Rm 3.22-26
Introdução: Você acreditaria numa pessoa
que se diz eletricista, mas não consegue trocar uma lâmpada? Você acreditaria
num homem que diz ser excelente piloto, mas não consegue estacionar o carro
numa garagem? Você acreditaria em alguém que diz ser matemático, mas não sabe o
resultado de 8 x 8? Tiago também quer saber como é que uma pessoa pode dizer
que tem fé, mas não possui uma obra, nem uma sequer, para poder provar esta fé!
O problema é sério!
I
A JUSTIÇA DOS JUDEUS
1- O juízo imparcial de Deus(Rm 2.1-27)
·
Em algumas
ocasiões nos escritos da Nova Aliança o apóstolo Paulo utiliza a expressão “obras da lei”
(carta aos Romanos cap. 03 e aos Gálatas cap. 02 e 03).
·
Quando, com
razão, ficamos irados por causa do pecado de alguém. Devemos, mas é
necessário fazê-lo com humildade.
·
É comum
observarmos mais claramente nos outros os
pecados que também estão enraizados
em nós.
·
Se olharmos
cuidadosamente a nossa vida, poderemos constatar que cometemos os mesmos pecados, talvez de uma forma “socialmente
aceitável”.
·
Por exemplo, uma
pessoa que fala da vida
alheia, pode mostrar-se
severamente crítica a respeito de alguém que fale da vida dela.
·
Em sua grande
bondade, Deus retém o seu juízo, dando tempo ás pessoas para que abandone o pecado.(ex. Os contemporâneo de Noé,
enquanto ele construía a arca)
·
É fácil abusarmos
da paciência de Deus e buscarmos
aprovação para os caminhos errados em que vivemos.
·
A autocritica é
algo difícil; é ainda mais penoso apresentamo-nos
abertamente a Deus e permitir que
Ele nos diga em que área de nossa vida precisamos mudar.
·
Porém, como
cristãos, devemos pedir ao Senhor que nos mostre os nossos pecados, para que
ele nos possa perdoar e curar, infelizmente temos a tendência de admirar a paciência que o Senhor
tem para com outras pessoas, em vez de
nos humilharmos e reconhecer como Ele
tem sido paciente conosco.
2- Todos São Pecadores
·
Algumas pessoas
acreditam que não precisam preocupar-se com o pecado, por que:
1- Perdoar é função de Deus.
2- Ele é tão bondoso que não nos
julgará.
3- O pecado não é tão ruim, pois
nos ensina lições valiosas
4- Precisamos estar contato com a
cultura que nos rodeia.
·
É muito fácil
considerarmos a graça de Deus como
certa, mas Ele não pode
negligenciar o pecado.
·
Não importa
contas desculpas inventemos, os pecadores terão de dar conta a Deus por seus
pecados.
·
Pecado é qualquer
ato, sentimento ou pensamento que vai contra os padrões de Deus.
·
Quem peca
desrespeita as leis divinas, fazendo o que é errado ou injusto do ponto de
vista de Deus. (1 João 3:4; 5:17).
·
A Bíblia também fala sobre o pecado da
omissão, ou seja, deixar de fazer o que é certo. — Tiago 4:17.
3- Os judeus não são exceção (Rm
3.19-20)
·
Qual foi a ultima
vez que alguém o acusou de uma falta grave e qual foi a sua reação?
·
Em, nossa vida
com Deus, nós desistimos de nos defender e aguardar a decisão dele?
·
Nesses versículos
(Rm 3.20-21), vemos duas funções da Lei de Deus.
1- Elas nos mostram onde erramos. Por causa da lei,
sabemos que somos pecadores sem esperança e que devemos buscar a Jesus Cristo
para obter perdão e misericórdia.
2- Código moral revelado na lei pode servir para guiar
nossos atos, a fim de mantermos em nossa vida
os padrões morais de Deus.
·
Não alcançamos a
salvação apenas observando a Lei (ninguém exceto Cristo, jamais guardou ou
poderia obedecer perfeitamente a Lei de Deus). Mas tornamo-nos agradáveis a
Deus quando nossa vida está de acordo com a vontade DELE que nos foi revelada.
