Ef. 2.1-5
Introdução: O pecado é sem dúvida uma desobediência a Deus, é recusa em
atender as suas orientações para a humanidade. Não fazer as coisas que Deus
orientou para fazer, é pecado (ex. de
Adão e Eva), transgredir é ultrapassar os limites, ultrapassar as normas,
orientação. É errar o alvo, não acertar o que deveria ser acertado, é rebelião
contra Deus como, a rebelião é semelhante ao pecado de feitiçaria.
I COMPREENSÃO DO PECADO
1-Origem do Pecado ((Ez. 28.11-19; Is 14. 13,14)).
v O
pecado teve origem no céu quando o anjo de luz chamado Lúcifer, quis ser mais
do que Deus, e provocou uma rebelião dos anjos e foram expulsos do céu.
v Ao
caírem no ar, na terra, e nos rios e mares, começaram a promover uma batalha
campal contra Deus, se opondo a tudo que se diz Deus.
v Então
no Éden, usando de sutileza, e forte persuasão, convenceu a Eva para
desobedecer a Deus descumprindo a ordem divina de não comer do Fruto do Bem e
do Mal.
v O
pecado começou no céu e se propagou aqui na terra, pela inconstância da humanidade
(Adão e Eva), que não levaram em conta a ordem expressa de Deus (um único
mandamento).
v Em
consequência disso, a humanidade caiu, e o mal se estendeu a todos os
descendentes do homem caído (uma herança espiritual pecaminosa), e esse ato
teve influência até na natureza, e o resultado disso é a atuais condições em
que vivemos, com todas as mazelas espirituais e sociais que nos cercam.
2-Natureza do Pecado
v Pecado
é toda desobediência a Deus em toda sua forma e atitude que não expressa seu
Santo caráter por ação ou omissão.
v TRANSGRESSÃO
(1 Jo 3.4; Rm 5.14-17) - É não seguir determinações (de ordem ou lei),
infligir, ultrapassar as fronteiras (ir além do que está escrito).
v ERRAR
O ALVO (Êx. 20.20; Rm 3.23) - É não acertar, errar o objetivo, não cumprir o
propósito de Deus para a vida, e a Glória de Deus.
v EGOÍSMO
(Sl 119.36; Fp 2.3) – É apego excessivo aos próprios interesses sem
consideração pelo alheio, priorizar as coisas, desejos pessoais.
v REBELDIA
(Êx. 23.21; Is 53.6)- É um ato muito grave, é uma ação contra a autoridade de
Deus e seus ministros. Isaías (Is 53.6) fala sobre Israel ter se afastado de
Deus e compara o povo a ovelhas que vagueiam sem rumo.
v Se
conhecermos a obra de Jesus e ainda assim o rejeitamos, nosso pecado é maior
que o dos antigos Israelitas, que não podiam ver tudo o que já vimos.
v IMUNDÍCIE
(Sl 51.2,7; Is 64.6; 1 Jo 1.7) – O pecado nos torna impuro e nos impede de nos aproximarmos
de Deus (Is 6.5), como se fossemos pedintes em trapos imundos, desejando
participar da mesa de um rei.
v Nossos
melhores esforços ainda estão contaminados com o pecado. Portanto, nossa única
esperança é a fé em Jesus Cristo.
v INIQUIDADE
(PV. 22.12)- É injustiça natural, parcialidade, é todo ato contrário à equidade
(imparcialidade) ou justiça (ser justo).
v IMPIEDADE
(Pv 11.5). - É falta de respeito ao que sagrado, é aquele que é repreensível em
seus atos, está é a antiga disputa entre justiça do homem e a justiça de Deus.
3-Realidade do Pecado (Gn. 4.7; Rm 5.12-14; Êx 20.1-17).
v Como
podemos ser declarado culpados por uma falta que Adão cometeu há milhares de
anos? Muitos acreditam que não é justo Deus nos julgar por causa do pecado de
Adão.
v Cada
um de nós confirma a herança adâmica que
recebemos quando praticamos erros cotidianos.
v Temos
a mesma natureza pecaminosa de Adão, estamos sempre inclinados a nos rebelar contra
Deus.
v Mas
seremos julgados pelo mal que cometemos; como pecadores não precisamos de
justiça e sim de misericórdia.
v Por
essa razão que precisamos morrer de novo (no simbolismo do batismo), para
ressuscitar para Cristo e adquirir a nova herança espiritual, nos tornando
filhos de Deus, livres da herança pecaminosa.
II CONSEQUENCIA DO PECADO
1-Morte espiritual (GN 2.17; Is 59.1,2; Rm 3.23.
v Alguns
pecados parecem serem maiores do que outros, porque suas consequências são mais
graves.
v Ex.
matar parece ser pior que odiar, o adultério parece ser pior orgulho, pecado
não tem tamanho, tem consequência.
v Qualquer
pecado nos priva da vida eterna, todas as iniquidades nos tronam pecadores e
nos afastam de Deus.
v Todos
os pecados nos leva a morte eterna (porque nos desqualificam para vivermos com
Deus).
2- Doenças e enfermidades (Êx. 15.26; Dt. 28.58-62).
v Deus
prometeu que, se o povo lhe obedecesse, estaria salvo dos males infligidos aos
egípcios.
v Mal
eles também sabiam que muitas leis morais recebidas de Deus também tinham o
propósito de mantê-los a salvos das doenças.
v Exemplo-
Obedecer à lei de Deus contra a prostituição os manteria livres das doenças venéreas,
com frequência as leis de Deus destinam-se a proteger-nos de males.
v Como
somos seres complexos, as áreas físicas, sentimental e espiritual de nossa vida
estão entrelaçadas.
v A
medicina moderna está agora reconhecendo o significado destas leis. Se
desejarmos que Deus cuide de nós, precisamos nos submeter a sua direção.
