A CURA DO FILHO DO
OFICIAL E DO PARALÍTICO DE BETESDA
Jo. 5.1-8
Introdução: A cura do filho do Oficial do rei ocorre quando Jesus
estava pela segunda vez
em Caná. O Mestre voltou
de Jerusalém para a Galileia, para a cidade do casamento, onde havia
anteriormente realizado o seu primeiro milagre, transformando
água em vinho. E o
evangelista João descreve que ele tinha um
filho, que estava
gravemente enfermo, acometido por uma violenta febre maligna. Cafarnaum está
situada em uma região tropical e pantanosa, que no verão e ainda mais no
outono, fica cheia de insetos e mosquitos. “Segunda vez foi Jesus a Caná da
Galiléia, onde da água fizera vinho. E havia ali um nobre, cujo filho estava enfermo
em Cafarnaum.” João 4: 46. Eram muitos os casos de vítimas fatais que essa
febre, disseminada por esses vetores, fazia. E a febre chegou a um ponto tal,
que o pai do menino, o oficial do rei, temia que seu filho estivesse à
beira da morte.
JESUS CURA O FILHO DO OFICIAL
1- A fé baseada em milagres (Jo. 4.46-48)
·
Jesus está de volta a Caná da Galileia, onde
operara seu primeiro milagre.
·
Exatamente nesse momento, sobre de Cafarnaum a
Caná um oficial do rei Herodes, com seu filho enfermo, à beira da morte, para
suplicar o socorro de Jesus.
·
Aqui não está um homem importante, mas um pai
ansioso.
·
A sua posição social ou militar não significa
nada, ele só consegue pensar no filho doente, que está preste a falecer.
·
Mas a notícia da volta de Jesus para Caná, havia
se espalhado por toda a Galileia. E chegou ao conhecimento do oficial do rei, em Cafarnaum. Um fio de esperança se acende
no seu coração.
·
Este pai
aflito, não poupa esforços e parte em uma jornada de aproximadamente 60km, pelo
longo e estreito caminho que subia e levava até Caná, onde o Mestre estava.
·
“Ouvindo
este que Jesus vinha da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele, e rogou-lhe
que descesse, e curasse o seu filho, porque já estava à morte.” João 4: 47
·
E em seu comovente amor de pai, ele roga muitas vezes que Jesus descesse à
Cafarnaum e curasse seu filho doente.
2-A fé na Palavra de Jesus (
Jo. 4.49-52)
· “Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais
e milagres, não crereis.” João 4: 48.
·
Jesus com
aquelas palavras, não falava somente ao pai suplicante, mas a todos os judeus que de uma forma
geral, no curso da história de Israel, estavam sempre a pedir sinais e
prodígios, para que pudessem crer em Deus ou em seus profetas.
·
Até o
apóstolo Paulo chegou a esta conclusão, quando fala que os judeus “pedem um
sinal”.
·
“Porque os
judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria;” 1 Coríntios 1:22.
·
Eram assim,
primeiro os judeus queriam ver, para depois crer.
·
Entretanto o
Mestre sabia que este tipo de fé era vacilante, imperfeita e superficial.
·
A vontade de
Jesus era que seus discípulos acreditassem nas suas palavras, como a samaritana fez, não houve milagre em Samaria, mas eles creram na pregação e no testemunho de
Jesus.
·
E o oficial
do rei, em seu muito amor paterno, supera aquela prova inicial de fé, não se
abate com a dura resposta do Mestre e continua humildemente rogando por seu filho querido.
·
“Disse-lhe o
nobre: Senhor, desce, antes que meu filho morra.” João 4:49.
3- A fé contagiante (Jo.
4.53,54)
·
E Jesus
o submete a mais uma prova de fé: “Disse-lhe
Jesus: Vai, o teu filho vive, e o homem creu na palavra que Jesus lhe disse, e
partiu.” João 4: 50.
·
Era
preciso realmente fé, pois ele havia vindo de tão longe, pensando com suas
categorias humanas de pensamentos, de que Jesus viria junto com ele, e entraria
de forma triunfal em sua casa, e após uma linda oração, entregaria o seu filho
restaurado em seus braços.
·
Mas ele saiu
de Caná com apenas uma palavra: “vai o
teu filho vive”.
·
Não foi nada
do que havia imaginado, mas ele escolheu crer, acreditar e confiar na palavra de Jesus.
·
E o mordomo
do rei, parte em sua provação, com aquela palavra do Mestre, com o coração cheio de esperança, só que mal sabia ele, que Jesus era a própria
palavra viva de Deus.
II JESUS NO TANQUE DE BETESDA
1-O divino conhecimento de Jesus
(Jo. 5.6)
·
Quando falamos sobre a cura milagrosa, ocorrida
com o paralítico de Betesda, geralmente damos um foco maior em alguns aspectos
mais cativantes, porém mais superficiais dessa linda passagem.
·
Somos impelidos a falar sobre perseverança,
insistência em contar com a misericórdia de Deus, afinal, tanque de Betesda em
Hebraico, significa “casa de misericórdia”.
·
Quando lemos a história do paralítico de
Betesda, em João capítulo 5 ficou surpreso com uma história que revela muito
sobre o abandono que os doentes daquela época sofriam.
·
Em Jerusalém, no tanque de Betesda, o texto
descreve que havia um amontoado de doentes, a espera de uma gota de
misericórdia.
