Sl. 119.97-105
Introdução: O livro de Salmos
é uma coletânea de cânticos presente na Bíblia hebraica e no Antigo Testamento
da Bíblia cristã. O estudo bíblico de Salmos revela a variedade de características,
temas, gêneros e autores que há no livro. Dessa forma, seus cânticos fornecem
um modelo de adoração adequado à diversas situações. O título Salmos significa “cânticos”. Esse título vem da Septuaginta, a antiga tradução grega da Bíblia hebraica
(Antigo Testamento).
I A FORMAÇÃO DO LIVRO
1-Os Escritos
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Salmos é um livro composto por 150 Capítulos e
consiste em inúmeros poemas.
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O fato
curioso é que salmos é uma diversificação de estilos, fala de exemplos de
adoração, de vitória e bênçãos, medo e perseguição.
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Se passa inúmeras reações do homem com o seu
criador.
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Uma pergunta bastante peculiar, quem criou salmos?
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Salmos não foram escrito por uma pessoa só, a
metade de sua criação foi feita por Davi.
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Mas também houve homens como “Asafe, filhos de
corá, Salomão, Hemã, Etã e Moisés”.
Na verdade esses homens também deram sua contribuição na criação de
salmos, sem contar que alguns dos salmos são de autoria anônima.
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Resumo de Salmos: O livro de Salmo é uma
enciclopédia de orações, hinos que fazem transformar o pensamento do homem
sobre Deus em louvor e adoração.
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Salmos estão totalmente interligados com os
louvores, pois em seu significado grego contém “uma música cantada com
acompanhamento de um instrumento musical”.
2- A consolidação do Saltério
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Um saltério é uma Harpa de 10 cordas.
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Um saltério é também o nome que se dá a um
livro contendo o Livro dos Salmos
(150 Salmos), muitas vezes utilizado nas devoções
judaica e cristã.
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Foi criado
para ser utilizado nos Mosteiros e Conventos para o Ofício Divino,
na recitação das Horas Canônicas,
desde as épocas em que o monarquismo foi
estabelecido pelo Patriarca São Bento de Núrsia.
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Também
chamado de Livro de Horas,
durante a Idade Média, o
saltério era um livro amplamente difundido e era utilizado para aprender a ler.
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Propriedade de leigos e ricos, os Livros de
Horas eram ricamente iluminados, exemplos
espetaculares de cultura e arte medieval.
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A Visão sem consolidação é como um bebê sem
alimento, que vai se desnutrindo até chegar ao óbito.
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Por que
muitos não têm alcançado sucesso na Visão?
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Porque não atentaram para essa chave maravilhosa
chamada Consolidação.
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O Salmo ao longo da História de Israel foi se
consolidando, até se tornar um Livro de grande utilidade, pública, devocional e
espiritual.
3- Fator “Babilônia”
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O exílio do povo de Deus na Babilônia, não de
tudo prejudicial ao povo de Deus.
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A razão final por que o povo de Judá foi levado
cativo para a Babilônia é descrita, com muita clareza, em 2Reis 23.36–37;
24.
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Depois de séculos de rebeldia e de rejeição da
aliança, os três últimos reis de Judá, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, colocaram
a cereja final da maldade no indigesto bolo da apostasia do povo de Deus.
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A somatória dos anos de reinado desses três
monarcas foi à gota d’água para o reino de Judá: “Coisa espantosa e horrenda se
anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes
dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que
fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?” (Jr 5.30-31).
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Jeremias denuncia o seu povo afirmando que “… a
palavra do SENHOR é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela” (Jr
6.10).
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Por essa razão, o caminho de destruição e
miséria espiritual estava aberto.
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Judá descia cada vez mais a ladeira da perversão
e, esquecendo-se do Senhor, buscava outros deuses e se afastava do
verdadeiro Deus.
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As
descrições dos últimos reis de Judá nos dão ideia de como eles ampliaram o
caminho para a idolatria e a perversão.
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E, de
acordo com Paulo, quando os homens negam o verdadeiro Deus, a derrocada deles é
algo esperado e progressivo (Rm 1.18-32).
II TÍTULOS AUTORES E DATAS
1-Títulos
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Sabe-se que os títulos atribuídos a cerca
de cem Salmos são de data anterior à Septuaginta e merecem ser tratados
com respeito por causa da antiguidade da sua origem.
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O
hebraico pode significar “de”, “para”, “pertencendo a”, isto é, “aparentado
com”.
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Estes títulos são de cinco tipos: os que apontam
para uma origem (por exemplo, 18; 51-60; 90); os que dão ênfase a um propósito
especial (por exemplo, 38; 60; 92; 100; 102); títulos que indicam melodias
especiais para o hino (por exemplo, 9; 22; 45; 56; 57; 60; 80); títulos que se
referem ao tipo de acompanhamento musical (por exemplo, 4-6; 8; 45; 53; ver o Salmo 150 em relação aos instrumentos
musicais).
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Há,
finalmente, títulos descritivos do tipo do Salmo, por exemplo, Maschil -
um Salmo instrutivo ou de sabedoria; Michtam - para expiação (?).
·
O significado de alguns termos, por exemplo, Shiggaion,
é obscuro.
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A palavra
“Selah” que aparece em muitos Salmos (a maior parte davídicos) indicava
provavelmente uma mudança na melodia de acompanhamento, ou um intervalo
musical; ou, se for tomada como assinalando uma pequena versão do Salmo, pode
ser, em si mesma, uma exclamação abreviada de louvor (correspondendo ao uso
moderno de “glória”).