3-Destruição ambiental (Gn. 3.17,18).
v A
desobediência de Adão e Eva e o afastamento da gloriosa presença de Deus
afetaram toda a criação, incluindo o meio ambiente.
v No
passado ninguém se preocupava com o meio ambiente (local onde vivermos e
moramos), hoje essa preocupação é gritante e preocupante.
v O
pecado em nossa vida é semelhante à poluição nas águas correntes, mesmo em
pequenas porções são mortais.
v A
vida vegetal também reflete esse efeito do pecado, a dificuldade de
conseguirmos obter alimentos, os alimentos são produzidos com muito esforço, as
pragas, agrotoxos que tornam os alimentos caros e contaminados, produzindo mais
enfermidades.
v Mas,
um dia, toda a criação será liberta e transformada, adquirindo o estado
anterior ao pecado.
4-Punição eterna (Jo 3.16-18; 2 Ts 1.6-10).
v Algumas
pessoas rejeitam a ideia da vida eterna, porque a atual é miserável, mas a vida
eterna não é uma extensão da vida terrena, miserável e mortal.
v A
vida eterna é uma vida de Deus, personificada em Cristo, que foi dado a todos nós
crentes como uma garantia de que viverão para sempre.
v Na
vida eterna, não há morte, doença, inimigos, o mal ou pecado. Quando não
conhecemos a Cristo, fazemos escolhas como se essa vida fosse tudo o que temos,
mas, na verdade, esta vida é apenas uma ponte para a eternidade.
III VITÓRIA SOBRE O PECADO
1-Restauração espiritual (Jo 8.36; Jo3. 16,17; Ef 2.8).
v Cristo
só pode libertar o homem pecador, mediante o que Ele fez na cruz do calvário, e
a nossa fé naquela obra. Uma liberdade que o mundo não pode ter e, de fato, nem
a entende.
v Apresenta
a classe de amor, entregou-lhe a cruz, já que isto é o que se exige para
redimir a humanidade, quer dizer que o objetivo da Missão de Cristo era salvar,
mas a rejeição resulta em condenação (eterna).
v Jesus
Cristo é a única Salvação para o mundo (humanidade), não há outra, além disso.
v Ele
é a salvação somente mediante a Cruz, em consequência, a cruz deve ser sempre o
objetivo da nossa fé.
2-Autoridade espiritual (Cl 2.15; At 10.38).
v Satanás
e todos os seus seguidores foram derrotados na cruz por Cristo que expiou todo
o pecado; o pecado era o direito legal que Satanás tinha para manter o homem no
cativeiro.
v Com
todo pecado expiado, já não tem nenhum direito legal para reter a ninguém na
escravidão.
v O
triunfo está completo e tudo foi feito por nós (para nós), o que significa que
podemos andar em poder e vitória eterna devido à cruz.
v Como
homem, Cristo necessitava do Espírito Santo, é seguro que O necessitamos também! Certamente tudo o que Ele fez foi pelo poder
do Espírito Santo.
v Só
Cristo podia fazer isso, e os crentes podem fazer o mesmo unicamente ao serem revestidos por Cristo em Poder do Espírito Santo.
3-Restauração física (Is 53. 4,5; Mt 10.7,8; Mc 16.18).
v Jesus
estabeleceu uma diretriz para seus discípulos quando fossem pregar o as Boas
Novas, “de graça recebestes, de graça dai”.
v Por
Deus nos ter coberto de benção, devemos conceder generosamente
uma parte de nosso tempo, de nosso amor e das nossas posses aos semelhantes.
v “O
que se havia perdido”, diz outra tradução da Bíblia. E o que foi perdido? Quem
foi perdido? Adão, com toda a família humana… e também a
possibilidade de viver vida eterna, num mundo sem pecado.
v Jesus veio, tomou a forma humana; e assim Adão
e todos os seus descendentes podem se livrar da condenação do pecado e
restaurar em nós tudo que Adão perdera. Zaqueu é um exemplo.
v Quando
Deus criou Adão, o fez com a possibilidade de não pecar e viver eternamente, ou
pecar e interromper a vida com a morte. Portanto, Deus deu a Adão duas espécies
de vida: a física e a espiritual. A espiritual era e é a mais
importante, pois compreendia, e ainda compreende o livre-arbítrio, uma
consciência moral e ainda a possibilidade de conhecer ao Criador e servi-Lo.
v Quando
o homem deixa de ser espiritual, deixa de ter o poder espiritual, e rebaixa-se
ao nível apenas físico ou animal. Assim ficaram Adão e Eva quando pecaram:
perderam o poder espiritual da natureza humana.
v Diz
a Bíblia que Deus nos declara agora sem culpa das ofensas que Lhe fizemos se
confiarmos em Jesus Cristo, Aquele que em Sua bondade tira os nossos pecados
gratuitamente. Sem Cristo nós estamos espiritualmente mortos. É nosso andar
diário com Ele que nos dá poder espiritual e salvação e vida eterna
afinal! “Se temos o Filho, temos a vida!” (I João 5:12).
Ev. Carlos Borges(CABB)
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