II
O PERDÃO DOS PECADOS
1- A justificação pela fé(Rm 1, 16, 17)
·
Nós podemos
perceber hoje em dia o grande interesse demonstrado pelas pessoas, quanto à
busca por Deus e a comunhão com Ele.
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Porém, nem sempre
essas pessoas se submetem às orientações da Palavra de Deus para que tal
experiência se concretize.
·
Muitos caminhos
têm sido tentados pelo homem: cumprimento de leis e mandamentos, prática de
boas obras, abstinências e penitências, autoflagelação, superstições, meditação
transcendental, reencarnação etc.
·
Entretanto, todos
esses caminhos são equivocados e ineficazes para que o homem seja justificado
diante de Deus.
·
De acordo com a
Bíblia existe uma única maneira para que o pecador possa chegar até Deus.
·
É o caminho da
justificação pela fé em Cristo. Este é o tema da carta aos Romanos.
·
Depois da triste
noticias acerca de nossa natureza pecaminosa e do castigo de Deus, Paulo nos
transmitiu noticias maravilhosas.
·
Existe uma
maneira de sermos inocentados: crendo em Jesus, pois Ele pode apagar os nossos pecados.
·
Crer significa
confiar plenamente que Cristo perdoará nossas iniquidades, nos tornará justo
diante de Deus e nos capacitará a viver como Ele ensinou.
·
Todos os pecados
nos separam de Deus, mas pode ser perdoados, a única exceção é o pecado contra o Espírito
Santo.
2- A propiciação
·
Embora outras
palavras semelhantes apareçam na Bíblia, a palavra grega (hilasmos)
traduzida "propiciação" em 1 João 2:2 e 4:10 aparece somente estas duas
vezes no Novo Testamento.
·
É uma palavra
rica que descreve um aspecto importantíssimo da salvação.
·
Outras palavras
que descrevem a salvação falam em termos do pecado (perdão) ou do pecador
(redenção, remissão, etc.).
·
Mas, a
propiciação aborda o problema do pecado em relação a Deus.
·
Literalmente, a
ideia da propiciação é de aplacar ou acalmar a ira de Deus.
·
Esta palavra nos
dá motivo para frisar alguns aspectos importantes da nossa salvação em Cristo.
·
O mesmo livro que
fala sobre a propiciação afirma que "Deus é amor" (1
João 4:7).
·
Infelizmente, uma
imagem distorcida do amor de Deus tem prejudicado o nosso entendimento da
salvação.
·
Muitas pessoas hoje acreditam na bondade de
Deus, mas não na severidade (Romanos 11:22).
·
Acreditam na vida
eterna, mas não no castigo eterno (Mateus 25:46).
·
A Bíblia
claramente afirma que o mesmo Deus que nos ama exige um sacrifício para acalmar
a sua ira.
·
As ideias de amor
e ira são reunidas no mesmo versículo quando João afirma: "Nisto
consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou
e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados" (1
João 4:10).
3-Deus de todos
·
No dicionário da
língua portuguesa, a palavra soberania está explicada como ‘autoridade suprema que detém o poder sem restrições’.
Teologicamente, ‘soberania’ significa controle e domínio absoluto de Deus sobre
tudo e sobre todos.
·
Assim, Deus é, e
está além e acima de toda força ou poder ou autoridade.
·
Nossa mente não
consegue entender muito bem os atributos de Deus.
·
Ele é um Ser Todo-Poderoso, Todo-Bom,
Todo-Conhecedor, Todo-Sábio.
·
Mas, se não
compreendermos o poder absoluto e total de Deus, como poderemos aprender a
descansar NELE?
·
Se não
entendermos a soberania do Pai, não conseguiremos entregar nossas ansiedades,
problemas e preocupações, que ocupam tanto o nosso coração.
·
Por isso, quanto mais próximos estivermos
dessa compreensão, mais seguros e confiantes viveremos no Senhor.
