Sl 1.1-6
Introdução: Você sabe a diferença entre os ímpios e os justos? Os
justos são aqueles que pregam a justiça divina. Já os ímpios são aquelas
pessoas desnaturadas, insensíveis, indiferentes, que praticam barbaridades
contra os outros. Alguns podem dizer: mas não somos nós todos iguais perante a
Deus? Todo ser humano foi feito por Deus e criado para segui-lo. Mas existe
diferença entre aquele que vive de acordo com a vontade e a palavra de Deus e
aquele que contraria a desafia os desejos do criador. O próprio Deus nos diz
isso através do Salmo 1.
I ASPECTOS GERAIS
1- Autor, titulo e data
·
Podemos considerar este salmo como o prefácio (texto
de apresentação no começo de um livro) dos salmos, porque faz uma apresentação
do conteúdo do livro todo.
·
O salmista deseja nos ensinar o caminho para a
bem aventurança e nos avisar da destruição certa dos pecadores.
·
Este é o assunto do Salmo 1, que, sob certos
aspecto, podemos vê-lo como o texto sobre o qual todos as salmos fazem um
sermão divino.
·
Thomas Watson (1620-1686) viveu 66 anos chamou o
salmo 1 de “O Salmo dos Salmos”.
·
Jeronimo (342-420) viveu 78 anos, o classificou
como “Prefácio do Espírito Santo”.
2- Classificação
·
Este Salmo consiste em duas partes.
·
Na primeira parte, do versículo 1 a 3, Davi
delimita em que consiste a felicidade e bem aventurança dos justos, quais são
os seus procedimentos e quais são as benção que ele receberá do Senhor.
·
Na segunda parte, do versículo 4 ao versículo 6,
ele constrata o estado e o caráter dos ímpios, revela o futuro e, em linguagem
impressionante, descreve o seu destino final.
·
Você sabe a diferença entre os ímpios e os
justos?
·
Os justos
são aqueles que pregam a justiça divina. Já os ímpios são aquelas pessoas
desnaturadas, insensíveis, indiferentes, que praticam barbaridades contra os
outros.
·
Alguns podem dizer: mas não somos nós todos
iguais diante de Deus?
·
Todo ser
humano foi feito por Deus e criado para segui-lo.
·
Mas
existe diferença entre aquele que vive de acordo com a vontade e a palavra de
Deus e aquele que contraria a desafia os desejos do criador.
·
O próprio Deus nos diz isso através do Salmo 1.
2- Poesia e musicalidade
·
A poesia é a mais sublime forma de escrita e vai
além de descrever ou comunicar algo.
·
Ela quer nos impactar, no emocionar e nos
envolver em uma experiência inesquecível, conquistando um espaço permanente nos
nossos corações.
·
Ela aviva
nossos sentimentos e aguça nossas mentes, pelas associações e facilidade de
rememoração que gera.
·
O livro dos Salmos é a mais sublime composição
poética da Bíblia.
·
E vai além d tudo o que se pode dizer sobre
poesia, pois por essa escrita expressa o anseio sincero de se buscar a Deus.
·
Estar em comunhão com ele e depender dele para
tudo.
·
Mesmo levando-se
em conta que os salmos são expressões humanas dirigidas a Deus, tais palavras
se tornam a revelação divina, falando das carências e anseios humanos e de como
devemos nos apresentar a ele.
·
O livro de Salmos fala de mim, para mim e,
sobretudo, por mim.
·
Assim, é um guia para minha vida espiritual se,
de fato, temo a Deus e busco permanentemente a sua presença.
·
É um
espelho onde posso ver minha aparência espiritual; é um medidor para aferir o
meu relacionamento com Deus.
II FELICIDADE NA TERRA
1- Bem Aventurado e ser feliz (Sl. 1.1).
·
Quem não segue o conselho dos ímpios são aqueles
que não se deixam moldar pelos padrões mundanos e pecadores, não se deixar
influenciar por conselhos que vão contra a vontade de Deus.
·
Todos os seres humanos são pecadores, somos
imperfeitos e estamos sujeitos ao erro.
·
Mas podemos errar ao tentar acertar e não seguir
o caminho do pecado
tendo esta consciência.
·
Isso é
fugir do caminho dos pecadores, saber que ele é errado e se afastar dele.
·
Quem escarnece de Deus, das coisas sagradas ou
mesmo de outras pessoas, desrespeitam o Pai.
·
Por isso, afaste-se destas pessoas que só pregam
o mal e falam mal dos outros, especialmente quem fala coisas vão contra a
vontade de Deus.
·
Quando uma pessoa não tem prazer ao ouvir e
seguir os ensinamentos de Deus considera-se que ela perdeu a sua fé, ou teve
uma morte espiritual.
·
Precisamos meditar sobre as palavras de Deus
para encontrar consolo e prazer através dela.
·
Temos de
nos alimentar diariamente da sabedoria divina para manter viva a nossa fé e
nosso espírito, da mesma maneira que precisamos nos alimentar para manter nosso
corpo físico vivo.
2- Prazer em Deus (Sl. 1.2).
·
O motivo para isso é que ele tem prazer na Lei
do Senhor, e medida nela dia e noite.
·
A expressão “Lei de Deus” não se refere apenas a
um mandamento específico, mas também à Escritura inteira.
