sábado, 5 de julho de 2014

ENSINA-NOS A ORAR



ENSINA-NOS A ORAR
Lc. 11.1-4
Introdução: A oração efetiva é a chave para o sucesso em cada área da vida; é o segredo da vitória no trabalho de Deus e na vida pessoal. A oração verdadeira é a mais poderosa arma contra os poderes das trevas; é também a chave que abre os tesouros do céu para o homem. Fica, pois, claro que cada esforço no reino de Deus só terá sucesso se for gerado e sustentado pela oração. Todo sucesso na vida cristã é proporcional ao tempo de oração. 10% de oração, 10% de sucesso; 50% de oração, 50% de sucesso; 100% de oração, 100% de sucesso.
I JESUS ORAVA
1-Jesus praticava e ensinava
·         O que distinguia os ensinos de Jesus com os ensinos dos escribas e fariseus era a autoridade com que Ele ensinava. Os evangelistas afirmam que todos se maravilhavam de Sua doutrina (Mt 7.28,29; Mc 1.21,22).
·         A autoridade da mensagem de Cristo era decorrente do fato de Ele exemplificar em sua própria vida.
·         Ele viveu o que ensinou e ensinou o que viveu! Quando Ele ensinou a orar (Mt 6.9-13; Lc 11.2-4), é porque vivia uma vida de oração e comunhão com o Pai (Mt 14.23; 26.36); Quando ensinou sobre o perdão (Mt 6.14,15; Mc 11.25), é porque vivenciava no dia-a-dia a prática do perdão (Mc 2.1-11; Lc 23.34).
·         Por esta razão, Lucas, ao relatar a Teófilo o ministério do Mestre, coloca em primeiro lugar a ação e depois o ensino, quando diz: “Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo o que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar” (At 1.1).
(a) Oração Secreta (Lc 5.16)
·         “Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava.” (Mc 1.35).
·         Há muitos textos bíblicos que nos revelam Jesus tendo momentos de orações íntimas Deus. De forma simples, mesmo sendo Deus, Jesus nos ensina que precisamos investir tempo em orações a sós com o Pai. É ali, quando estamos sozinhos com Ele, que podemos abrir totalmente o nosso coração.
·         É a sós com o Senhor que Falamos dos nossos medos, nossas angústias, conflitos e outros.
·         É nesse ambiente íntimo, que é gerada a oportunidade de rasgarmos o coração diante do Pai, na certeza de que Ele nos colocará no colo e enxugará nossas lágrimas.
(b)-Oração pela madrugada (Mc 1.35)
·         "Eu amo aos que me amam, e os que de madrugada me buscarem, me achará. Provérbios 8:17" (ARC).
·         É incrível como é difícil convencer pessoas a orarem de madrugada, mesmo sendo tão claro quando a Bíblia diz no versículo acima:...Os que de madrugada me buscam me acharão.
·         Temos vários exemplos de pessoas abençoadas por DEUS e quase todas elas tinham o hábito de orar de madrugada. O próprio Jesus tinha este costume, por diversas vezes ele esteve orando de madrugada com e às vezes sem os seus discípulos.
·         Más o sentido correto é fazer como Jesus fazia, se retirava para um lugar deserto para orar, afim de que seu momento de oração fosse mais íntimo com o Pai. É o dever de todo crente crescer na graça e no conhecimento. 2 Pe 3: 18.
(c)-Oração à noite inteira (Mc. 631).
·         Cristo, que nisso como em tudo é nosso Modelo, passou noites inteiras em oração.
·         Seu costume era orar muito. Ele tinha um lugar habitual para orar. Largos períodos de tempo em oração formaram sua história e seu caráter. Paulo orava dia e noite.
·         Jesus separava um tempo para estar a sós com Deus em oração, principalmente quando estava se preparando para escolher os doze apóstolos.
·         Daniel, no meio de importantes ocupações, orava três vezes ao dia. As orações de Davi de manhã, ao meio-dia e à noite eram indubitavelmente mui prolongadas em muitas ocasiões.
·         Ainda que não saibamos exatamente o tempo que estes santos da Bíblia passaram em oração, temos indicações de que dedicaram boa parte dele, e, em algumas ocasiões, era do seu costume empregar longos períodos da manhã.
(d) Oração nas emergências (Jo 11.42,43)
·         Jesus sabia o que era urgente e o que era mais importante, a terna simpatia de Jesus por estes amigos aflitos manifestou-se por meio a angústia de seu Espírito.
·         Não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se de nossas fraquezas.
·         Um bom passo para isso é elevarmos a nossa alma à vida espiritual é tirarmos a pedra, eliminarmos e superarmos os preconceitos, dando lugar para que a Palavra entre no nosso coração.
