1 Co. 12.4-10
Introdução: Foi uma das promessas de Jesus que após morrer e
ressuscitar Ele enviaria o Espírito Santo (o consolador), para habitar no crente
(salvo) e disse: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é e vo-lo há
de anunciar” (Jo. 16.14). Em outras palavras o Espírito Santo revelaria Cristo
ao mundo. Os dons espirituais não
procedem do homem, mas de Deus. Não podem ser confundidos com talentos
naturais. Não é um pendor humano nem uma habilidade inata que alguém
desenvolve. Os dons espirituais são concedidos aos membros do corpo de Cristo,
pelo Espírito Santo, quando creem em Cristo, e são desenvolvidos na medida em
que os fiéis os utilizam para a glória de Deus e edificação dos salvos.
I DONS DE REVELAÇÃO
1-Palavra de Sabedoria
·
É saber o que falar em determinada ocasião
(solucionar um problema específico) é um fragmento da sabedoria divina dada ao
crente. Não se trata de conhecimento humano ou inteligência. Exemplo: José (Gn
41.38,39); Salomão e as duas mães. (1Rs 3.16-28), Josué (Dt 34.9).
·
Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de
uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do
Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria
do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22).
·
Não se
trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo
diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração
(Tg 1.5,6).
·
A palavra de sabedoria é um conhecimento dos
mistérios do Evangelho e a capacidade de explica-los, um entendimento exato do
propósito, da natureza e das doutrinas da fé cristã.
2-Palavra de Conhecimento
·
Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se
de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a
respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas.
Frequentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At
5.1-10; 1Co 14.24,25).
·
É uma revelação do que está acontecendo no
momento. Não se trata de adivinhação, fenômeno psíquico ou telepatia e nem
resultado de um profundo estudo teológico.
·
Através desse dom a igreja tem acesso a fatos a
respeito de pessoas, circunstâncias e de verdades bíblicas. É a penetração na
ciência de Deus. (Ef 3.3-6). Exemplo: Eliseu (2 Rs 6.12); Aias (1 Rs 14.1-6);
Em Atos 20.23 O Espírito Santo revelava a Paulo o que ia acontecer.
3-Discernimento de Espíritos
·
A Bíblia confirma o fato do mundo espiritual de que há
verdadeiros seres incorpóreos (sem corpo físico). Na verdade, estes seres
existem em grandes números e em três esferas principais, e eles têm
personalidade e caracteres peculiares.
·
Deus soprou o espírito de vida para dentro do homem e ele
passou a ser uma alma vivente. Quando o espírito parte, o homem morre (Gênesis
2.7; Eclesiastes 8.8; 12.7; 3.18-21; Tiago 2.26; Jó 32.8; 33.4). Ainda que
tenhamos a tendência de ser inconscientes do mundo dos espíritos que nos cerca,
somos, na realidade, altamente influenciados e controlados por ele.
·
Bíblia diz que os pecadores são tomados cativos pelo diabo e
são controlados por sua vontade no âmbito espiritual (2 Timóteo 2.26).
·
Isto não é algo estanho ou incomum; ao invés, é a maneira
como as coisas têm sido desde pouco depois de Adão ter sido criado.
·
Normalmente, é necessário que tenhamos uma experiência ou
contato com o campo espiritual antes que, de fato, nos inteiremos de sua
realidade. Antes disso, ele é mais uma teoria do que realidade.
II DONS DE PODER
A
Fé
·
O termo “pistis”, em grego, que geralmente é
traduzido por fé, tem inúmeros significados, por esse motivo, faz-se necessário
ter cautela na interpretação dessa palavra, e principalmente, o contexto no
qual se encontra. Isso porque a fé, nas Escrituras, pode ser salvífica,
enquanto condição para a salvação (Ef. 2.8,9), aspecto do fruto do Espírito,
que tem a ver com fidelidade e confiança (Gl. 5.22) e enquanto dom do Espírito
Santo (I Co. 12.9).
·
A fé salvífica é manifestada no ato da
conversão, quando o pecador reconhece que não há outro modo de ser salvo senão
mediante Cristo. A fé fruto do Espírito é a fidelidade do cristão que, mesmo em
meio às perseguições e adversidades, não desiste da caminhada, agradando a Deus
em sua confiança irrestrita nEle, e que tem os heróis da fé como modelo (Hb.
