terça-feira, 15 de outubro de 2019

O LIVRO DE SALMOS



Sl. 119.97-105
Introdução: O livro de Salmos é uma coletânea de cânticos presente na Bíblia hebraica e no Antigo Testamento da Bíblia cristã. O estudo bíblico de Salmos revela a variedade de características, temas, gêneros e autores que há no livro. Dessa forma, seus cânticos fornecem um modelo de adoração adequado à diversas situações. O título Salmos significa “cânticos”. Esse título vem da Septuaginta, a antiga tradução grega da Bíblia hebraica (Antigo Testamento).


I A FORMAÇÃO DO LIVRO
1-Os Escritos
·        Salmos é um livro composto por 150 Capítulos e consiste em inúmeros poemas.
·         O fato curioso é que salmos é uma diversificação de estilos, fala de exemplos de adoração, de vitória e bênçãos, medo e perseguição.
·        Se passa inúmeras reações do homem com o seu criador.
·        Uma pergunta bastante peculiar, quem criou salmos?
·        Salmos não foram escrito por uma pessoa só, a metade de sua criação foi feita por Davi.
·        Mas também houve homens como “Asafe, filhos de corá,  Salomão, Hemã, Etã e Moisés”.  Na verdade esses homens também deram sua contribuição na criação de salmos, sem contar que alguns dos salmos são de autoria anônima.
·        Resumo de Salmos: O livro de Salmo é uma enciclopédia de orações, hinos que fazem transformar o pensamento do homem sobre Deus em louvor e adoração.
·        Salmos estão totalmente interligados com os louvores, pois em seu significado grego contém “uma música cantada com acompanhamento de um instrumento musical”.

2- A consolidação do Saltério
·        Um saltério é uma Harpa de 10 cordas.
·        Um saltério é também o nome que se dá a um livro contendo o Livro dos Salmos (150 Salmos), muitas vezes utilizado nas devoções judaica e cristã.
·         Foi criado para ser utilizado nos Mosteiros e Conventos para o Ofício Divino, na recitação das Horas Canônicas, desde as épocas em que o monarquismo foi estabelecido pelo Patriarca São Bento de Núrsia.
·         Também chamado de Livro de Horas, durante a Idade Média, o saltério era um livro amplamente difundido e era utilizado para aprender a ler.
·         Propriedade de leigos e ricos, os Livros de Horas eram ricamente iluminados, exemplos espetaculares de cultura e arte medieval.
·        A Visão sem consolidação é como um bebê sem alimento, que vai se desnutrindo até chegar ao óbito.
·         Por que muitos não têm alcançado sucesso na Visão?
·        Porque não atentaram para essa chave maravilhosa chamada Consolidação.
·        O Salmo ao longo da História de Israel foi se consolidando, até se tornar um Livro de grande utilidade, pública, devocional e espiritual.


3- Fator “Babilônia”
·        O exílio do povo de Deus na Babilônia, não de tudo prejudicial ao povo de Deus.
·        A razão final por que o povo de Judá foi levado cativo para a Babilônia é descrita, com muita clareza, em 2Reis 23.36–37; 24.
·        Depois de séculos de rebeldia e de rejeição da aliança, os três últimos reis de Judá, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, colocaram a cereja final da maldade no indigesto bolo da apostasia do povo de Deus.
·        A somatória dos anos de reinado desses três monarcas foi à gota d’água para o reino de Judá: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?” (Jr 5.30-31).
·        Jeremias denuncia o seu povo afirmando que “… a palavra do SENHOR é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela” (Jr 6.10).
·        Por essa razão, o caminho de destruição e miséria espiritual estava aberto.
·        Judá descia cada vez mais a ladeira da perversão e, esquecendo-se do Senhor, buscava outros deuses e se afastava do verdadeiro Deus.
·         As descrições dos últimos reis de Judá nos dão ideia de como eles ampliaram o caminho para a idolatria e a perversão.
·         E, de acordo com Paulo, quando os homens negam o verdadeiro Deus, a derrocada deles é algo esperado e progressivo (Rm 1.18-32).
  

II TÍTULOS AUTORES E DATAS
1-Títulos
·        Sabe-se que os títulos atribuídos a cerca de cem Salmos são de data anterior à Septuaginta e merecem ser tratados com respeito por causa da antiguidade da sua origem.
·         O hebraico pode significar “de”, “para”, “pertencendo a”, isto é, “aparentado com”.
·        Estes títulos são de cinco tipos: os que apontam para uma origem (por exemplo, 18; 51-60; 90); os que dão ênfase a um propósito especial (por exemplo, 38; 60; 92; 100; 102); títulos que indicam melodias especiais para o hino (por exemplo, 9; 22; 45; 56; 57; 60; 80); títulos que se referem ao tipo de acompanhamento musical (por exemplo, 4-6; 8; 45; 53; ver o Salmo 150 em relação aos instrumentos musicais).
·         Há, finalmente, títulos descritivos do tipo do Salmo, por exemplo, Maschil - um Salmo instrutivo ou de sabedoria; Michtam - para expiação (?).
·        O significado de alguns termos, por exemplo, Shiggaion, é obscuro.
·         A palavra “Selah” que aparece em muitos Salmos (a maior parte davídicos) indicava provavelmente uma mudança na melodia de acompanhamento, ou um intervalo musical; ou, se for tomada como assinalando uma pequena versão do Salmo, pode ser, em si mesma, uma exclamação abreviada de louvor (correspondendo ao uso moderno de “glória”).