·
A palavra traduzida pelo verbo “meditar”, no
hebraico significa “dizer em voz baixa”.
·
O que o
salmista está dizendo é que o homem justo está constantemente meditando nas
Escrituras, isto é, pensando e recitando para si mesmo a Palavra de Deus.
·
W.
Wiersbe diz que se falarmos com o Senhor sobre a Palavra, a Palavra falará
conosco sobre o Senhor.
·
Por fim, o salmista compara o homem justo com
uma árvore plantada junto a corrente de águas (Salmo 1:3).
·
Essa é uma figura muito apropriada e frequente
nas Escrituras para falar sobre as bênçãos de Deus sobre seu povo.
3-Árvore Frutífera (SL. 1.3).
·
Uma árvore plantada onde há abundância de águas
está sempre viçosa, florescendo e produzindo seus frutos adequadamente.
·
Porque está plantado assim o justo dá fruto no
tempo certo e suas folhas não murcham.
·
Tudo o que faz prospera em qualquer área, em
qualquer lugar em qualquer tempo.
·
Ele é teimosamente abençoado por Deus, a olhos
vistos.
·
Esse não é o caso dos ímpios.
·
Ao contrário do justo, ele é simplesmente palha
e palha o vento leva longe e para sempre.
·
O justo é contemplado com a "Bênção do
Senhor, que o enriquece e Ele não acrescenta dores" (Provérbios 10:22).
·
A palavra que fortalece essa temática é Frutos.
·
Logicamente, frutos prazerosos e lucrativos.
·
Essa árvore não é qualquer uma! Existem muitas
"árvores" (crentes), mas há uma grande diferença entre árvores, basta
observar suas qualidades, bem como sua capacidade de frutificar.
·
Tudo o que se espera de uma árvore é que ela
frutifique.
·
Jesus deixou-nos o belo exemplo da figueira
estéril; isto é, aquela árvore que prometia muito, mas nada produzia e a
amaldiçoou, sugerindo assim, que a árvore deveria frutificar (Mateus 21:18, 22).
III FELICIDADE NO CÉU
1- Ímpios são como palha (Sl. 1.4) ·.
·
“Não são
assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.” (Salmos 1.4).
·
Existe um enorme contraste entre o pecador e o
justo.
·
Como já
vimos, aqueles que estão no Mestre, são como árvores, em contrapartida, os
ímpios são apenas moinha (palha) que o próprio vento espalha.
·
Podemos contextualizar um pouco mais essas
palavras.
·
Naquela
época no local de debulha, aonde geralmente era no topo de um monte, se era
jogado o trigo e a palha juntos para cima.
·
O vento levava somente a palha, pois o trigo era
pesado.
·
Esses são os caminhos pecaminosos, são levados
pelos ventos.
·
Uma hora está de um jeito, e algum tempo depois,
já está de outro.
·
Não tem consistência naquilo que faz, ou que
vive, fica pulando de galho em galho sem ter um verdadeiro rumo na vida.
2- Ímpios não prevalecerão (Sl. 1.5).
·
“Pelo
que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.
Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios
perecerá.” (Salmos
1.5-6).
·
As pessoas ímpias são semelhantes à palha, sem
raízes ou frutos, incapazes de subsistir no juízo (5).
·
Os ímpios
não conseguirão sobreviver ao julgamento do último dia nem ao julgamento
contínuo do peneirar providencial de Deus do caráter humano.
·
Nem resistirão os pecadores na congregação dos
justos.
·
Esses
pecadores são persistentes e habituais, como no versículo 1.
·
A congregação dos justos é o ideal bíblico para
a verdadeira comunidade de fé.
·
Esse versículo é escatológico e nos ensina que
os ímpios estarão presentes no juízo de Deus e serão condenados.
·
É o mesmo princípio anunciado por João Batista ao dizer: “Eu os batizo com água”.
·
Mas virá
alguém mais poderoso do que eu.
·
Ele os batizará com
o Espírito Santo e com
fogo.
·
“Ele traz a pá em sua mão a fim de limpar sua
eira e juntar o trigo em seu celeiro; mas queimará a palha com fogo que nunca
se apaga” (Lc 3:16, 17).
3- Deus conhece o justo (Sl. 1.6).
·
A primeira parte do versículo 6, Porque o Senhor
conhece o caminho dos justos, resume os versículos 1-3. A segunda parte resume
os versículos 4-5.
·
O Senhor conhece não no sentido abstrato de
estar ciente ou informado, mas no sentido concreto e pessoal de cuidar,
aprovar, guiar e estar atento.
·
E possível, em alguns contextos, traduzir yada,
“conhecer”, por “cuidar” ou “se importar”.
·
De modo inverso, o caminho dos ímpios perecerá,
terminará em ruína, “caminhos da morte” (Provérbios 14.12).
·
As primeiras e últimas palavras do salmo resumem
o contraste que é traçado entre os justos e os ímpios.
·
Os dois caminhos da vida determinam o destino
dos que os seguem.
·
O Senhor
cuida da vida dos íntegros, e a herança deles permanecerá para sempre.
·
O apóstolo Paulo sabia disto ao escrever que “Deus não nos destinou para a ira, mas para
recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5:9).
Pr. Carlos Borges (CABB)
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