quarta-feira, 14 de maio de 2014

SUPERANDO O SOFRIMENTO




2Co. 1.3-5
Introdução: O sofrimento passou estar presente na vida da humanidade, desde a queda do homem, pois quando Adão e Eva caíram, Deus deu lhes uma sentença a cada um, inclusive a promotora da queda, a Serpente (incorporada por Satanás). Jesus em seus ensinamentos, disse aos seus discípulos...No mundo tereis aflição(sofrimentos), mas, tendes bom animo Jo.16.33.

I BENEFICIO DO SOFRIMENTO
1-Beneficio físico   
·         A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16 nota).
·         Na realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2Tm 3.12 nota).
·         A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões ex. José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo.
·         O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva.
·         Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19).
·         A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12; ver nota).
·         Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos (cf. 1Co 10.13).
2-Benefícios espirituais
·         O que poderia Pedro escrever àqueles cristãos espalhados através da Ásia Menor que pudesse capacitá-los a suportar a feroz tempestade de perseguição? Pedro decidiu começar salientando as bênçãos espirituais gozadas por seus leitores (1 Pedro 1:3-12).
·          Eles tinham "renascidos” através do batismo para uma viva esperança, uma herança celestial que ele descreve em termos negativos (incorruptível, sem mácula, imarcescível) porque não há nada neste mundo comparável ao esplendor do céu (1:3-4).
·          Pedro ainda destaca o privilégio especial de seus leitores, observando a salvação que eles receberiam na revelação de Jesus Cristo (1:5, 9).
·          A fé deles, testada pela perseguição, era mais preciosa do que o ouro refinado pelo fogo e resultaria em louvor, glória e honra quando Jesus retornasse (1:7).
·          Nem mesmo profetas do Velho Testamento, que falaram das bênçãos espirituais que acompanhariam a morte de Cristo, não gozaram a abençoada posição destes cristãos (1:10-12).
II PROBLEMAS RELACIONADOS AO SOFRIMENTO
1-A dor
·         É o que gritamos quando sentimos dor. Ninguém, certamente, gosta desta sensação. Entretanto, a dor é extremamente benéfica: nos alerta, imediatamente, que algo está prejudicando o nosso corpo.
·         A dor é uma linguagem: células nervosas especializadas no sentido da dor (nociceptores), que existem aos milhares em cada milímetro de nossa pele, transmitem estes impulsos ao nosso sistema nervoso central (SNC) que responde tentando afastar a parte do corpo afetada do estímulo doloroso.
·         Os gregos antigos acreditavam que a dor fosse uma emoção.
·          Hoje, embora ainda possamos chorar de dor ou morrer de felicidade quando ela se vai, a ciência classifica a dor como uma sensação.
·         Assim como outros sentidos - olfato ou paladar - a dor necessita de órgãos especiais para a detecção e informação ao SNC. Estes receptores para a dor foram chamados de nociceptores - um trocadilho com a palavra "nocivo".
·         A dor é um fenômeno complexo e com variantes multidimensionais (biofisiológicas, bioquímicas, psicossociais, comportamentais e morais).
·         São inúmeras as causas que podem influenciar a existência e a intensidade da dor no decurso do tempo, a primeira das quais é a que se identifica como presumível resultado duma agressão ou lesão.
·          A dor é um sintoma que acompanha, de forma transversal, a generalidade das situações patológicas que requerem cuidados de saúde.
·         Independentemente da síndrome clínica que incorpora, a dor pode e deve ser tratada, com perspectivas de êxito proporcionais ao entendimento que dela temos e fazemos, à adequação e preparação científica dos serviços e profissionais de saúde envolvidos e ao manejo judicioso de todos os recursos, técnicos e humanos, disponíveis.
·         Dor aguda - É a dor de início recente e de duração provavelmente limitada. Normalmente há uma definição temporal e/ou causal para a dor aguda.
2-As enfermidades
·         É verdade que Jesus “tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si” (Isaías 53.4; Mateus 8.16-17).
·         É verdade que Ele priorizou em seu ministério a cura de todos os tipos de doenças, pois veio para “pôr em liberdade os cativos” (Lucas 4.18); que enviou seus discípulos “a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir”, para “curar os enfermos que nela houver” (Lucas 10.1,9).
·         Também é fato que a sua Igreja, em nome dele, tem dado prosseguimento a esse ministério de cura (Marcos 16.17-18).
·         Uma das provas de que há muitos cristãos enfermos é o grande número dos que vão às igrejas para serem curados.
·          Todos os dias pastores, bispos e crentes outros oram por irmãos acometidos de diversas doenças. Homens e mulheres, verdadeiros servos do Senhor, adoecem e morrem.
