quarta-feira, 18 de julho de 2018

O TRIGO E O JOIO



Mt. 13.24-30
Introdução: Identifica as boas sementes plantadas no campo como os “filhos do reino” (v. 38). Isso significa que o agricultor e dono do campo, Jesus, espalha boas sementes nesse grande campo chamado mundo. Mesmo que hoje em dia não consigamos ver tantas boas sementes crescendo, e sejamos até pessimistas com relação à atuação do bem, as boas sementes estão lá, pois foram plantadas por Jesus.

I CARACTERÍSTICA DA PARÁBOLA
1- O trigo e o Joio
·        Não existe somente um plantador de sementes - O inimigo, espalhador de sementes ruins, apontado por Jesus como sendo o diabo, também está trabalhando.
·         Se Jesus planta seus servos como boas sementes, o diabo planta seus servos como más sementes como forma de estragar de alguma forma a plantação de Deus.
·        Nesse ponto não podemos ser ingênuos, mas atentos.
·        Os filhos de Deus e os filhos do maligno são parecidos, mas não são iguais - O maligno espalha suas más sementes pelo campo.
·        Os filhos do maligno são “parecidos” com os filhos de Deus, assim com o joio se parece com o trigo.
·        Mas não podemos ser ingênuos achando que dentro de nossas igrejas existe apenas trigo.
·        Devemos ser prudentes sabendo que ele, o joio, existe e está também tentando crescer e tomar seu espaço.
·         Apesar de o joio ser parecido com o trigo, devemos tal qual como os agricultores da parábola, sermos atentos para saber que existe certa quantidade de joio crescendo junto com o trigo.
·        O crescimento do joio não está fora do controle do dono da plantação - O fato do dono da plantação não permitir que se arranque o joio logo quando é identificável mostra que ele não foi surpreendido pelo inimigo.
·         O dono da plantação, Deus, tem controle absoluto e orienta seus empregados a como agir da melhor forma com relação ao joio em meio ao trigo.
·         Devemos ouvir a voz do dono para agirmos com sabedoria diante da esperteza do inimigo.
·        No final das contas o dono da plantação já tem planejado o que fará com esse joio e com o trigo que plantou.

2- O Semeador e o campo
·        A Parábola do Semeador é de notável beleza poética.
·        Pela sua originalidade e pelas lições que encerra, honra a seu autor e revela a profundidade de um soberano pensador, Jesus.
·        Uma Verdadeira obra prima que ocupa lugar na literatura universal.
·         A Galiléia, região que Jesus estava quando contou a parábola do Semeador, possuía um solo muito fértil.
·        Jesus estava às margens do Mar da Galiléia, de onde se podia ver um campo de trigo ondulado que descia até a praia.
·        Havia um caminho trilhado que o atravessava, sem muro nem qualquer outro fator que impedisse a semente de cair aqui ou acolá nas suas bordas.
·        Nessas bordas, o chão estava endurecido pela contínua passagem dos cavalos, mulas e homens.
·         No meio do campo estava à boa terra, a planície de Genesaré, com uma plantação viçosa e bela, produzindo grande quantidade de trigo.
·        Ali também se encontrava um solo rochoso, coberto com uma fina camada de terra, oriundo das montanhas e colinas que cercam o lago de Genesaré.
·         Este solo alcança várias partes do campo.
·         Podia-se ver também, junto ao campo, cardos, urtigas e outras plantas espinhosas.


3- O inimigo
·        Na Parábola do Joio e do Trigo Jesus comparou o Reino dos céus à lavoura de um homem.
·        Este homem semeou boa semente de trigo em seu campo.
·        Mas durante o seu período de descanso, veio um adversário e semeou joio no meio do trigo.
·         Passando o tempo, o trigo cresceu e frutificou, mas junto dele também apareceu o joio.
·        Ao constatarem que havia joio entre o trigo, os servos do dono do campo lhe interrogaram sobre o porquê da presença de joio na plantação se na verdade apenas o trigo havia sido semeado por ele.
·        O agricultor respondeu aos seus servos que um inimigo (Satanás) havia feito aquilo.
·        Jesus explicou a parábola dizendo que o homem que semeia a boa semente é o Filho do homem, ou seja, Ele próprio.
·         Vale saber que o título  "Filho do Homem" é a auto designação mais utilizada por Jesus.
·        Este é um título muito significativo que aponta tanto para sua plena humanidade quanto para sua plena divindade.


