terça-feira, 22 de outubro de 2019

O SALMO DA FELICIDADE



Sl 1.1-6
Introdução: Você sabe a diferença entre os ímpios e os justos? Os justos são aqueles que pregam a justiça divina. Já os ímpios são aquelas pessoas desnaturadas, insensíveis, indiferentes, que praticam barbaridades contra os outros. Alguns podem dizer: mas não somos nós todos iguais perante a Deus? Todo ser humano foi feito por Deus e criado para segui-lo. Mas existe diferença entre aquele que vive de acordo com a vontade e a palavra de Deus e aquele que contraria a desafia os desejos do criador. O próprio Deus nos diz isso através do Salmo 1.


I ASPECTOS GERAIS
1- Autor, titulo e data
·        Podemos considerar este salmo como o prefácio (texto de apresentação no começo de um livro) dos salmos, porque faz uma apresentação do conteúdo do livro todo.
·        O salmista deseja nos ensinar o caminho para a bem aventurança e nos avisar da destruição certa dos pecadores.
·        Este é o assunto do Salmo 1, que, sob certos aspecto, podemos vê-lo como o texto sobre o qual todos as salmos fazem um sermão divino.
·        Thomas Watson (1620-1686) viveu 66 anos chamou o salmo 1 de “O Salmo dos Salmos”.
·        Jeronimo (342-420) viveu 78 anos, o classificou como “Prefácio do Espírito Santo”.

2- Classificação
·        Este Salmo consiste em duas partes.
·        Na primeira parte, do versículo 1 a 3, Davi delimita em que consiste a felicidade e bem aventurança dos justos, quais são os seus procedimentos e quais são as benção que ele receberá do Senhor.
·        Na segunda parte, do versículo 4 ao versículo 6, ele constrata o estado e o caráter dos ímpios, revela o futuro e, em linguagem impressionante, descreve o seu destino final.
·        Você sabe a diferença entre os ímpios e os justos?
·         Os justos são aqueles que pregam a justiça divina. Já os ímpios são aquelas pessoas desnaturadas, insensíveis, indiferentes, que praticam barbaridades contra os outros.
·        Alguns podem dizer: mas não somos nós todos iguais diante de Deus?
·         Todo ser humano foi feito por Deus e criado para segui-lo.
·         Mas existe diferença entre aquele que vive de acordo com a vontade e a palavra de Deus e aquele que contraria a desafia os desejos do criador.
·        O próprio Deus nos diz isso através do Salmo 1.

2- Poesia e musicalidade
·        A poesia é a mais sublime forma de escrita e vai além de descrever ou comunicar algo.
·        Ela quer nos impactar, no emocionar e nos envolver em uma experiência inesquecível, conquistando um espaço permanente nos nossos corações.
·         Ela aviva nossos sentimentos e aguça nossas mentes, pelas associações e facilidade de rememoração que gera.
·        O livro dos Salmos é a mais sublime composição poética da Bíblia.
·        E vai além d tudo o que se pode dizer sobre poesia, pois por essa escrita expressa o anseio sincero de se buscar a Deus.
·        Estar em comunhão com ele e depender dele para tudo.
·         Mesmo levando-se em conta que os salmos são expressões humanas dirigidas a Deus, tais palavras se tornam a revelação divina, falando das carências e anseios humanos e de como devemos nos apresentar a ele.
·        O livro de Salmos fala de mim, para mim e, sobretudo, por mim.
·        Assim, é um guia para minha vida espiritual se, de fato, temo a Deus e busco permanentemente a sua presença.
·         É um espelho onde posso ver minha aparência espiritual; é um medidor para aferir o meu relacionamento com Deus.

II FELICIDADE NA TERRA
1- Bem Aventurado e ser feliz (Sl. 1.1).
·        Quem não segue o conselho dos ímpios são aqueles que não se deixam moldar pelos padrões mundanos e pecadores, não se deixar influenciar por conselhos que vão contra a vontade de Deus.
·        Todos os seres humanos são pecadores, somos imperfeitos e estamos sujeitos ao erro.
·        Mas podemos errar ao tentar acertar e não seguir o caminho do pecado tendo esta consciência.
·         Isso é fugir do caminho dos pecadores, saber que ele é errado e se afastar dele.
·        Quem escarnece de Deus, das coisas sagradas ou mesmo de outras pessoas, desrespeitam o Pai.
·        Por isso, afaste-se destas pessoas que só pregam o mal e falam mal dos outros, especialmente quem fala coisas vão contra a vontade de Deus.
·        Quando uma pessoa não tem prazer ao ouvir e seguir os ensinamentos de Deus considera-se que ela perdeu a sua fé, ou teve uma morte espiritual.
·        Precisamos meditar sobre as palavras de Deus para encontrar consolo e prazer através dela.
·         Temos de nos alimentar diariamente da sabedoria divina para manter viva a nossa fé e nosso espírito, da mesma maneira que precisamos nos alimentar para manter nosso corpo físico vivo.