11).
·
Essa fidelidade a Deus não decorre do dom, mas
da disposição para crer, depois de ouvir continuamente a Palavra de Deus (Rm. 10.17).
A fé enquanto dom trata-se de uma manifestação sobrenatural, pelo Espírito
Santo, que capacita o cristão para a realização de milagres (I Co. 13.2).
·
Esse dom está interligado à cura e à operação de
milagres, pois, a partir da fé dada instantaneamente pelo Espírito, diante de
determinadas circunstâncias, o cristão pode fazer proezas em Deus, assim como
fizeram os apóstolos, em diversas ocasiões registradas em Atos, em cumprimento
às palavras de Jesus (Mc. 16.15-18).
2-Don de curar
·
No grego, a expressão “dons de curar” se
encontra no plural, “iamaton”, ressaltando, assim, a pluralidade dentro desse
dom diante das diversas doenças e enfermidades.
·
Isso quer dizer que existem cristãos a quem são
dados dons específicos para que sejam instrumentalizadas por Deus para curar
determinadas doenças e enfermidades.
·
Mas nem todos os membros da igreja recebem os
dons de curar (I Co. 12.11,30), mesmo assim, como somente o Espírito Santo sabe
a quem o dom foi concedido, compete aos cristãos, indistintamente, orarem pelos
enfermos, cientes que a cura é proveniente de Deus, que decide, soberanamente,
se quer ou não realizá-la.
·
Esse é um dom do Espírito Santo, não do crente,
que cumpre a determinação de Jesus, que dotou os discípulos com a mesma
autoridade “para curar toda sorte de doenças e enfermidades”.
·
Os que crerem no Seu nome, disse Jesus aos
discípulos, “imporão as mãos sobre os enfermos e eles serão curados (Mc.
16.18)”. Os dons para curar os diversos tipos de doenças e enfermidades é uma
capacitação divina sobrenatural para que a igreja atue na restauração física e
mental das pessoais (At. 3.6-8; 4.30).
3-A Operação de Milagres
·
Os sinais, semeion em grego, acompanhavam a
pregação, pois as pessoas ouviam a mensagem. O dom de operação de maravilhas,
“energemata dynameon” em grego, possibilita a realização de atos sobrenaturais
no poder do Espírito Santo.
·
Os
milagres advindos da manifestação desse dom vão além das leis físicas
conhecidas naturalmente pelos seres humanos. Basta citar, como exemplo, a
atuação de Jesus sobre a natureza, que chamou a atenção dos discípulos, após
acalmar a tempestade: “E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos
outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Mc. 4.41).
·
A mente finita do ser humano, pautada nas leis
que reconhece como naturais, é incapaz de compreender a sobre naturalidade dos
eventos divinos (I Co. 2.14).
·
O
Espírito Santo agiu, “pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a
ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos
quais as enfermidades fugiam das suas vítimas e os espíritos malignos se
retiravam” (At. 19.11,12).
III DONS DE EXPRESSÃO
1-Variedades de Línguas
·
O dom de línguas é a habilidade dada por Deus a
alguém para que haja comunicação numa língua desconhecida, e para que seja
interpretada na assembléia a fim de que todos possam compreendê-la. II Co.
12:10 ; I Co. 14:5.
·
É uma manifestação do Espírito (I Co. 12:7), e
não uma habilidade humana. Isto não tem absolutamente nada a ver com
habilidades linguísticas naturais, eloquência em discursos, ou uma nova maneira
Santificada de falar-se.
·
Ainda que
o Espírito possa estar envolvido nestas características estão todas á parte do
assunto em consideração. O dom de línguas é uma manifestação ou expressão
sobrenatural do Espírito Santo, através dos órgãos vocais de uma pessoa. Ela é
uma manifestação direta da esfera dos milagres. A Bíblia revela
três categorias gerais quanto ao falar-se em línguas.
·
Línguas que são faladas no momento em que
recebemos o Batismo no Espírito Santo.
(Atos 2:4 –6; 10:45-47 e 19:6).
(Atos 2:4 –6; 10:45-47 e 19:6).
·
Línguas para uma comunhão pessoal com Deus numa
maneira contínua.
(I Co. 14:1-15; Judas 20; Rm. 8:26, 27 e Ef. 6:18).
