sábado, 20 de janeiro de 2018

FÉ VERSUS OBRAS



Rm 3.22-26
Introdução: Você acreditaria numa pessoa que se diz eletricista, mas não consegue trocar uma lâmpada? Você acreditaria num homem que diz ser excelente piloto, mas não consegue estacionar o carro numa garagem? Você acreditaria em alguém que diz ser matemático, mas não sabe o resultado de 8 x 8? Tiago também quer saber como é que uma pessoa pode dizer que tem fé, mas não possui uma obra, nem uma sequer, para poder provar esta fé! O problema é sério!

I A JUSTIÇA DOS JUDEUS
1- O juízo imparcial de Deus(Rm 2.1-27)
·        Em algumas ocasiões nos escritos da Nova Aliança o apóstolo Paulo utiliza a expressão “obras da lei” (carta aos Romanos cap. 03 e aos Gálatas cap. 02 e 03).
·        Quando, com razão, ficamos irados por causa do pecado de alguém. Devemos, mas é necessário  fazê-lo com humildade.
·        É comum observarmos mais claramente nos outros os  pecados que também estão enraizados  em nós.
·        Se olharmos cuidadosamente a nossa vida, poderemos constatar que  cometemos os mesmos  pecados, talvez de uma forma  socialmente aceitável”.
·        Por exemplo, uma pessoa que  fala  da vida  alheia, pode mostrar-se  severamente crítica a respeito de alguém que fale da vida dela.
·        Em sua grande bondade, Deus retém o seu juízo, dando tempo ás pessoas  para que abandone  o pecado.(ex. Os contemporâneo de Noé, enquanto ele construía a arca)
·        É fácil abusarmos da paciência de Deus e buscarmos  aprovação para os caminhos errados em que vivemos.
·        A autocritica é algo difícil; é ainda mais  penoso apresentamo-nos abertamente a Deus  e permitir que Ele  nos diga  em que área de nossa vida precisamos mudar.
·        Porém, como cristãos, devemos pedir ao Senhor que nos mostre os nossos pecados, para que ele nos possa perdoar e curar, infelizmente temos  a tendência de admirar a paciência que o Senhor tem para com outras pessoas, em vez  de nos humilharmos  e reconhecer como Ele tem sido paciente conosco. 

2- Todos São Pecadores
·        Algumas pessoas acreditam que não precisam preocupar-se com o pecado, por que:
             1- Perdoar é função de Deus.
             2- Ele é tão bondoso que não nos julgará.
             3- O pecado não é tão ruim, pois nos ensina lições  valiosas
             4- Precisamos estar contato com a cultura que nos rodeia.
·        É muito fácil considerarmos  a graça de Deus como certa, mas Ele não pode  negligenciar  o pecado.
·        Não importa contas desculpas inventemos, os pecadores terão de dar conta a Deus por seus pecados.
·        Pecado é qualquer ato, sentimento ou pensamento que vai contra os padrões de Deus.
·        Quem peca desrespeita as leis divinas, fazendo o que é errado ou injusto do ponto de vista de Deus. (1 João 3:4; 5:17).
·         A Bíblia também fala sobre o pecado da omissão, ou seja, deixar de fazer o que é certo. — Tiago 4:17.


3- Os judeus não são exceção (Rm 3.19-20)
·        Qual foi a ultima vez que alguém o acusou de uma falta grave e qual foi a sua reação?
·        Em, nossa vida com Deus, nós desistimos de nos defender e aguardar a decisão dele?
·        Nesses versículos (Rm 3.20-21), vemos duas funções da Lei de Deus.
1- Elas nos mostram onde erramos. Por causa da lei, sabemos que somos pecadores sem esperança e que devemos buscar a Jesus Cristo para obter perdão e misericórdia.
2- Código moral revelado na lei pode servir para guiar nossos  atos, a  fim de mantermos  em nossa vida  os padrões  morais de Deus.
·        Não alcançamos a salvação apenas observando a Lei (ninguém exceto Cristo, jamais guardou ou poderia obedecer perfeitamente a Lei de Deus). Mas tornamo-nos agradáveis a Deus quando nossa vida está de acordo com a vontade DELE que nos foi revelada.  