·         Qualquer cristão pode comprovar isso no meio de sua família, ou até mesmo na sua Igreja.
·         Às vezes é o próprio pastor que é vitimado por algum tipo de enfermidade.
·         Podemos visitar os grandes hospitais e verificar o número de cristãos recebendo tratamento. Vejamos os exemplos de alguns “heróis da fé”.
·      A maioria das enfermidades são frutos de preocupações, dificuldades financeiras, perda do emprego, desprezo, raivas, invejas, ansiedades e vários fatores psicológicos que afetam a psique humana.
III A REAÇÃO DO CRENTE
1-Confiança em Deus
·         O salmista ficou indignado com a sugestão que lhe deram de empreender fuga. O salmista afirmava confiar em Deus, e como aquelas pessoas tiveram a ousadia de recomendar que ele fugisse e se escondesse da mesma forma que fazem os pássaros?
·         As pessoas que deram a sugestão para que o salmista fugisse apresentaram a cidade de Jerusalém (vossa montanha), como a única alternativa de segurança.
·         Estas pessoas pensavam estrategicamente e levaram em consideração a condição geográfica da cidade, por ser um altiplano e cercada de vales.
·         Queriam desviar a confiança do salmista, que estava em Deus, para uma pretensa segurança baseada nas condições geográficas de uma montanha.
2-Alegria
·         ESTÁ FUNDAMENTADA NA ESPERANÇA. “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração.” Rm 12. 12.
·         “O homem sem esperança é triste”, escrevi em minhas anotações. Ao lermos o que espera os redimidos, é impossível não regozijar-se.
·         “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviram, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam.” I Co 2. 9.
·         ALEGRIA MESMO NA PERSEGUIÇÃO. “Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mt 5. 11-12.
·          O que está posto não é sentimento de negar a dor ou desejar sofrer, mas suportar a dor e as zombarias sem se desesperar e sem vingar-se.
·         A igreja primitiva viveu isso: “Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus.” At 5. 41.
3-Sujeição
·         O que é Submissão? É o ato ou efeito de subjugar, dependência, submissão, obediências servidão.
·         Não é mera obediência externa, nem tão pouco quando controlado. Submissão é prestar obediência inteligente a uma autoridade delegada                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       exteriorizar um espírito submisso, mesmo quando ninguém está por perto. É renunciar à opinião própria quando se opõe à orientação daqueles que exercem autoridade sobre nós, quando é que aprendemos o que é a submissão?
·         Quando é que nos convertemos? Quando aceitamos o senhorio de Cristo sobre nossas vidas. Quando verdadeiramente renuncio a tudo o que tenho, nego a mim mesmo tomo a cruz e sigo ao Senhor.
·          Sigo submisso às direções e orientações que recebo das autoridades delegadas. "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus", "antes a si mesmo se esvaziou"... "a si mesmo se humilhou", "tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (Fp 2 5-8).
·          Só existe um caminho para a submissão, andar como Cristo andou (1Jo 2.6). Ele é o nosso modelo. E, "embora sendo Filho (Jesus homem), aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu" (Hb 5.8).
·         Sem submissão jamais chegaremos ao alvo. Nem estaremos sendo cooperadores do Senhor. Se alguém é independente, rebelde, não é membro do corpo, pois sendo membro será sempre dependente, submisso.
·          Como pode um membro subsistir no corpo se não se submeter às ordens da cabeça? Assim também nós não podemos subsistir no corpo de Cristo se não formos sujeitos as autoridades delegadas.
·          Quando uma mulher não se submete ao seu marido, ou quando um filho não obedece ao seu pai, ou quando o empregado não acata a ordem de seu chefe, ou quando o discípulo não se submete às autoridades, é porque estão cheios de si mesmos.
·          Quem está cheio de Cristo está cheio de obediência. O evangelho do reino aniquila com a independência do homem, bem como com a rebeldia: faz do homem um Ser submisso.
·         Os Frutos da Sujeição. Quando o homem vive no princípio de submissão às autoridades delegadas por Deus, ele desfruta de benefícios desejados por todos os homens, a saber:
1.      paz, ordem e harmonia no corpo de Cristo
2.      edificação e formação de vidas
3.      unidade e saúde na igreja
4.      cobertura e proteção espiritual.
5.       Autoridades Delegadas na Igreja. A igreja de Cristo é governada por Cristo e, não, pelo povo.
6.      Não existe democracia na igreja, porque a igreja não é do povo, é de Deus.
7.       O que existe é a teocracia: o governo de Deus através de suas autoridades delegadas.
8.      É impossível edificar a alguém que não se submete à autoridade. Não há nada mais frustrante do que apascentar "cabras e bodes". Um filho espiritual obedece naturalmente. 
Ev. Carlos Borges(CABB)

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