quinta-feira, 30 de julho de 2015

O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO



                                                                   Nm. 11.25-28
Introdução: O papel do Espírito Santo no Antigo Testamento é muito parecido com o seu papel no Novo Testamento. Quando falamos do papel do Espírito Santo, podemos discernir quatro áreas gerais nas quais o Espírito Santo trabalha: 1) regeneração, 2) habitação (ou enchimento), 3) contenção e 4) capacitação para o serviço. Evidências dessas áreas do trabalho do Espírito Santo são tão presentes no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento.

I CARACTERÍSTICA DA AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
1-Temporaria
·       “E disse o SENHOR a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, que sabes serem anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da congregação, e ali estejam contigo. Então eu descerei e ali falarei contigo, e tirarei do espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu não a leves sozinho.” Nm. 11.16,17.
·       Como está claro nesta passagem, Moisés tinha espírito e o tinha sobre ele. É importante apontar duas coisas aqui: primeiro que o espírito não estava em Moisés, mas sobre ele. Segundo: o fato de que Moisés tinha o espírito de Deus sobre ele, não era porque ele decidiu que gostaria de ter espírito.
·       Mesmo se ele decidisse que gostaria de ter espírito, não havia nenhuma garantia que ele teria, pela simples razão de que o espírito não estava disponível.
·       Na verdade, era Deus que decidiu colocar Seu espírito sobre Moisés e não o contrário. O mesmo é verdade para aqueles setenta homens também: o espírito de Deus veio sobre eles, não porque eles decidiram recebê-lo, mas porque Deus o colocou sobre eles para fazer a comunicação com eles possível. Aqui estão mais algumas passagens do Antigo Testamento sobre Deus colocando seu espírito sobre as pessoas:

2-Por Medida.
·       O Espírito de Deus também vinha sobre indivíduos a fim de equipá-los para serviços especiais. Um exemplo notável, no AT, era José, a quem fora outorgado o Espírito para capacitá-lo a agir de modo eficaz na casa de Faraó (Gn 41.38-40).
·        Note, também, Bezalel e Ooliabe, aos quais Deus concedeu a plenitude do seu Espírito para que fizessem o trabalho artístico necessário à construção do Tabernáculo, e também para ensinarem aos outros (ver Êx 31.1-11; 35.30-35).
·       Havia, ainda, uma consciência no AT de que o Espírito desejava guiar as pessoas no terreno da retidão. Davi dá testemunho disto em alguns dos seus salmos (Sl 51.10-13; 143.10). O povo de Deus, que seguia o seu próprio caminho ao invés de ouvir a voz de Deus, recusava-se a seguir o caminho do Espírito (ver Gn 16.2 nota).
·       Os que deixam de viver pelo Espírito de Deus experimentam, inevitavelmente, alguma forma de castigo divino (ver Nm 14.29 nota; Dt 1.26 nota).

3-Para um serviço
·       “E os filhos de Israel clamaram ao SENHOR, e o SENHOR levantou-lhes um libertador, que os libertou: Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe, mais novo do que ele. E veio sobre ele o Espírito do SENHOR, e julgou a Israel, e saiu à peleja…”.
·       Espírito Santo vinha sobre uns poucos indivíduos selecionados para servirem a Deus de modo especial, e os revestia de poder (ver Êx 31.3 nota). O Espírito do Senhor veio sobre muitos dos juízes, tais como Otniel (Jz 3.9,10). Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29) e Sansão (Jz 14.5,6; 15.14-16). Estes exemplos revelam o princípio divino que ainda perdura: quando Deus opta por usar grandemente uma pessoa, o seu Espírito vem sobre ela.
·       Em várias ocasiões, os profetas falaram a respeito do papel que o Espírito desempenharia na vida do Messias. Isaías, em especial, caracterizou o Rei vindouro, o Servo do Senhor, como uma pessoa sobre quem o Espírito de Deus repousaria de modo especial (ver Is 11.1-4; 42.1; 61.1-3).

II O ESPÍRITO NO PENTATEUCO
1-Fé dos Patriarcas
·       Há 4 mil anos, um homem fundou as bases das três grandes religiões monoteístas do mundo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Ao aderir a um único Deus, Abraão tornou-se o pai simbólico de 3,5 bilhões de fiéis.
·       Das 6,8 bilhões de pessoas que habitam o planeta, cerca de 2 bilhões são cristãos. Aproximadamente 1,5 bilhão são muçulmanos e 15 milhões seguem os preceitos do judaísmo. Juntas, as denominações compõem a metade da população mundial.
·       São também o pano de fundo de conflitos sangrentos há vários séculos. Para citar apenas dois: as cruzadas e os atentados de 11 de setembro de 2001. De certa forma, são brigas de família.
·       O primeiro relato sobre ele está no Gênesis, que inicia a Torá judaica e a Bíblia cristã. Intérpretes do texto consideram que o patriarca era um pastor seminômade que viveu entre 2100 e 1800 a.C. Tribos costumavam circular entre as principais cidades da Mesopotâmia para vender o couro, o leite e a carne de seus rebanhos.
·       Terá deixa a cidade natal de Abrão, que a escritura chama de Ur dos Caldeus, e se muda com a família para os arredores de Harã (veja o mapa nas págs. 32 e 33). Depois que Terá morre, com 205 anos (isso mesmo, os personagens da narrativa são extraordinariamente longevos), Deus determina novo rumo para a vida do pastor.
·       O patriarca, que agora é responsável pelos negócios da família, ouve a voz de Javé, que promete: "Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei. Eu farei de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei teu nome. Seja tu uma bênção". E Abrão se muda para Canaã com a esposa e o sobrinho, Ló.

