quarta-feira, 21 de agosto de 2019

AMOR AO DINHEIRO E CONTENTAMENTO



1 Tm. 6.6-10
Introdução: Estamos vivendo uma época em que as pessoas são convidadas a consumir, a comprar. Propagandas bem elaboradas, programas de crédito facilitado, novidades nas vitrines, etc, são um verdadeiro apelo a gastar.
A fonte de muitos problemas enfrentados pelas famílias está no mau uso do dinheiro e no abuso do crediário.
Este estudo tem o objetivo de mostrar os males do amor ao dinheiro, e os benefícios que ele pode proporcionar se usado com sabedoria e moderação.


I RELAÇÕES SOCIAIS NA IGREJA
1-Deveres sociais (1 Tm. 6.1,2).
·        Todos estão cientes da importância do dinheiro para a sobrevivência da família. No entanto, o amor a ele é a raiz de todos os males.
·        "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." (1 Timóteo 6:10).
·        Jesus já falara do perigo do dinheiro tornar-se um deus na vida do homem.
·        "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon." (Mateus 6:24).
·        Ele quis dizer que a busca das riquezas poderia exigir uma dedicação tão grande, quanto Deus exigia de seus servos.
·         Seria, portanto, impossível servir aos dois, ao mesmo tempo.
·        Esse fato foi exemplificado por Jesus quando Ele encontrou-se com o jovem rico. (Mateus 19:16-22).
·        Não que a riqueza em si fosse de todo má, mas o coração pode estar tão preso por ela que isso se constitui num obstáculo para seguir a Jesus.

2- Evite os Gananciosos (1 Tm. 6.3-5).
·        Paulo aconselha Timóteo a ficar longe daqueles que queriam apenas ganhar dinheiro com a pregação e daqueles que transformam o ensino do evangelho em disputa que causavam contendas e dissensão na igreja.
·        A boa compreensão dos pontos teológicos mais difíceis não deve servir de base para que alguém queira dominar outras ou ganhar dinheiro.
·        Afaste-se das pessoas que só querem discutir.
·        Esta declaração é a chave para o crescimento espiritual e a realização pessoal.
·        Devemos honrar a Deus, e ele deve ser o centro de nossos desejos.
·        O amor do dinheiro prende tanto o coração da pessoa para conseguir mais dinheiro, sempre dinheiro, tanto que ela se esquece de Deus.
·        Jesus disse que, onde estiver o dinheiro do homem aí estará seu coração.
·         Disse também que ninguém consegue amar a Deus e ao dinheiro.
·        Perceba que o Mestre não critica ninguém por ser rico.
·        Mas sim por ficar longe dos mandamentos da lei de Deus.

3- Poder do Contentamento (1Tm. 6.6-8).
·        Ao escrever a sua epístola aos Filipenses, o apóstolo Paulo falou sobre a importância do contentamento e revelou que isto é uma virtude que devemos desenvolver.
·        O contentamento não aparece imediatamente ao novo nascimento.
·        É algo que aprendemos ao longo de nossa jornada cristã (leia Filipenses 4.10-14).
·        Quando examinamos o contexto dessa referência, percebemos que Paulo estava em tribulação, ou seja, com necessidades materiais.
·         Os irmãos intervieram com uma ajuda, uma oferta amorosa para o seu sustento, e ele lhes disse que ela veio ao encontro de suas necessidades do momento, ou, como ele mesmo. denomina, da sua pobreza.
·         Contudo, o apóstolo não reclama da sua privação, mas diz que ele aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação.
·        Observe isto: ele aprendeu o contentamento, o que significa que, no início da sua carreira cristã, ele ainda não o possuía.
·        E onde foi que ele aprendeu a praticar esta virtude? Em meio à abundância ou em meio à falta?
·         É claro que foi durante a necessidade, pois são em circunstâncias como essas que Deus trata conosco.
·        Quando chegou a provisão enviada pelos filipenses, Paulo teve a vitória sobre a privação e a necessidade.
·        Ele venceu as circunstâncias e aprendeu o contentamento com aquilo que passou.

II AMOR AO DINHEIRO
1- Perigo da ganancia (1 Tm. 6.9).
·        E disse ao povo: “Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui." (Lucas 12:15).
·        Jesus nos chama à atenção para um fato que parece não ser percebido por muitas pessoas: NÃO nos SERÁ PERMITIDO cruzar a fronteira da morte COM NENHUM BEM MATERIAL.
·        Veremos que a ganância é uma loucura.
·        "Como saiu do ventre de sua mãe, assim também se irá, nu como veio; e nada tomará do seu trabalho, que possa levar na mão." (Eclesiastes 5:15).
·        A verdade principal ensinada pela parábola do rico insensato Luc. 12.13-15.
·        É a de que devemos tomar cuidado com a ganância e com a avareza.
·        O discípulo do reino de Deus deve ter os seu coração nos tesouros do reino de Deus.
·        Insistentemente, somos alertados pela Palavra de Deus quanto ao perigo de termos um coração exercitado na avareza: "Tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecar; engodando as almas inconstantes, tendo um coração exercitado na ganância, filhos de maldição." (2 Pedro 2:14).
·        "Quem ama o dinheiro não se fartará de dinheiro; nem o que ama a riqueza se fartará do ganho; também isso é vaidade." (Eclesiastes 5:10).
·        O dinheiro é um bom servo, porém é um senhor muito cruel.