2- Prazer em Deus (Sl. 1.2).
·        O motivo para isso é que ele tem prazer na Lei do Senhor, e medida nela dia e noite.
·        A expressão “Lei de Deus” não se refere apenas a um mandamento específico, mas também à Escritura inteira.
·        A palavra traduzida pelo verbo “meditar”, no hebraico significa “dizer em voz baixa”.
·         O que o salmista está dizendo é que o homem justo está constantemente meditando nas Escrituras, isto é, pensando e recitando para si mesmo a Palavra de Deus.
·         W. Wiersbe diz que se falarmos com o Senhor sobre a Palavra, a Palavra falará conosco sobre o Senhor.
·        Por fim, o salmista compara o homem justo com uma árvore plantada junto a corrente de águas (Salmo 1:3).
·        Essa é uma figura muito apropriada e frequente nas Escrituras para falar sobre as bênçãos de Deus sobre seu povo.


3-Árvore Frutífera (SL. 1.3).
·        Uma árvore plantada onde há abundância de águas está sempre viçosa, florescendo e produzindo seus frutos adequadamente.
·        Porque está plantado assim o justo dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham.
·        Tudo o que faz prospera em qualquer área, em qualquer lugar em qualquer tempo.
·        Ele é teimosamente abençoado por Deus, a olhos vistos.
·        Esse não é o caso dos ímpios.
·        Ao contrário do justo, ele é simplesmente palha e palha o vento leva longe e para sempre.
·        O justo é contemplado com a "Bênção do Senhor, que o enriquece e Ele não acrescenta dores" (Provérbios 10:22).
·        A palavra que fortalece essa temática é Frutos.
·         Logicamente, frutos prazerosos e lucrativos.
·        Essa árvore não é qualquer uma! Existem muitas "árvores" (crentes), mas há uma grande diferença entre árvores, basta observar suas qualidades, bem como sua capacidade de frutificar.
·        Tudo o que se espera de uma árvore é que ela frutifique.
·        Jesus deixou-nos o belo exemplo da figueira estéril; isto é, aquela árvore que prometia muito, mas nada produzia e a amaldiçoou, sugerindo assim, que a árvore deveria frutificar (Mateus 21:18, 22).

III FELICIDADE NO CÉU
1- Ímpios são como palha (Sl. 1.4) ·.
·        “Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.” (Salmos 1.4).
·        Existe um enorme contraste entre o pecador e o justo.
·         Como já vimos, aqueles que estão no Mestre, são como árvores, em contrapartida, os ímpios são apenas moinha (palha) que o próprio vento espalha.
·        Podemos contextualizar um pouco mais essas palavras.
·         Naquela época no local de debulha, aonde geralmente era no topo de um monte, se era jogado o trigo e a palha juntos para cima.
·        O vento levava somente a palha, pois o trigo era pesado.
·        Esses são os caminhos pecaminosos, são levados pelos ventos.
·        Uma hora está de um jeito, e algum tempo depois, já está de outro.
·        Não tem consistência naquilo que faz, ou que vive, fica pulando de galho em galho sem ter um verdadeiro rumo na vida.

2- Ímpios não prevalecerão (Sl. 1.5).
·        “Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá.” (Salmos 1.5-6).
·        As pessoas ímpias são semelhantes à palha, sem raízes ou frutos, incapazes de subsistir no juízo (5).
·         Os ímpios não conseguirão sobreviver ao julgamento do último dia nem ao julgamento contínuo do peneirar providencial de Deus do caráter humano.
·        Nem resistirão os pecadores na congregação dos justos.
·         Esses pecadores são persistentes e habituais, como no versículo 1.
·        A congregação dos justos é o ideal bíblico para a verdadeira comunidade de fé.
·        Esse versículo é escatológico e nos ensina que os ímpios estarão presentes no juízo de Deus e serão condenados.
·        É o mesmo princípio anunciado por João Batista ao dizer: “Eu os batizo com água”.
·        Mas virá alguém mais poderoso do que eu.
·        Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.
·         “Ele traz a pá em sua mão a fim de limpar sua eira e juntar o trigo em seu celeiro; mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga” (Lc 3:16, 17).


3- Deus conhece o justo (Sl. 1.6).
·        A primeira parte do versículo 6, Porque o Senhor conhece o caminho dos justos, resume os versículos 1-3. A segunda parte resume os versículos 4-5.
·        O Senhor conhece não no sentido abstrato de estar ciente ou informado, mas no sentido concreto e pessoal de cuidar, aprovar, guiar e estar atento.
·        E possível, em alguns contextos, traduzir yada, “conhecer”, por “cuidar” ou “se importar”.
·        De modo inverso, o caminho dos ímpios perecerá, terminará em ruína, “caminhos da morte” (Provérbios 14.12).
·        As primeiras e últimas palavras do salmo resumem o contraste que é traçado entre os justos e os ímpios.
·        Os dois caminhos da vida determinam o destino dos que os seguem.
·         O Senhor cuida da vida dos íntegros, e a herança deles permanecerá para sempre.
·         O apóstolo Paulo sabia disto ao escrever que “Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5:9).

Pr. Carlos Borges (CABB)

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