·
Não é
reconfortante saber que o nosso Deus é tão grande?
·
Muito mais ainda
por sabermos que Ele cuida de nós.
·
O Deus Soberano,
Todo-Poderoso e Todo-Sábio é quem cuida de mim e de você.
·
O Salmo 23 nos
explica bem o cuidado que Ele tem por nós.
·
Ele é o nosso
Pastor e não permite que nada nos falte, Ele guia os nossos caminhos, Ele nos
livra do mal e nos protege, Ele nos cobre com sua bondade e misericórdia.
·
Também o capítulo
40 de Isaías retrata a soberania de Deus e seu cuidado para conosco.
III
ABRAÃO, O PAI DA FÉ
1-Abraão justificado pela fé
·
Os judeus sentiam
orgulho de serem chamados de filhos de
Abraão.
·
Paulo usou Abraão
como um bom exemplo de alguém que foi
salvo pela fé.
·
Ao enfatizar a
fé, Paulo não disse que a lei de Deus
não é importante, mas que é impossível ser salvo apenas pelo farto de obedecer a lei.
·
Abraão era
diferente. À medida que os anos passavam, ele se destacava cada vez mais por
causa de sua fé.
·
De fato, o
apóstolo Paulo foi mais tarde inspirado a chamá-lo de o “pai de todos os que têm fé”.
·
Abraão se tornou
agradável a Deus pela sua fé, antes mesmo de ter sido circuncidado.
· Cerimônias e
rituais servem como um memorial à nossa fé e para ensinar os novos crentes e as
pessoas mais jovens.
·
Mas não devemos
pensar que nos outorgam algum mérito especial perante Deus.
2-Fé imputada como justiça
·
Sem
dúvida, qualquer cristão sincero, olhando para si mesmo, particularmente em
contraste com a justiça de Deus, especialmente da forma como foi revelada em
Cristo, verá algo bastante assustador.
·
Não
há muito para recomendá-lo diante de Deus, certo?
·
Na verdade, não há nada, nada mesmo, exceto o “trapo da imundícia”.
·
Que
esperança temos então? Uma grande esperança, verdadeiramente, e o termo
teológico para essa esperança é justiça
imputada.
·
O que significa isso? De modo muito simples, é
a perfeita justiça de Jesus, a justiça “tecida
no tear do Céu” e concedida a nós pela fé. “Justiça imputada” significa substituir nossa vida pecaminosa por
Sua vida sem pecado.
·
Ela vem de fora de nós, é creditada a nós, e
nos cobre completamente.
·
Somos
vistos aos olhos de Deus como se nunca houvéssemos pecado, como se tivéssemos
sido sempre totalmente obedientes aos mandamentos de Deus, como se fôssemos tão
santos e justos como o próprio Jesus.
3-Pecados não imputados
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O Significado de
"Imputação". Imputar
algo a uma pessoa significa pôr esse algo em sua conta (creditar) ou contá-la
entre as coisas que lhe pertencem – ser-lhe creditado, e o que lhe é imputado
passa a ser legalmente seu; é-lhe contado como sua possessão. Imputar significa
contar, creditar, atribuir.
·
Os pecados dos
crentes foram imputados a Cristo – por isto Ele sofreu e morreu na cruz (1
Pedro 2.24; 2 Coríntios 5.21).
·
Cristo foi feito
legalmente responsável pelos pecados do crente, e sofreu o justo castigo que a
este correspondia.
·
Ao morrer no
lugar do crente, Cristo satisfez as demandas da justiça e o libertou para
sempre de toda possibilidade de condenação ou castigo.
·
Quando os pecados do crente foram imputados a
Cristo, o ato de imputação não fez a Cristo pecador ou contaminou Sua natureza
– tampouco, de modo algum afetou Seu caráter; este ato só tornou Cristo o
responsável legal de tais pecados.
·
A imputação não
troca a natureza de nada; somente afeta a posição legal da
pessoa.
Pr. Carlos Borges(CABB).
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