2- Autores e datas
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O livro
de Salmos foi escrito por vários autores diferentes, entre eles alguns
personagens bíblicos bem conhecidos como Moisés, Davi e Asafe.
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Também há vários salmos que foram compostos por
autores desconhecidos.
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Para entender um pouco melhor sobre quem
escreveu o livro de Salmos, é preciso considerar alguns pontos importantes
sobre as características do próprio livro.
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O livro
de Salmos é uma coletânea de vários textos poéticos, escritos ao longo de
vários séculos. Os salmos mais antigos são datados da época de
Moisés, e os mais recentes foram escritos no período posterior ao cativeiro dos judeus na Babilônia.
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Durante esse espaço de tempo de aproximadamente
1.000 anos, os salmos foram sendo escritos e adicionados à coletânea,
especialmente durante os tempos da monarquia em Israel, onde a maioria dos
textos poéticos foi escrito.
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Originalmente o livro de Salmos é subdividido em
cinco livros: Livro 1 (Sl 1-41); Livro 2 (Sl 42-72); Livro 3 (Sl 73-89); Livro
4 (Sl 90-106) e Livro 5 (Sl 107-150).
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A palavra “Salmos” significa “cânticos”, e vem
do grego Psalmoi, nome
utilizado pela tradução do Antigo Testamento em
grego, a Septuaginta. Esse também é o mesmo nome utilizado no Novo
Testamento (cf. Lc 20:42; 24:44; At 1:20). O título em hebraico é Tehilim, que significa “cânticos de
louvor” ou “louvores”.
3-A expressão “Sela”
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Selá é
uma palavra que aparece muitas vezes na Bíblia, sobretudo no livro dos Salmos,
e seu significado desperta a curiosidade de muita gente.
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O que se
sabe é que possivelmente a palavra “Selá” seja uma anotação musical, embora sua
exata definição seja desconhecida.
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A palavra que aparece no livro de Salmos é a
hebraica sela e seu significado é incerto.
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No entanto, em outras passagens bíblicas ocorre
o hebraico sela’ ou hasela’, que significa “rocha” ou
“penhasco”, e que não deve ser confundido com a palavra semelhante encontrada
nos Salmos.
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Essa última palavra é o nome de uma fortaleza
Edomita mencionada em 2 Reis 14:7, a qual foi capturada pelo rei de Judá Amazias, e trocou-lhe o nome
para Jocteel.
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O profeta Isaías falou sobre esse lugar (Is
16:1), e o profeta Obadias fez
referência aos edomitas que habitam “nas
fendas das rochas” (Ob 3).
III ORGANIZAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO
E INTERPRETAÇÃO.
1- Organização
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Embora os eruditos que são especialistas em
poesia hebraica classificam os salmos em diferentes tipos, não há uma lista
oficial específica que indicam quais são esses tipos.
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Isso
significa que pode haver alguma diferença entre uma lista e outra na
classificação dos salmos.
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Alguns estudiosos apresentam uma lista mais
extensa e detalhada, enquanto outros preferem adotar uma lista mais simples e
com um menor número de categorias.
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Também é
possível que um único salmo possa ser contado em mais de uma categoria.
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Por exemplo: um salmo de romagem também pode ser
um salmo de ação de graças (cf. Salmo 129).
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As categorias mais comuns em que os salmos são
classificados geralmente são: 1. Salmos
de louvor e adoração; 2. Salmos de
lamento; 3. Salmos de ação de graças;
4. Salmos de romagem; 5. Salmos reais; 6.
Salmos sapienciais; 7. Salmos imprecatórios.
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Como foi dito, alguns intérpretes ainda
classificam os salmos em outras categorias mais específicas, como: salmos de
penitência – tratam principalmente do problema do pecado; salmos de confiança –
falam enfaticamente da confiança do salmista em Deus; etc.
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Mas seja como for, o importante é saber que
todos os tipos de salmos foram inspirados pelo Espírito Santo e são importantes
para os crentes em sua caminhada de fé.
2-Interpretaação.
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A interpretação do livro de Salmos
depende do nosso conhecimento da condição da crença religiosa e da revelação ao
tempo da sua composição e da nossa própria experiência de Deus em Cristo.
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Pensa-se
muitas vezes que certas passagens se referem à vida depois da morte (por
exemplo, Sl 16.10; Sl 17.15; Sl 49.16; Sl 73.24,26; Sl 118.17), e tanto quanto
conhecermos o poder da ressurreição de Cristo podemos ler tais declarações à
luz daquela verdade.
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O salmista não conhecia tal certeza, embora
compartilhasse com o profeta um discernimento parcial de coisas maiores do que
podia expressar em palavras.
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Certamente que estas passagens não se
encontravam vazias de esperança quando primeiramente foram enunciadas, mas a
qualidade dessa “certeza” é que era variável.
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Constituía principalmente uma inferência da
experiência pessoal do autor com Deus e a sua percepção de um propósito divino
correndo através da História.
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Ele tinha fé suficiente para vislumbrar a
promessa, embora esta estivesse muito longínqua.
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As suas
palavras podem incluir, muitas vezes, a esperança de ser livrado de uma morte
física imediata, mas não podemos limitar a isso o seu significado.
3- Lamento e louvor
Orações pedindo livramento;
consolo em tempos de angústia e desespero.
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Referências: Sl 3-5; 12-13; 22; 25-28; 35; 37-40; 42-44;
54-57; 59-61; 63-64; 69-71; 74; 79-80; 83; 85-86; 88; 90; 109; 120; 123;
140-142.
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Salmos De
Ações De Graças
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Salmos de
louvor para serem cantado nos dias santos.
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Referências: Sl 113-118.
Pr. Carlos Borges (CABB)
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