2-Cuidado com a cobiça (1Tm. 6.10,11).
·        Existe o desejo legítimo e a cobiça.
·         O primeiro refere-se ao suprimento das necessidades e, em alguns casos, um pouco mais, atingindo o nível do conforto.
·        O segundo vai muito além, alcança o excesso e avança rumo ao proibido.
·        Mas onde está a exata fronteira entre uma e outra coisa?
·        Precisamos de sabedoria para encontrar a resposta.
·         É difícil dizer onde o desejo correto se transforma em cobiça, assim como não podemos determinar com certeza a exata quantidade de comida que alguém precisa consumir.
·        Primeiro: Cada indivíduo é capaz de reconhecer que a sua necessidade foi suprida e seu apetite saciado. Depois disso, o desejo torna-se cobiça.
·        Segundo: A tolerância que o indivíduo tem consigo mesmo pode mascarar a cobiça. Portanto, é preciso observar o ensinamento bíblico em relação ao que desejamos.
·        Deus estabeleceu limites: Adão poderia comer do fruto de todas as árvores, exceto uma (Gn. 2.16-17). Quando desejamos o que Deus proibiu, está caracterizada a cobiça.
·        “Todo o trabalho do homem é para a sua boca, contudo nada satisfaz a sua cobiça” (Ec. 6.7).


3-Combater o bom combate da fé (1 Tm. 6.12).
·        A expressão “combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé” foi dita por Paulo, perto do final de sua vida.
·         Ele estava reconhecendo uma vida bem vivida ao serviço de Deus.
·        Paulo agora esperava ansiosamente a recompensa no Céu, que aguarda todos que amam Jesus.
·        Paulo se considerava um soldado a serviço de Jesus.
·         Ele ia onde Jesus mandava e cumpria as missões que recebia (2 Timóteo 2:3-4).
·        Agora estava chegando ao fim de seu “serviço militar”.
·        Seguir Jesus é entrar em batalha.
·         Lutamos contra o pecado em nossas próprias vidas e contra as forças do diabo nesse mundo.
·        Nossa missão é conquistar, fazendo crescer o Reino de Deus através da pregação do evangelho.
·        Mas não combatemos sozinhos. Em Jesus, a vitória já está garantida!
·        Paulo reconheceu que sua luta tinha sido boa.
·         Foi difícil, mas ele lutou pelas coisas certas e não desistiu. Jesus o ajudou a vencer.
III FIEL ATÉ JESUS VOLTAR
1- Pureza Doutrinária (1 Tm6. 13-21)
·        Paulo conclui exortando Timóteo a obedecer ao “mandamento sem mácula”, referindo-se aos mandamentos que Cristo deu à sua Igreja.
·        A própria confissão de fé Timóteo é comparada a de Cristo diante de Pilatos.
·        Aqueles que têm dinheiro devem ser generosos, porém nunca arrogantes por terem muito para dar.
·        Estes devem ter o cuidado não depositarem duas esperanças no dinheiro, e sim depositarem no Senhor que o dono do ouro e da prata.
·        Deus é o único que pode oferecer a verdadeira segurança.
·        Ainda que não venhamos a ter riquezas materiais, podemos ser ricos em boas obras.


2- Rico aqui e no céu (1 Tm. 6.17-19).
·        “Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza” (Tg 4:9), que é o mesmo que ‘arrependei-vos’ (At 2:38).
·        Por que deveriam sentir as suas misérias e lamentarem?
·        Porque os judeus rejeitaram a Cristo por entenderem que possuíam recursos necessários para serem salvos, mas na verdade eram pobres, cegos e nus “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Ap 3:17).
·        Sentir a miséria e ‘lamentar são figuras que remetem às pessoas que mudam de concepção (arrependimento) dando ouvidos ao anunciador de boas novas, que é Cristo.
·        Se o contrito de espírito, o manso, o pobre, etc., ouve a mensagem do evangelho e crê, recebe de Deus glória, gozo, louvor, etc. (Sl 61:1 -3).


3-Guarda o que te foi confiado (1 Tm. 6.20,21).
·        Porém, antes que Cristo viesse ao mundo conforme a promessa feita a Abraão, Deus entregou a lei para fazer com que os descendentes da carne de Abraão vissem a sua real condição.
·        Deixassem de crer em sua origem e passassem a esperar naquele que havia de se manifestar assim como fez o crente Abraão “Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar”.
·        “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados” (Gl 3:23 -24).
·        A Bíblia diz em 1 Timóteo 6:17-19: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus”.
·        Que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos; que pratiquem o bem.
·        “QUE SE ENRIQUEÇAM DE BOAS OBRAS, QUE SEJAM LIBERAIS E GENEROSOS, ENTESOURANDO PARA SI MESMOS UM BOM FUNDAMENTO PARA O FUTURO, PARA QUE POSSAM ALCANÇAR A VERDADEIRA VIDA.”

               Pr. Carlos Borges (CABB)

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