·         O Senhor Jesus nos ensina, através do seu exemplo, a chamarmos a Deus de Pai em nossas orações, e nos aproximarmo-nos dEle assim como o filho  se aproxima de seu pai, com humilde reverencia, e santa ousadia.
(e) Oração em momentos de tentação (Lc 22.42)
·         Estaria Jesus tentando abandonar sua missão? Não é errado expressar os nossos verdadeiros sentimentos a Deus, Jesus, como homem, expôs o medo das provações iminentes, mas também reafirmou seu compromisso de fazer a vontade do pai.
·         O cálice se referia a terrível agonia que Jesus enfrentaria, não era apenas o horror da crucificação, mas pior do que isso, a separação total do Pai que o Filho teria de experimentar, ao tomar sobre si na cruz os pecados da humanidade.
(f) Oração de gratidão
·         Orações frequentemente incluem palavras de gratidão. Paulo disse: "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens" (1 Timóteo 2:1). Ações de graças fazem parte da comunicação essencial do servo ao Senhor.
·          Devemos enfatizar oração em nossas vidas, orando "sem cessar" e dando graças "em tudo" (1 Tessalonicenses 5:17-18). Como pessoas radicadas e edificadas em Cristo, vamos crescer em ações de graças (Colossenses 2:7).
·         Percebemos em tais trechos que a oração não é meramente um ritual ou obrigação de falar certas palavras de rotina. É uma parte fundamental da vida do servo de Deus (Colossenses 4:2).
·         Ações de graças são um aspecto do louvor a Deus, e representam uma oferta feita a ele. No Velho Testamento, ações de graças frequentemente são citadas em relação à adoração musical (Neemias 12:46; Salmo 69:30; 100:4; etc.).
·         Sob o Novo Testamento, louvamos a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão em nossos corações (Colossenses 3:16; veja Efésios 5:19-20).
·         Na antiga aliança, ações de graças são mencionadas várias vezes quando se fala das ofertas e dos sacrifícios feitos pelo povo judeu (2 Crônicas 33:16; Salmo 107:22; Jeremias 33:11). Na aliança de Cristo, mostramos a gratidão em nossos sacrifícios e ofertas (2 Coríntios 9:11-12).
(g) Oração de intercessão (Jo 17)
·         Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede.
·          Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (tg. 5:16).
·         A Bíblia está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão.
·         Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão. O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa.
·         Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que à vontade de Deus seja feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e orar para que isso se manifeste.
2-Por que Jesus orava
·         Jesus orava antes de iniciar a obra de Deus. Ele passou toda a noite orando antes de nomear os Doze (Lucas 6:12). Todos os pormenores desgastantes para iniciar uma obra não deverão inibir a oração, mas ordená-la. Continuar avante rumo à "glória de Deus" com uma petição inadequada sugere egoísmo e demasiada confiança em si mesmo.
·         O cansaço depois da ação também encontrou Jesus em oração. Ouvindo falar da morte de João, Jesus procurou a solidão, mas foi tragado pela maré humana que o seguia. Depois de curar os seus doentes, de alimentá-los, e de mandar embora seus discípulos, ele subiu a um monte para orar (Mateus 14:13-21). Seguindo-se outros dias estafantes, ele buscou alívio num lugar deserto (Marcos 1:25; Lucas 5:12-16), para orar.
II ENSINA-NOS A ORAR
1-Aprendendo com Jesus (Lc. 18.1).
·         Perseverar em oração e não desistir não significa promover sessões intermináveis de orações repetitivas.
·         A constância na oração significa manter nossos pedidos continuamente diante de Deus, enquanto vivermos para Ele a cada dia.
·         Deus pode demorar a responder, mas essa demora sempre tem boas razões, por isso devemos viver pela fé, e não desistir.
2-Eles não sabiam orar (Lc. 11.1).
·         Observe a ordem da oração do Pai Nosso primeiro Jesus louva a Deus, então, faz o seu pedido.
·         Louvar a Deus em primeiro lugar nos leva à correta disposição e atitude para expormos ao Senhor as nossas necessidades.
·         Frequentemente as nossas orações são mais parecidas com lista de comprar em supermercado, do que um dialogo com Deus.
3-Jesus ensina a orar (Lc 11.2)
·         "De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos pediu; Senhor ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos" (Lucas 11:1).
·         Os primeiros seguidores de Jesus observaram seus hábitos de oração. Eles o viram frequentemente procurando um lugar deserto para falar com seu Pai. Numa ocasião dessas, eles pediram sua ajuda. Também desejamos comunicar- nos com Deus como seu filho estava fazendo. "Senhor, ensina-nos a orar" (Lucas 11:1).
4-Orando para saber orar (Ef. 6.18).