(I Co. 14:1-15; Judas 20; Rm. 8:26, 27 e Ef. 6:18).
·
Línguas que são dadas na igreja para
uma comunicação ao Corpo e para serem um sinal ao incrédulo.
( I Co.12:10; 14:5; 14:21-22).
·
Foi à confusão destas três categorias de línguas
que o Senhor procurou corrigir na Igreja de Corinto. Aparentemente, alguns
falavam em línguas demasiadamente nas reuniões, sem que interpretações fossem
dadas e isso produzia confusão e abusos. Portanto, o Senhor, através de
Paulo, classificou-as para eles. Além disso, deveríamos entender que há três
maneiras gerais em que a Bíblia usa a palavra “dom” ou “graça”.
·
1-O “dom” de Deus da Salvação através de Cristo.
(Rm. 5:15-18; II Co. 9:15), o qual inclui:
2 – O “dom” do Espírito Santo. (Atos 2:38; 8:20 e 10:45) o qual inclui;
3 – Os “dons” do Espírito Santo. (I Co. 12:1, 4,9 e 28; Hb. 2:4).
2 – O “dom” do Espírito Santo. (Atos 2:38; 8:20 e 10:45) o qual inclui;
3 – Os “dons” do Espírito Santo. (I Co. 12:1, 4,9 e 28; Hb. 2:4).
2-Interpretação de
línguas
·
O Dom de interpretação de línguas é a revelação
sobrenatural pelo Espírito do significado de uma expressão vocal em outras línguas.
Não é tradução das línguas; é a interpretação das línguas. O dom da
interpretação de línguas sempre vai depender de outro dom para poder operar.
(Variedades de línguas).
·
O propósito desse dom é tornar o dom de
variedades de línguas inteligível aos ouvintes, para que a Igreja e
aquele que possui o dom possam saber o que foi dito a possa ser edificada. (1 Co.
14:5).
·
Você pode perguntar; “Mas Deus não pode falar
conosco de alguma outra maneira?” Sim! Ele pode e o faz. Temos mensagens que
não é uma interpretação de línguas; é uma manifestação do dom da profecia.
·
Todos esses dons operam pela fé, mas é
necessária mais fé para profetizar do que para dar uma expressão vocal em
línguas ou interpretação de línguas.
·
Isso
porque os que operam nestes outros dons têm outra pessoa de quem possa
depender. Em outras palavras: a pessoa com o dom de variedades de línguas pode
depender de quem tem o dom da interpretação de línguas, e vice-e-versa. Mas a
pessoa que tem o dom da profecia precisa ter fé suficiente para simplesmente
começar a falar aquilo que recebeu.
3-Profecias
·
Profeta é aquele que
fala por outro; que entrega uma mensagem alheia. Moisés, profeta de Deus. Arão,
de Moisés (Êxodo 7:1-2).
·
Para que Deus deu os profetas? -
Para aperfeiçoamento, edificação e unidade (Efésios 4:11-13).
- Para edificação, exortação (encorajar, aconselhar) e consolação (1
Coríntios 14.3).
·
A mensagem do profeta deve atrair o povo para
Deus e não para si mesmo ou para outra coisa qualquer. (1 Samuel
7:3) - (Lamentações 3:40)
- (Amós 5:4) - (Zacarias 1:3)
(Malaquias 3:7) .- Falar uma falsa profecia em nome do
Senhor significa transgredir o 3º mandamento: “Não usarás o nome do Senhor em vão” (Êxodo 20:7).
Exemplos de falsos profetas: Jeremias 23; Ezequiel 13.
·
É comum o profeta
de o Velho Testamento dizer; ASSIM DIZ O SENHOR! Quando transmitia a
palavra de Deus: Pois Deus se comunicava verdadeiramente pela boca dos
profetas, sendo assim a voz do profeta estava acima até do próprio rei, e não
podia ser desobedecida por ser a Palavra de Deus, afinal a Bíblia, que é a
revelação não estava completa.
·
Como os caminhos
dos homens não é o Caminho de Deus, vários ou quase todos os profetas foram
mortos por falar a verdade e recriminar o pecado dos poderosos.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste! Mateus 23:37. Palavra de Jesus sobre os profetas verdadeiros.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste! Mateus 23:37. Palavra de Jesus sobre os profetas verdadeiros.
Pr. Carlos Borges(CABB)
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