus e sim, engarrafado nas mãos de falsos profetas.
Nos tempos bíblicos existiam
vários tipos de óleos e várias aplicações.
Por exemplo:
- Azeite de oliva =
simbolizava vida útil, saudável e alegre. (Salmo 92:10)
- Óleo medicinal = era
muito usado na medicina judaica antiga, seja puro ou misturado com ervas. O
incenso e a mirra eram muito utilizados.
(Isaías 1:6; Lucas 10:34)
- Unguento = Incenso,
mirra ou azeite de oliva associado a perfumes. Era muito usado até mesmo pelos
pobres (embora fosse uma substância de alto valor) quando recebiam uma visita
em casa, como sinal de boas-vindas. (Lucas
7:46)
- Unguento fúnebre = na
cultura da época, fazia parte do processo de preparo para o sepultamento. (Mateus 26:12; Lucas 23:55,56)
A aplicação era
feita na cabeça, na face, nos pés ou sobre as lesões de pele. Devemos salientar
que os principais líderes da Reforma Protestante não aprovavam a continuidade
da unção com óleo, porém, posteriormente, outros líderes foram adotando esta
prática, como podemos ver no predomínio desta aplicação entre pentecostais e
neopentecostais.
Analisando Tiago 5:14 :
Primeiramente
devemos observar que o contexto desse versículo nos traz um ensino sobre o
poder e a importância da oração. A unção foi um “detalhe” colocado no assunto
do texto. Tanto é que há os dizeres: “a oração da fé salvará o doente”.
Ou seja, o resultado virá da oração e não, da unção.
Porém a dúvida
persiste. Seria essa unção a aplicação de um medicamento da época (que era
usado para uma infinidade de problemas de saúde) no doente ou seria um ritual
que simbolizaria a ação do Espírito Santo? Não podemos cravar uma resposta, mas
tudo leva a crer que tanto essa unção quanto aquela citada por Jesus em Marcos 6:13 se referiam não a essa
aplicação de óleo com finalidade espiritual e sim, como medicação para cura do
enfermo. Era como se o presbítero chegasse, desse o remédio que fizesse parte
do tratamento médico e em seguida fizesse uma oração para que Deus atuasse no
processo de cura do doente. Chegamos a essa conclusão quando olhamos para o
termo grego que foi traduzido por “unção”. Em grego, a palavra é “aleipho”,
que significa “passar gordura, óleo ou unguento” ou ainda: “passar perfume ou
substância aromática”. Ou seja, esse termo tem um significado cotidiano,
referindo-se a um processo muito usado na época para aplicar óleos. Se essa
unção tivesse um sentido espiritual, como para representar a ação divina, o
termo usado provavelmente seria “christos”, que significa: “conceder
autoridade por meio de unção”.
Há, porém, aqueles
que discordam dessa visão e insistem que o óleo usado era sim uma unção na
cabeça da pessoa e que foi uma recomendação apostólica e de Cristo. Porém,
mesmo para este grupo, que fique claro: essa unção seria para o doente e não,
para a doença. Portanto, jamais deve ser feito o que muitos realizam, que é
ungir a barriga, quando a pessoa tem um problema no estômago ou até mesmo o
cúmulo de ungir a genitália de pessoas com problemas reprodutivos. Isso é um
fetichismo ridículo (ou até mesmo um assédio sexual), uma idolatria, uma
superstição e um paganismo sem tamanho, que deve ser combatido por qualquer
pessoa, independentemente do que pensar sobre a unção.
- A extrema unção (católica) é válida?
O catolicismo
defende a necessidade de “preparar a alma para a morte”, quando a pessoa tem
uma doença grave e está prestes a falecer. Justificam essa visão distorcendo o
texto de Tiago 5:14,15. Alegam
que os apóstolos já faziam isso, pois interpretam que essa unção seria para a
morte. Porém, essa visão é desmentida quando se confronta o Evangelho como um
todo com essa distorção. Além disso, podemos descartar essa ideia quando
observarmos a história, pois a unção para sepultamento era apenas uma das
possibilidades de uso do óleo. A maioria das aplicações não era para morte e
sim, para vida. Tanto é que Jesus disse para os apóstolos orarem para os
doentes e ungi-los. Seria um preparo para a morte dessas pessoas? Obviamente
não. Portanto, a extrema unção não tem nenhum respaldo no Evangelho.
Pr. Carlos Borges(CABB)
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