2- Autores e datas
·        O livro de Salmos foi escrito por vários autores diferentes, entre eles alguns personagens bíblicos bem conhecidos como Moisés, Davi e Asafe.
·        Também há vários salmos que foram compostos por autores desconhecidos.
·        Para entender um pouco melhor sobre quem escreveu o livro de Salmos, é preciso considerar alguns pontos importantes sobre as características do próprio livro.
·        O livro de Salmos é uma coletânea de vários textos poéticos, escritos ao longo de vários séculos. Os salmos mais antigos são datados da época de Moisés, e os mais recentes foram escritos no período posterior ao cativeiro dos judeus na Babilônia.
·        Durante esse espaço de tempo de aproximadamente 1.000 anos, os salmos foram sendo escritos e adicionados à coletânea, especialmente durante os tempos da monarquia em Israel, onde a maioria dos textos poéticos foi escrito.
·        Originalmente o livro de Salmos é subdividido em cinco livros: Livro 1 (Sl 1-41); Livro 2 (Sl 42-72); Livro 3 (Sl 73-89); Livro 4 (Sl 90-106) e Livro 5 (Sl 107-150).
·        A palavra “Salmos” significa “cânticos”, e vem do grego Psalmoi, nome utilizado pela tradução do Antigo Testamento em grego, a Septuaginta. Esse também é o mesmo nome utilizado no Novo Testamento (cf. Lc 20:42; 24:44; At 1:20). O título em hebraico é Tehilim, que significa “cânticos de louvor” ou “louvores”.


3-A expressão “Sela”
·        Selá é uma palavra que aparece muitas vezes na Bíblia, sobretudo no livro dos Salmos, e seu significado desperta a curiosidade de muita gente.
·         O que se sabe é que possivelmente a palavra “Selá” seja uma anotação musical, embora sua exata definição seja desconhecida.
·        A palavra que aparece no livro de Salmos é a hebraica sela e seu significado é incerto.
·        No entanto, em outras passagens bíblicas ocorre o hebraico sela’ ou hasela’, que significa “rocha” ou “penhasco”, e que não deve ser confundido com a palavra semelhante encontrada nos Salmos.
·        Essa última palavra é o nome de uma fortaleza Edomita mencionada em 2 Reis 14:7, a qual foi capturada pelo rei de Judá Amazias, e trocou-lhe o nome para Jocteel.
·         O profeta Isaías falou sobre esse lugar (Is 16:1), e o profeta Obadias fez referência aos edomitas que habitam “nas fendas das rochas” (Ob 3).


III ORGANIZAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO.
1- Organização
·        Embora os eruditos que são especialistas em poesia hebraica classificam os salmos em diferentes tipos, não há uma lista oficial específica que indicam quais são esses tipos.
·         Isso significa que pode haver alguma diferença entre uma lista e outra na classificação dos salmos.  
·        Alguns estudiosos apresentam uma lista mais extensa e detalhada, enquanto outros preferem adotar uma lista mais simples e com um menor número de categorias.
·         Também é possível que um único salmo possa ser contado em mais de uma categoria.
·        Por exemplo: um salmo de romagem também pode ser um salmo de ação de graças (cf. Salmo 129).
·        As categorias mais comuns em que os salmos são classificados geralmente são: 1. Salmos de louvor e adoração; 2. Salmos de lamento; 3. Salmos de ação de graças; 4. Salmos de romagem; 5. Salmos reais; 6. Salmos sapienciais; 7. Salmos imprecatórios.
·        Como foi dito, alguns intérpretes ainda classificam os salmos em outras categorias mais específicas, como: salmos de penitência – tratam principalmente do problema do pecado; salmos de confiança – falam enfaticamente da confiança do salmista em Deus; etc.
·        Mas seja como for, o importante é saber que todos os tipos de salmos foram inspirados pelo Espírito Santo e são importantes para os crentes em sua caminhada de fé.

2-Interpretaação.
·        A interpretação do livro de Salmos depende do nosso conhecimento da condição da crença religiosa e da revelação ao tempo da sua composição e da nossa própria experiência de Deus em Cristo.
·         Pensa-se muitas vezes que certas passagens se referem à vida depois da morte (por exemplo, Sl 16.10; Sl 17.15; Sl 49.16; Sl 73.24,26; Sl 118.17), e tanto quanto conhecermos o poder da ressurreição de Cristo podemos ler tais declarações à luz daquela verdade.
·        O salmista não conhecia tal certeza, embora compartilhasse com o profeta um discernimento parcial de coisas maiores do que podia expressar em palavras.
·        Certamente que estas passagens não se encontravam vazias de esperança quando primeiramente foram enunciadas, mas a qualidade dessa “certeza” é que era variável.
·        Constituía principalmente uma inferência da experiência pessoal do autor com Deus e a sua percepção de um propósito divino correndo através da História.
·        Ele tinha fé suficiente para vislumbrar a promessa, embora esta estivesse muito longínqua.
·         As suas palavras podem incluir, muitas vezes, a esperança de ser livrado de uma morte física imediata, mas não podemos limitar a isso o seu significado.

            3- Lamento e louvor
             Orações pedindo livramento; consolo em tempos de angústia e desespero.
·                              Referências: Sl 3-5; 12-13; 22; 25-28; 35; 37-40; 42-44; 54-57; 59-61; 63-64; 69-71; 74;      79-80; 83; 85-86; 88; 90; 109; 120; 123; 140-142. 
·        Salmos De Ações De Graças
·        Salmos de louvor para serem cantado nos dias santos.
·        Referências: Sl 113-118.
                 
          Pr. Carlos Borges (CABB) 




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