1 Tm. 6.6-10
Introdução: Estamos
vivendo uma época em que as pessoas são convidadas a consumir, a comprar.
Propagandas bem elaboradas, programas de crédito facilitado, novidades nas
vitrines, etc, são um verdadeiro apelo a gastar.
A fonte de muitos
problemas enfrentados pelas famílias está no mau uso do dinheiro e no abuso do
crediário.
Este estudo tem o
objetivo de mostrar os males do amor ao dinheiro, e os benefícios que ele pode
proporcionar se usado com sabedoria e moderação.
I RELAÇÕES SOCIAIS NA IGREJA
1-Deveres sociais (1 Tm. 6.1,2).
·
Todos estão cientes da importância do
dinheiro para a sobrevivência da família. No entanto, o amor a ele é a raiz de todos os males.
·
"Porque
o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns
se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." (1
Timóteo 6:10).
·
Jesus já falara do perigo do dinheiro tornar-se
um deus na vida do homem.
·
"Ninguém
pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se
dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon." (Mateus 6:24).
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Ele quis dizer que a busca das riquezas poderia
exigir uma dedicação tão grande, quanto Deus exigia de seus servos.
·
Seria,
portanto, impossível servir aos dois, ao mesmo tempo.
·
Esse fato foi exemplificado por Jesus quando Ele
encontrou-se com o jovem rico. (Mateus 19:16-22).
·
Não que a riqueza em si fosse de todo má, mas o
coração pode estar tão preso por ela que isso se constitui num obstáculo para
seguir a Jesus.
2- Evite os Gananciosos (1 Tm. 6.3-5).
·
Paulo aconselha Timóteo a ficar longe daqueles que
queriam apenas ganhar dinheiro com a pregação e daqueles que transformam o
ensino do evangelho em disputa que causavam contendas e dissensão na igreja.
·
A boa compreensão dos pontos teológicos mais
difíceis não deve servir de base para que alguém queira dominar outras ou
ganhar dinheiro.
·
Afaste-se das pessoas que só querem discutir.
·
Esta declaração é a chave para o crescimento
espiritual e a realização pessoal.
·
Devemos honrar a Deus, e ele deve ser o centro
de nossos desejos.
·
O amor do
dinheiro prende tanto o coração da pessoa para conseguir mais
dinheiro, sempre dinheiro, tanto que ela se esquece de Deus.
·
Jesus disse que, onde estiver o dinheiro do
homem aí estará seu coração.
·
Disse
também que ninguém consegue amar a Deus e ao dinheiro.
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Perceba que o Mestre não critica ninguém por ser
rico.
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Mas sim por ficar longe dos mandamentos da lei
de Deus.
3- Poder do Contentamento (1Tm. 6.6-8).
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Ao escrever a sua epístola aos Filipenses, o
apóstolo Paulo falou sobre a importância do contentamento e revelou que isto é
uma virtude que devemos desenvolver.
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O contentamento não aparece imediatamente ao
novo nascimento.
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É algo que aprendemos ao longo de nossa jornada
cristã (leia Filipenses 4.10-14).
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Quando examinamos o contexto dessa referência,
percebemos que Paulo estava em tribulação, ou seja, com necessidades materiais.
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Os irmãos
intervieram com uma ajuda, uma oferta amorosa para o seu sustento, e ele lhes
disse que ela veio ao encontro de suas necessidades do momento, ou, como ele
mesmo. denomina, da sua pobreza.
·
Contudo,
o apóstolo não reclama da sua privação, mas diz que ele aprendeu a viver
contente em toda e qualquer situação.
·
Observe isto: ele aprendeu o contentamento, o
que significa que, no início da sua carreira cristã, ele ainda não o possuía.
·
E onde foi que ele aprendeu a praticar esta
virtude? Em meio à abundância ou em meio à falta?
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É claro
que foi durante a necessidade, pois são em circunstâncias como essas que Deus
trata conosco.
·
Quando chegou a provisão enviada pelos
filipenses, Paulo teve a vitória sobre a privação e a necessidade.
·
Ele venceu as circunstâncias e aprendeu o
contentamento com aquilo que passou.
II AMOR AO DINHEIRO
1- Perigo da ganancia (1 Tm. 6.9).
·
E disse
ao povo: “Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida
do homem não consiste na abundância das coisas que possui."
(Lucas 12:15).
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Jesus nos chama à atenção para um fato
que parece não ser percebido por muitas pessoas: NÃO nos SERÁ PERMITIDO cruzar a fronteira da
morte COM NENHUM BEM MATERIAL.
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Veremos que a ganância é uma loucura.
·
"Como
saiu do ventre de sua mãe, assim também se irá, nu como veio; e nada tomará do
seu trabalho, que possa levar na mão." (Eclesiastes 5:15).
·
A verdade principal ensinada pela parábola do
rico insensato Luc. 12.13-15.
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É a de que devemos tomar cuidado com a ganância
e com a avareza.
·
O discípulo do reino de Deus deve ter os seu
coração nos tesouros do reino de Deus.
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Insistentemente, somos alertados pela Palavra de
Deus quanto ao perigo de termos um coração exercitado na avareza: "Tendo os olhos cheios de adultério e
insaciáveis no pecar; engodando as almas inconstantes, tendo um coração
exercitado na ganância, filhos de maldição." (2 Pedro 2:14).
·
"Quem
ama o dinheiro não se fartará de dinheiro; nem o que ama a riqueza se fartará
do ganho; também isso é vaidade." (Eclesiastes 5:10).