2-Sabedoria de José
·       O que é sabedoria? É quando eu sei lidar com os fatos da vida, enfrentar as situações, resolver situações. Isto se chama sabedoria. Ele disse que quem acha sabedoria e adquire conhecimento é muito feliz.
·       Portanto, note uma coisa: Quando tu ages sob sabedoria, sob o ensino de Deus, nove coisas acontecem:
·       Segundo: É melhor do que pérolas.
·       Terceiro: Produz vida longa. Vive-se mais.
·       Quatro: Produz riquezas.
·       Cinco: Produz honra.
·       Seis: Produz paz.
·       Sete: Felicidade.
·       Oito: É melhor do que tudo que desejamos.
·       Nove: Feliz aquele que a retém.
3-Lideraança de Moisés
·       Um dos exemplos mais notáveis ​​de liderança na Bíblia é o exemplo de Moisés. Eu acho que é importante notar que ele aprendeu os princípios de liderança e a fé de seus pais (ver versículo 23) e ele aprendeu princípios de liderança e organização de seu sogro, Jetro (Êxodo 18:13-27).
·       Moisés foi um aluno capaz e se torna um líder capaz, com grandes características de liderança. Hebreus 11 lista Moisés na grande galeria dos heróis da fé e descreve as características de liderança que lhe permitiu ter sucesso na imensa tarefa que lhe foi dada pelo Senhor.
·       Que incrível história de fé. Moisés, como você sabe, foi colocado pela fé no rio e salvo das águas pela filha do Faraó e levado para ser criado como seu próprio filho. No entanto, ele foi realmente criado por seus próprios pais que fizeram o papel de babá.
·       Mas quando Moisés tinha certa idade, ele escolheu Deus e seu povo ao invés da casa, fama e riqueza de Faraó. Para isso foi necessário esperança e fé em Deus, mas isso é o que devemos ter para ser um grande líder para Deus.

III O ESPÍRITO NOS LIVROS HISTÓRICOS
1-Conquistas de Josué
·       Após a morte de Moisés, Josué foi encarregado com o trabalho de guiar os israelitas na próxima fase do desenvolvimento da nação. Sob sua liderança, o povo tomou posse da terra de Canaã e, desta maneira, Deus cumpriu mais uma parte da promessa feita a Abraão (Gênesis 12:3). A grande nação constituída na saída do Egito recebeu a herança prometida.
·       O homem destacado no livro de Josué servira como auxiliar de Moisés durante a jornada do povo no deserto e se destacou como guerreiro valente e homem de fé. Josué e Calebe foram os únicos dois dos doze homens enviados numa missão de reconhecimento que acreditavam na promessa de Deus, e foram os únicos daquela geração admitidos a terra.
2-Surgimento dos Juízes
·       Ocorreu que após a morte de Josué (cerca de 1200 AC) as doze tribos de Israel estavam um tanto vulneráveis e não tinha um líder que as orientasse na defesa contra povos estrangeiros, e a única autoridade era dos anciãos de cada uma das tribos, e por variarem em número (algumas tribos muito populosas outras nem tanto) algumas delas estavam mais suscetíveis a ataques de inimigos dos povos de Israel:  filis­teus, moabitas, cananeus e amonitas.
·       Desses, os Filisteus e os Cananeus eram os mais persistentes na luta para retirarem os israelitas que haviam tomado posse de parte de seus territórios, por esse motivo a conquista total da terra só correu no tempo do Rei da Davi.

3-Os reis Saul e Davi
·       Saul, o primeiro rei de Israel foi à pura expressão do poder enganoso das aparências. Deus permitiu que o povo de Israel sofresse ao ser governado por um rei vaidoso, soberbo e desobediente. O povo não queria um rei aprovado por Deus, mas um rei que tivesse aparência de rei. Eles queriam imitar as outras nações.
·       A motivação de Saul era satisfazer aos seus próprios desejos. A desobediência e a vaidade de Saul lhe reservaram um final trágico: a vergonha e o suicídio. “Saul morreu assim porque foi infiel a Deus, o SENHOR. Ele desobedeceu aos mandamentos de Deus e consultou os espíritos dos mortos” (1Cr 10:13.
·       Com o tempo, foi enchendo de si e perdendo a humildade, abrindo mão da confiança que tinha no Senhor.
·       Por isso, quando Deus ordenou que exterminasse os amalequitas (nação inimiga de Israel), Saul os atacou, mas poupou o rei e seus melhores animais, desobedecendo a Deus. Além disso, Saul chegou a erguer um monumento em sua própria homenagem.
·       Davi, o segundo rei de Israel, foi um escolhido e ungido pelo próprio Deus. Nem mesmo o pai de Davi lhe dava qualquer prestígio ou o estimava. Ele foi o último dos filhos a ser lembrado pelo próprio pai. Todavia, mesmo sem a estatura física de um Rei, ele era um pastor zeloso, valente defensor das ovelhas do pai e extremamente reverente diante do poder de Deus. 
·       Davi, como qualquer ser humano, cometeu graves pecados; porém, ao contrário de Saul, nunca recorreu aos espíritos enganadores e nem procurou desculpas esfarrapadas para seus pecados. Ele arrependia-se e suplicava pela misericórdia e pelo perdão de Deus.