II O PERDÃO DOS PECADOS
1- A justificação pela fé(Rm 1, 16, 17)
·        Nós podemos perceber hoje em dia o grande interesse demonstrado pelas pessoas, quanto à busca por Deus e a comunhão com Ele.
·        Porém, nem sempre essas pessoas se submetem às orientações da Palavra de Deus para que tal experiência se concretize.
·        Muitos caminhos têm sido tentados pelo homem: cumprimento de leis e mandamentos, prática de boas obras, abstinências e penitências, autoflagelação, superstições, meditação transcendental, reencarnação etc.
·        Entretanto, todos esses caminhos são equivocados e ineficazes para que o homem seja justificado diante de Deus.
·        De acordo com a Bíblia existe uma única maneira para que o pecador possa chegar até Deus.
·        É o caminho da justificação pela fé em Cristo. Este é o tema da carta aos Romanos.
·        Depois da triste noticias acerca de nossa natureza pecaminosa e do castigo de Deus, Paulo nos transmitiu noticias  maravilhosas.
·        Existe uma maneira de sermos inocentados: crendo em Jesus, pois Ele pode apagar  os nossos pecados.
·        Crer significa confiar plenamente que Cristo perdoará nossas iniquidades, nos tornará justo diante de Deus e nos capacitará a viver como Ele ensinou.
·        Todos os pecados nos separam de Deus, mas pode ser perdoados,  a única exceção é o pecado contra o Espírito Santo.

2- A propiciação
·        Embora outras palavras semelhantes apareçam na Bíblia, a palavra grega (hilasmos) traduzida "propiciação" em 1 João 2:2 e 4:10 aparece somente estas duas vezes no Novo Testamento.
·        É uma palavra rica que descreve um aspecto importantíssimo da salvação.
·        Outras palavras que descrevem a salvação falam em termos do pecado (perdão) ou do pecador (redenção, remissão, etc.).
·        Mas, a propiciação aborda o problema do pecado em relação a Deus.
·        Literalmente, a ideia da propiciação é de aplacar ou acalmar a ira de Deus.
·        Esta palavra nos dá motivo para frisar alguns aspectos importantes da nossa salvação em Cristo.
·        O mesmo livro que fala sobre a propiciação afirma que "Deus é amor" (1 João 4:7).
·        Infelizmente, uma imagem distorcida do amor de Deus tem prejudicado o nosso entendimento da salvação.
·         Muitas pessoas hoje acreditam na bondade de Deus, mas não na severidade (Romanos 11:22).
·        Acreditam na vida eterna, mas não no castigo eterno (Mateus 25:46).
·        A Bíblia claramente afirma que o mesmo Deus que nos ama exige um sacrifício para acalmar a sua ira.
·        As ideias de amor e ira são reunidas no mesmo versículo quando João afirma: "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados" (1 João 4:10).

3-Deus de todos
·        No dicionário da língua portuguesa, a palavra soberania está explicada como ‘autoridade suprema que detém o poder sem restrições’. Teologicamente, ‘soberania’ significa controle e domínio absoluto de Deus sobre tudo e sobre todos.
·        Assim, Deus é, e está além e acima de toda força ou poder ou autoridade.
·        Nossa mente não consegue entender muito bem os atributos de Deus.
·         Ele é um Ser Todo-Poderoso, Todo-Bom, Todo-Conhecedor, Todo-Sábio.
·        Mas, se não compreendermos o poder absoluto e total de Deus, como poderemos aprender a descansar NELE?
·        Se não entendermos a soberania do Pai, não conseguiremos entregar nossas ansiedades, problemas e preocupações, que ocupam tanto o nosso coração.
·         Por isso, quanto mais próximos estivermos dessa compreensão, mais seguros e confiantes viveremos no Senhor.
·        Não é reconfortante saber que o nosso Deus é tão grande?
·        Muito mais ainda por sabermos que Ele cuida de nós.
·        O Deus Soberano, Todo-Poderoso e Todo-Sábio é quem cuida de mim e de você. 
·        O Salmo 23 nos explica bem o cuidado que Ele tem por nós.
·        Ele é o nosso Pastor e não permite que nada nos falte, Ele guia os nossos caminhos, Ele nos livra do mal e nos protege, Ele nos cobre com sua bondade e misericórdia. 
·        Também o capítulo 40 de Isaías retrata a soberania de Deus e seu cuidado para conosco.