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O
dinheiro é um bom servo, porém é um senhor muito cruel.
2-Cuidado com a cobiça (1Tm. 6.10,11).
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Existe o desejo legítimo e a cobiça.
·
O
primeiro refere-se ao suprimento das necessidades e, em alguns casos, um pouco
mais, atingindo o nível do conforto.
·
O segundo vai muito além, alcança o excesso e
avança rumo ao proibido.
·
Mas onde está a exata fronteira entre uma e
outra coisa?
·
Precisamos de sabedoria para encontrar a
resposta.
·
É difícil
dizer onde o desejo correto se transforma em cobiça, assim como não podemos
determinar com certeza a exata quantidade de comida que alguém precisa
consumir.
·
Primeiro:
Cada indivíduo é capaz de reconhecer que a sua necessidade foi suprida e seu
apetite saciado. Depois disso, o desejo torna-se cobiça.
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Segundo:
A tolerância que o indivíduo tem consigo mesmo pode mascarar a cobiça.
Portanto, é preciso observar o ensinamento bíblico em relação ao que desejamos.
·
Deus estabeleceu limites: Adão poderia comer do
fruto de todas as árvores, exceto uma (Gn. 2.16-17). Quando desejamos o que
Deus proibiu, está caracterizada a cobiça.
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“Todo o trabalho do homem é para a sua boca,
contudo nada satisfaz a sua cobiça” (Ec. 6.7).
3-Combater o bom combate da fé (1 Tm. 6.12).
·
A expressão “combati o bom combate, terminei a corrida,
guardei a fé” foi dita por Paulo, perto do final de sua vida.
·
Ele
estava reconhecendo uma vida
bem vivida ao serviço de Deus.
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Paulo agora esperava ansiosamente a recompensa
no Céu, que aguarda todos que amam Jesus.
·
Paulo se considerava um soldado a serviço de
Jesus.
·
Ele ia
onde Jesus mandava e cumpria as missões que recebia (2
Timóteo 2:3-4).
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Agora estava chegando ao fim de seu “serviço
militar”.
·
Seguir Jesus
é entrar em batalha.
·
Lutamos contra o pecado em nossas próprias vidas e contra as forças do
diabo nesse mundo.
·
Nossa missão
é conquistar, fazendo crescer o Reino de Deus através da pregação do evangelho.
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Mas não
combatemos sozinhos. Em Jesus, a vitória já está garantida!
·
Paulo reconheceu que sua luta tinha sido boa.
·
Foi
difícil, mas ele lutou pelas coisas certas e não desistiu. Jesus o ajudou a
vencer.
III FIEL ATÉ JESUS VOLTAR
1- Pureza Doutrinária (1 Tm6. 13-21)
·
Paulo
conclui exortando Timóteo a obedecer ao “mandamento sem mácula”, referindo-se
aos mandamentos que Cristo deu à sua Igreja.
·
A
própria confissão de fé Timóteo é comparada a de Cristo diante de Pilatos.
·
Aqueles
que têm dinheiro devem ser generosos, porém nunca arrogantes por terem muito
para dar.
·
Estes
devem ter o cuidado não depositarem duas esperanças no dinheiro, e sim
depositarem no Senhor que o dono do ouro e da prata.
·
Deus é
o único que pode oferecer a verdadeira segurança.
·
Ainda
que não venhamos a ter riquezas materiais, podemos ser ricos em boas obras.
2- Rico aqui e no céu (1 Tm. 6.17-19).
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“Senti as
vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o
vosso gozo em tristeza” (Tg 4:9), que é o mesmo que ‘arrependei-vos’ (At 2:38).
·
Por que deveriam sentir as suas misérias
e lamentarem?
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Porque os judeus rejeitaram a Cristo por
entenderem que possuíam recursos necessários para serem salvos, mas na verdade
eram pobres, cegos e nus “Como dizes:
Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um
desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Ap 3:17).
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‘Sentir a miséria e ‘lamentar são figuras que remetem às pessoas que mudam de
concepção (arrependimento) dando ouvidos ao anunciador de boas novas, que é
Cristo.
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Se o contrito de espírito, o manso, o pobre,
etc., ouve a mensagem do evangelho e crê, recebe de Deus glória, gozo, louvor,
etc. (Sl 61:1 -3).
3-Guarda o que te foi confiado (1 Tm. 6.20,21).
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Porém, antes que Cristo viesse ao mundo conforme
a promessa feita a Abraão, Deus entregou a lei para fazer com que os
descendentes da carne de Abraão vissem a sua real condição.
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Deixassem de crer em sua origem e passassem a
esperar naquele que havia de se manifestar assim como fez o crente Abraão “Mas, antes que a fé viesse, estávamos
guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de
manifestar”.
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“De
maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela
fé fôssemos justificados” (Gl 3:23 -24).
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A Bíblia diz em 1 Timóteo 6:17-19: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam
altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus”.
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Que nos concede abundantemente todas as coisas
para delas gozarmos; que pratiquem o bem.
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“QUE SE
ENRIQUEÇAM DE BOAS OBRAS, QUE SEJAM LIBERAIS E GENEROSOS, ENTESOURANDO PARA SI
MESMOS UM BOM FUNDAMENTO PARA O FUTURO, PARA QUE POSSAM ALCANÇAR A VERDADEIRA
VIDA.”
Pr. Carlos Borges (CABB)
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