·         Como orar em todo tempo? Uma maneira possível é fazer orações curtas e rápidas a respeito de cada situação que ocorre durante o nosso dia a dia.
·         Outra maneira é organizar nossa vida em torno da vontade  e dos  ensinamentos  do Senhor, de modo que a nossa própria se torne uma oração.
·         Podemos  fazer da oração a nossa vida, assim como transformamos a nossa vida em uma oração, mesmo vivendo em um mundo que precisa  da poderosa influência de Deus.
III ORAÇÃO QUE JESUS ENSINOU
1-Oração com proposito
·         Os apóstolos pediram instruções sobre como orar. Jesus deu-lhes mais do que palavras, quando mostrou um exemplo consistente de fé em suas orações. Teriam eles aprendido? Dois breves episódios na parte inicial do livro de Atos mostram que eles aprenderam a importância da oração.
·         Depois que Pedro e João foram perseguidos e passaram algum tempo na prisão por causa de sua pregação, eles encontraram outros cristãos e oraram juntos com confiança, pedindo coragem para continuar sua obra (Atos 4:23-31). Sua citação da poderosa mensagem do Salmo 2 mostra que eles entenderam que o poder da oração é encontrado no poder daquele que ouve essas orações: o Deus que se assenta nos céus.
2-Vois oreis assim
·         Repetir as mesmas palavras várias vezes como se fosse um mantra não é a maneira de assegurar que Deus  ouvirá a oração.
·         Não é errado se dirigir a Deus muitas vezes com os mesmos pedidos, Jesus encorajou a persistência na oração.
3-Orando O Pai Nosso
·         Reverenciar e glorificar a Deus: "Pai, santificado seja o teu nome". Grandes orações de grandes homens e mulheres são sempre proferidas com grande respeito a Deus. Quando Moisés, Ana, Davi, Daniel, Neemias e outras importantes personagens da era do Velho Testamento oraram, começaram com declarações de genuína reverência a Deus, como criador e comandante do universo.
·         Buscar a vontade de Deus: "Venha o teu reino". A oração não é um instrumento para manipular Deus para que faça nossa vontade. Aqui, Jesus orou pelo reino de Deus, sabendo que esse reino só poderia vir com todo o seu poder através da avenida de sua própria morte. Aqui, como na oração agonizante no Getsêmani, Jesus colocou a vontade do Pai acima de seus próprios interesses: "Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 26:39). Quando vemos a oração como nada mais do que uma oportunidade de fazer pedidos a Deus, colocamos a vontade do servo indevidamente acima da vontade do Senhor. Deveremos sempre procurar fazer a vontade de Deus.
·         Reconhecer nossa dependência de Deus para as necessidades físicas: "O pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia". Esta não é uma exigência de abundância e riqueza. Jesus nem praticou, nem ensinou a noção materialista de que o discípulo pode "dizer e exigir" o que quer na oração. Diferentemente das orações de certas pessoas hoje em dia, que se aproximam de Deus como pirralhos mal criados exigindo tudo o que querem, Jesus mostrou aqui uma dependência de Deus para as necessidades básicas da existência diária. Precisamos de Deus todos os dias.
·         Reconhecer nossa dependência de Deus para as bênçãos espirituais: "Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve. E não nos deixeis cair em tentação". Encontramos algumas lições valiosas no versículo 4. Primeiro, precisamos do perdão. As palavras de João 8:7 e Romanos 3:23 nos recordam nossa culpa. Pecamos. Necessitamos do perdão. Só Deus tem o direito e o poder para perdoar (Marcos 2:7). Segundo, precisamos perdoar. Nossa comunhão com Deus é condicionada a várias coisas, incluindo-se como tratamos as outras pessoas. Quem se recusa a perdoar outro ser humano simplesmente não será perdoado por Deus (Mateus 6:14-15; 18:15-35). Terceiro, precisamos do auxílio de Deus para que não pequemos. Deus não é apenas um guarda-livros registrando os pecados cometidos e apagando-os depois. Ele tem poder para nos auxiliar a derrotar o inimigo. Paulo garantiu que há um jeito de escapar de cada tentação (1 Coríntios 10:13). Jesus "é poderoso para socorrer os que são tentados" (Hebreus 2:18). Ele nos deixou um exemplo perfeito de obediência para encorajar nossa fidelidade (1 Pedro 2:21-24). Na hora de sua mais difícil tentação, Jesus voltou-se para seu Pai em oração fervorosa. Depois daquelas orações ele saiu do Getsêmani preparado para suportar o poder das trevas, e sofreu o ridículo e a morte para cumprir a vontade de seu Pai. Jesus encontrou o auxílio necessário quando apelou para seu Pai, em oração.
Pr. Carlos Borges (CABB)

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