IV O ESPÍRITO NOS PROFETAS
I-Despertamento e Juízo
·       Já com aqueles a quem Deus ungia com o Seu Espírito Santo, a comunicação adentrava o campo espiritual, o invisível, e por vezes esses homens ungidos eram arrebatados a uma visão celestial onde o Espírito do Senhor falava-lhes ao seu espírito humano. Foi o caso do profeta Isaías e do profeta Ezequiel, por exemplo.
·       Como a plenitude do Espírito Santo ainda não havia acontecido apenas alguns poucos eram ungidos com o Espírito do Senhor e estes tinham a incumbência de serem mediadores entre Deus e o Seu povo, já que ninguém mais podia ouvir a Deus senão pelo Seu Espírito.
·       Estes homens não tinham formação teológica ou qualquer outro critério de capacitação humana para que Deus os escolhessem. Eram muitas vezes pessoas simples, camponeses, criadores de gado, outros eram jovens demais e alguns poucos eram filhos de sacerdotes. 
·       Havia também aqueles em que o Espírito do Senhor vinha esporadicamente sobre eles para entregar alguma mensagem, e depois o Espírito se retirava deles, sem atribuir-lhes um cargo ou função sacerdotal. Até mesmo um animal foi usado pelo Espírito do Senhor para transmitir alguma mensagem ao homem, mostrando que a diferença não está na pessoa eleita, mas no Espírito que nela habita.
·       Muitos que se dizem mensageiros de Deus ensinam que Jesus vem buscar o seu povo ocultamente, que o povo vai desaparecer e os que aqui ficarem entrarão em desespero… O filho procura a mãe, o pai procura o filho, os aviões ficam sem seus pilotos, o que estava internado desaparece e os médicos ficam sem entender, então percebem: aconteceu a vinda do Senhor. Este ensinamento é absolutamente contrário ao que nos revela a Bíblia Sagrada. Alguns desses mensageiros ensinam desta forma porque aprenderam com seus superiores e não examinaram as Escrituras para confirmar; outros o fazem por imposição do seu ministério, para que não percam seus cargos.
·       No entanto, convém ensinar o que Deus pediu que fosse ensinado. Por isso, Deus falou: Muitos pastores destruíram a minha vinha (igreja), pisaram o meu campo (povo); tornaram em desolado deserto o meu campo desejado (Jr. 12:10), ou seja, deixou seu povo vazio e sem conhecimento. O Senhor Jesus disse ao sumo sacerdote Caifás que ele mesmo veria o Filho do Homem assentado à direita do poder, e vindo sobre as nuvens do céu.
2-Coragem e sabedoria
·       Quando falamos sobre coragem, é porque precisamos confrontar os nossos temores. O medo é uma emoção incapacitante. Jesus nunca pretendeu que Seus seguidores temessem o presente e o futuro. Embora, às vezes possamos sentir medo, não devemos permitir que ele nos controle.
·       Por que Deus nos pede para termos coragem? Duas razões:
1. Nós temos uma tendência para sermos rebeldes aos princípios de Deus. Josué viu como o povo sempre se rebelava contra Moisés, o líder a quem ele estava substituindo.
·       2. É sobre o espírito de coragem que Deus nos garante a Sua presença poderosa! Pois o Espírito que Deus nos deu não nos torna medrosos; pelo contrário, o Espírito nos enche de poder e de amor e nos torna prudente.
·       O dicionário português define coragem como bravura em face do perigo, intrepidez, ousadia, resolução, perseverança, constância e firmeza. Deus o chamou para enfrentar o seu momento de crise com firmeza, equilíbrio, sem deixar de praticar atos de grandeza, que são provenientes do “amor”.
·       Deus não depende da sua falta de recursos, instrução ou dos cursos que você poderia fazer. Ele depende da sua coragem para obedecê-lo! Quando você obedece a Deus com coragem, os recursos surgem. Portanto, pare de olhar para si mesmo como um “pobre coitado”, como alguém perseguido ou sem muitas chances na vida. Coloque-se ao lado de Deus e confie na Sua bondade.
Pr. Carlos Borges(CABB)

Nenhum comentário:

Postar um comentário