II LIÇÕES DA PARÁBOLA
1-Explicação de Jesus
·        O campo, na parábola, serve como representação do mundo.
·        A boa semente de trigo representa os filhos do Reino, enquanto que o joio representa os filhos do maligno.
·         Consequentemente, o inimigo que semeou o joio é o diabo.
·         Por último, a ceifa representa a consumação dos séculos, e os ceifeiros, aos anjos.
·        Os anjos ao serviço do Senhor nos dias finais, como ceifeiros, tirarão do Reino todo joio, ou seja, tudo o que foi semeado pelo diabo, isto é, os ímpios, aqueles que praticam o mal e são motivos de tropeço.
·         Eles serão lançados na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes.
·        Por outro lado, a boa semente, isto é, os justos, brilharão como sol no Reino de Deus (Mateus 13:36-43).
·        No fim dos tempos, os anjos separarão os bons dos maus, hoje em dia, podem existir os cristãos falsos e os verdadeiros nas Igrejas (denominações), mas devemos ter muito cuidado com nossos julgamentos, porque somente Cristo está qualificado para fazer a separação final entre eles, se começarmos a julgar as pessoas pode causar algum dano ao “trigo”, é mais sábio julgar as nossas atitudes do que analisar as dos outros.

­2- O tempo da graça
·        Veremos ainda com toda a clareza nas palavras do Senhor Jesus, que toda Lei precisaria ser cumprida antes de sua abolição, pois a mesma também, como instituição divina, jamais poderia ser desconsiderada, a menos que fosse cabalmente cumprida.
·        Em Mateus 5.17 – 18, o Senhor Jesus, ao declarar ter vindo para cumprir a Lei, deixa evidente que o Apóstolo compreendeu o tempo da Graça em Sua pessoa, e mais uma vez ratificamos a declaração de João 1.29, que Cristo seria o grande sacrifício, que encerraria todos os rituais judaicos.
·        Em Efésios 2.8 – 9 fica evidenciado a parte que nos cabe; pois está dito pela Graça (favor imerecido de Deus por nós, no sacrifício de Cristo) somos salvos, contudo revela, mediante a fé.
·        Isto quer dizer que, a minha fé deve estar direcionada ao favor que Deus por mim instituiu na pessoa e sacrifício de Cristo.
·        E ainda está escrito que isto não vem de nós, ou seja, jamais teríamos como providenciar-nos um veiculo de salvação tão poderosa e eficaz.

3- O Joio com os dias contados
·        Jesus expôs as pessoas cheias de religiosidades, mas que não tinham um relacionamento pessoal com Ele.
·        No dia do juízo, importará apenas a nossa obediência a Deus e o relacionamento que construímos com Cristo, a partir do momento em que o aceitamos como nosso único Salvador e Senhor.
·        Muitas pessoas pensam que se forem “boazinhas” e pregam religião, terão como recompensa a vida eterna.
·        Na verdade, a fé em Cristo é o que conta no juízo.


III CONCLUSÃO DA PARÁBOLA
1- A impaciência dos servos
·        Efésios 4.2 “com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor”.
·        Na hora das provações é que descobrimos quem realmente somos e por isso precisamos aprender a suportar as diferenças entre as pessoas (Colossenses 1.11). Quando falarmos a nossa opinião, precisamos aprender a falar “a verdade em amor” (Efésios 4.15).
·        Na pregação também devemos ser paciente, a semente quando é germinada, não nasce no dia seguinte, ela precisa de tempo para morrer e poder nascer, o verdadeiro crente só nasce para Deus quando morre para o mundo.

2- O Joio na Igreja (denominação)
·        Mas na igreja é diferente. Quando o joio se manifesta entre o povo de Deus, deve ser arrancado. Paulo instruiu a igreja dos coríntios sobre como resolver o problema de imoralidade no meio da congregação.
·        Ele usou palavras fortes para descrever a atitude certa em relação ao irmão que volta e permanece no pecado: “... já sentenciei... que o autor de tal infâmia seja... entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].... Lançai fora o velho fermento.... agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador" (1 Coríntios 5:3-5, 7,11).
·        Paulo escreveu aos tessalonicenses: "Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente..." (2 Tessalonicenses 3:6).
·        O mesmo Cristo que deixou o joio com o trigo no mundo, fortemente criticou a igreja em Tiatira: "Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos" (Apocalipse 2:20).

3-O destino do trigo
·        O grão de trigo, lançado em terra, para se transformar em planta, se despe de sua casca, se desnuda e ressurge  com nova aparência (por dentro e por fora).
·         Sim, de fato, esse grão conservará alguns de seus elementos, porém terá renascido para uma nova vida em que dará origem a muitos outros grãos.
·        É uma simbologia fantástica, tão simples e complexa ao mesmo tempo, porque nos diz sobre eternidade com Deus e isso é o que de maior há no mundo inteiro, e coube em um pequenino grão de trigo, cuidado pelas firmes mãos de Jesus!
·        Jesus poderia ter usado o exemplo de qualquer outro grão, mas ao falar sobre trigo, Ele também fala de si mesmo: Trigo é Pão. Ele era o Pão da vida, que haveria de morrer e ressuscitar ao terceiro dia. Deixaria a aparência física de homem, nascido de  mulher, para receber um corpo glorioso e ser elevado ao céu. Atos 1: 6-9. Isso tudo era loucura para gregos e também judeus que ficavam divididos quando o assunto era morte e ressurreição.

Pr. Carlos Borges(CABB)

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