III ABRAÃO, O PAI DA FÉ
1-Abraão justificado pela fé
·        Os judeus sentiam orgulho  de serem chamados de filhos de Abraão.
·        Paulo usou Abraão como um bom  exemplo de alguém que foi salvo pela fé.
·        Ao enfatizar a fé, Paulo não  disse que a lei de Deus não é  importante, mas que  é impossível ser salvo  apenas pelo farto de obedecer a lei.
·        Abraão era diferente. À medida que os anos passavam, ele se destacava cada vez mais por causa de sua fé.
·        De fato, o apóstolo Paulo foi mais tarde inspirado a chamá-lo de o “pai de todos os  que têm fé”.
·        Abraão se tornou agradável a Deus pela sua fé, antes mesmo de ter sido circuncidado.
·        Cerimônias e rituais servem como um memorial à nossa fé e para ensinar os novos crentes e as pessoas mais jovens.
·        Mas não devemos pensar que nos outorgam algum mérito especial perante Deus.

2-Fé imputada como justiça
·        Sem dúvida, qualquer cristão sincero, olhando para si mesmo, particularmente em contraste com a justiça de Deus, especialmente da forma como foi revelada em Cristo, verá algo bastante assustador.
·        Não há muito para recomendá-lo diante de Deus, certo?
·         Na verdade, não há nada, nada mesmo, exceto o “trapo da imundícia”.
·        Que esperança temos então? Uma grande esperança, verdadeiramente, e o termo teológico para essa esperança é justiça imputada.
·         O que significa isso? De modo muito simples, é a perfeita justiça de Jesus, a justiça “tecida no tear do Céu” e concedida a nós pela fé. “Justiça imputada” significa substituir nossa vida pecaminosa por Sua vida sem pecado.
·         Ela vem de fora de nós, é creditada a nós, e nos cobre completamente.
·        Somos vistos aos olhos de Deus como se nunca houvéssemos pecado, como se tivéssemos sido sempre totalmente obedientes aos mandamentos de Deus, como se fôssemos tão santos e justos como o próprio Jesus.

3-Pecados não imputados
·        O Significado de "Imputação". Imputar algo a uma pessoa significa pôr esse algo em sua conta (creditar) ou contá-la entre as coisas que lhe pertencem – ser-lhe creditado, e o que lhe é imputado passa a ser legalmente seu; é-lhe contado como sua possessão. Imputar significa contar, creditar, atribuir.
·        Os pecados dos crentes foram imputados a Cristo – por isto Ele sofreu e morreu na cruz (1 Pedro 2.24; 2 Coríntios 5.21).
·        Cristo foi feito legalmente responsável pelos pecados do crente, e sofreu o justo castigo que a este correspondia.
·        Ao morrer no lugar do crente, Cristo satisfez as demandas da justiça e o libertou para sempre de toda possibilidade de condenação ou castigo.
·         Quando os pecados do crente foram imputados a Cristo, o ato de imputação não fez a Cristo pecador ou contaminou Sua natureza – tampouco, de modo algum afetou Seu caráter; este ato só tornou Cristo o responsável legal de tais pecados.
·        A imputação não troca a natureza de nada; somente afeta a posição legal da pessoa.

Pr. Carlos Borges(CABB).

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