·
O tanque de Betesda era uma espécie de hospital
público da cidade, conhecido como Casa de Misericórdia.
·
Neles ficava deitada uma grande multidão de
doentes: cegos; mancos e paralíticos.
2- Consequência do Pecado (Jo.5.14)
·
Aquele homem coxo ou paralítico teve um encontro
com Jesus e, de repente, podia andar.
·
Este era um grande milagre.
·
Mas ele certamente necessitava de um maior: ter seus pecados perdoados.
·
O homem estava muito contente por estar
fisicamente curado, mas precisava afastar-se de suas iniquidades e buscar o
perdão de Deus, a fim de que espiritualmente
curado.
·
O perdão de Deus é o maior presente que nós
podemos certamente receber.
·
Não
devemos negligenciar a sua dádiva bondosa.
·
O paralítico do tanque de Betesda pode nos
ensinar verdades preciosas.
·
Aplicando
cada uma delas em nossas vidas, conseguiremos alcançar uma trajetória
transformada, aproximando-se ainda mais de Deus.
·
Com lutas e pelejas, uma coisa é certa, aquele
homem não desistiu!
·
Muitas das vezes na sua vida, você se vê sem
esperança para algo, pois com o passar do tempo, foi ficando cada dia mais
difícil, mas, Deus ainda é um Deus de milagres!
·
“A
compaixão de Jesus e o seu conhecimento das necessidades mais profundas do
homem, uniram-se para produzir esta pergunta. A primeira vista, isto parece um
pouco tolo. Claro que o homem queria ficar bem, caso contrário não estaria no
tanque, uma fonte de cura. Mas Jesus sabia que as pessoas acabavam se
acostumando a uma vida de desgraça e infelicidade, perdendo a vontade de
responder a uma adequada fonte de ajuda. Assim, esta era sem dúvida uma boa
pergunta!”
3- A divina compaixão de Jesus ( Jo. 5.6)
·
Em João capítulo 5:1-16, nós encontramos a linda
história sobre o paralítico de Betesda, que estava nessa condição há 38 anos, e
esperava pelo anjo que descia e agitava as águas do tanque de Betesda.
·
Há uma dúvida recorrente sobre essa passagem, se
o personagem principal dessa história era enfermo de nascença.
·
Vendo-o deitado
e sabendo que vivia assim havia
muito tempo, Jesus lhe perguntou: Queres ser
curado?
·
Jesus distinguiu esse enfermo no meio da
multidão.
·
Ele já não tinha mais sonhos para embalar (sem
esperança).
·
Não foi ele que viu Jesus, foi Jesus quem o viu.
·
Jesus viu o seu passado, a sua condição e o
futuro.
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Viu que a causa da sua tragédia era o pecado da
juventude.
·
Viu que ele estava colhendo o que plantou.
·
Depois de muitos anos de sua vida em sufoco,
finalmente chegou o momento que ele recebeu a bênção divina.
·
Esse homem além de tudo nos deu uma verdadeira
história de persistência, que apesar de a condição de vida que ele tinha dizer
não, ele todos os dias persistia dizendo sim.
III JESUS CURA O PARALÍTICO
1- Uma pergunta maravilhosa (Jo. 5.6)
·
E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que
estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?” João 5:6.
·
E
o paralítico responde ao mestre, confessando a sua incapacidade. Ele tinha em
si a vontade
de ser curado,
pois toda vez que a água era agitada, ele certamente com grande esforço,
rastejava procurando chegar ao tanque. Porém não era suficiente.
·
O enfermo
respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me
ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.” João
5:7.
·
Aquela esperança e persistência em contar com a misericórdia
divina já havia chamado a atenção do mestre.
·
E sendo
Jesus a própria misericórdia encarnada e viva, o Mestre comovido com a situação daquele
homem, declara a sua cura.
2- Uma ordem poderosa (Jo. 5.8)
·
“Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito,
e anda”.
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“Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito,
e andava.” João 5:8-9.
·
De tanto ele insistir, de confiar na
misericórdia de Deus, um dia a própria misericórdia viva, Jesus Cristo, veio e
o encontrou!
·
Muitos teriam desistido por muito, muito menos.
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Mas se há
algo que mexe com o coração de Deus é a persistência na Fé da misericórdia
divina.
·
Há muitos exemplos nas escrituras sagradas.
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“Pedi, e dar-se-vos-à; buscai, e encontrareis;
batei, e abrir-se-vos-á.” Mateus 7:7.
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Nunca devemos desistir de contar com a
misericórdia de Deus. Aquele homem, ex-paralítico soube esperar e nunca deixou de ter fé.
3- Uma advertência preventiva (Jo.10-16).
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Um homem que não andava há 38 anos havia sido
curado, mas os fariseus estavam mais
preocupado com a sua regras
insignificantes do que com a vida e a saúde de um ser humano.
·
É fácil darmos excessivas atenção
aos nossos sistemas e regras
humanas, a ponto de nos esquecermos
das pessoas envolvidas.
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Os lideres judeus viram um milagre poderoso de cura, mas segundo sua
interpretação, uma importante lei fora
violada.
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Eles colocaram o milagre de lado no momento em que enfocaram a violação de uma regra(lei), porque, para
eles, esta era mais importante do que o milagre.
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Deus está pronto para operar em nossa vida, mas
podemos excluir as suas maravilhas, limitando-as à nossas
opinião a respeito de como Ele operara.
Pr. Carlos Borges (CABB)
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