quinta-feira, 31 de março de 2016

OS FALSOS PROFETAS- PARTE 1

I Jo. 4.1-6  Lição 10 3º Trimestre 2009

Introdução: O que faz o povo dar ouvidos aos falsos profetas? Estes dizem o que o povo quer ouvir. Os falsos mestres ganham  fama e dinheiro, dizendo  às pessoas aquilo  que elas querem  ouvir, porém  afastam-nas  de Deus. Se encorajarmos  os falsos  mestres, seremos tão culpados quanto eles.

I CONCEITO

1 – Profeta ( Jr.1.5-9) – Jeremias foi constituído por Deus como profeta às nações.
O Senhor tem um propósito para cada  cristão, mas  algumas pessoas são designada  por Ele para trabalho específicos. Sansão (Jz. 13.3-5), Davi ( I Sm. 16.12), João Batista (Lc.1.13-17) e Paulo (Gl. 1.15,16) foram chamados para realizar obras especificas para Deus. Qualquer que seja o seu trabalho, faça para glória de Deus (Fp.1.11). Se Deus lhe der uma tarefa específica, aceite-a alegremente e cumpra-a com zelo. Se ele não o fez, procure cumprir a missão comum  a todos os crentes: amar, obedecer e servir a Deus, até que a direção divina se torne mais clara. Há uma diferença entre profeta e sacerdote:
a)      O profeta, ouve Deus e fala ao povo( ele é o intermediário entre Deus e o povo- é um arauto)
b)     O sacerdote, ouve o povo e fala com Deus ( Ele é o intermediário entre o povo é Deus- é um atalaia)
A Palavra de Deus nos orienta que devemos  nos acautelar dos falsos profetas (Mt.7.15).
Houve muitos falsos profetas no A.T. Eles profetizavam somente  o que o rei  e o povo  desejavam ouvir, reivindicando ser  a mensagem de Deus. Hoje, também  há falsos profetas. Jesus disse que é necessário  nos precavermos contra aqueles cujas  palavras soam como religiosas, mas que, na realidade, são motivadas por dinheiro, fama e/ou poder. Podemos facilmente identificá-los, porque, em seus ensinamentos, minimizam  a Cristo e glorificam a si mesmo.

2-Profecia (I Co. 14.3) – O dom de profecia na igreja  é originada  pelo Espírito Santo, não primeiramente para predizer o futuro, mas para  fortalecer a fé dos crentes, suas vidas  espirituais e suas resoluções  sinceras  de permanecerem fieis a Cristo e aos  seus ensinamentos. Profetizar  não é, porém, pregar um sermão preparado, mas  transmitir palavras espontâneas  sob impulso do Espírito Santo, para edificação do individuo ou  da congregação.

a)     Aspectos da atividade profética (Jr.7.25)- Do começo ao fim do A.T.(Moisés  à Malaquías),  vemos que Deus enviou  muitos profetas a Israel e a Judá. Não importa quão ruins as circunstâncias fossem, o Senhor sempre levantava um profeta para falar contra as  rebeldes atitudes espirituais daquele povo. Em 2Rs.7.13, Deus, vendo o povo tomando as  características dos ídolos e imitando as nações ímpias que estavam  à sua volta. Israel esquecera-se   da importância  e dos benefícios de obedecer à Palavra de Deus. O rei e o povo estavam mergulhados na iniqüidade. Por várias vezes o Senhor enviou os profetas para advertir-los  sobre o  quanto haviam  se desviado dEle e exortá-los  a retornarem.

b)     A profecia como dom ministerial em Novo Testamento (2 Tm.5.17) – Os lideres fiéis da igreja devem ser apoiados. Eles  são frequentemente  alvos de críticas porque a congregação tem  expectativas que não são realistas. Como nós tratamos  os lideres de nossa igreja? Nós gostamos mais de encontrar erros, ou de mostrar-lhes nossa estima? Será que eles  recebem apoio financeiro suficiente, permitindo que vivam sem preocupações e tenham as necessidades de suas famílias supridas? Jesus e Paulo enfatizaram a importância de dar apoio financeiro àqueles que nos lideram e ensinam. O profeta é um arauto da santidade de Deus, cuja missão é expor com unção ( não com presunção) os padrões da santidade divina para o povo. Em Pv. 29.18, temos a informação, que sem a profecia o povo se corrompe. O termo “ profecia” aqui se refere à lei de Deus. Onde existe ignorância  em relação a ela, impera o crime e o pecado. A moralidade pública depende do conhecimento que a nação  tem de Deus, mas também da obediência  as suas leis. Para tudo correr bem  com a nação e com os indivíduos, todos devem conhecer o caminho de Deus e obedecer às suas leis.

c)      O dom de profecia (I Co.12.10 ;14.3,31) – A profecia  não é apenas uma previsão sobre o futuro ; também pode significar a proclamação da Palavra de Deus com poder. Paulo discutiu o falar em línguas e a sua interpretação. Não importa quais dons  uma pessoa tenha, todos são dados  pelo Espírito Santo. Somos responsáveis por usar e aprimorar nossos dons, mas não podemos receber nenhum mérito por aquilo que Deus nos deu gratuitamente.
A distinção entre  a profecia como dom espiritual e a profecia  como parte das Escrituras Sagradas (2 Pe.1.20), devem ser  conhecidas com clareza, embora  se trate, nos dois casos, de uma mensagem recebida de Deus.
·        Os escritores da  Bíblia recebiam suas mensagens mediante a inspiração direta e única  do Espírito Santo, e comunicavam sem erro. O resultado foi uma mensagem infalível.
·        A profecia do tipo descrito nos caps. 12 e 14(I Co.), porém, não tem  inerente em si  a mesma a autoridade ou infalibilidade que a inspirada Palavra de Deus. Embora provenha do impulso do Espírito Santo, esse tipo de profecia nunca poderá ser considerado inerrante. Sua mensagem sempre estará sujeita à mistura e erros humanos. Por isso a profecia da igreja nunca poderá ser equiparada  com as Sagradas Escrituras. Além disso, a profecia em nossos dias não  poderá ser aceita pela igreja local até  que seus membros julguem  o seu conteúdo, para averiguar a sua  autenticidade. A base desse julgamento é a Palavra de Deus escrita.

a)     A natureza da profecia (I Co.14.29) –Toda  profecia  deve ser avaliada quanto ao seu conteúdo  isso demonstra que a profecia nos tempos do NT não era  infalível, sendo passível de correção.

·        As  vezes, a profecia e o falar em línguas não  procediam de Deus(I Jo.4.1). Até mesmo os espíritos malignos conseguem agir na congregação através de  falsos mestres ou falsos  profetas ali presente. O profetizar, o falar em línguas  estranhas ou possessão dalgum dom  sobrenatural não é garantia de que  alguém é  um genuíno profeta ou crente, pois os dons espirituais podem ser  falsificados por Satanás( Mt.24.24 ; 2Ts.2.9-12 ; Ap.13.13,14).
·        Se a igreja não julga com decência e ordem as profecias, ela deixou de seguir as diretrizes bíblicas. Note, também, que a profecia não era  algo como um impulso incontrolável  do Espírito, pois apenas um profeta podia falar de cada vez.
·        Qual deve ser a atitude da igreja para com as  mensagens proféticas?
1.      Todas as profecias devem ser testadas segundo o padrão da doutrina bíblica (Dt. 13.1-3). Isso significa que os crentes devem ficar atentos ao cumprimento (Dt. 18.22), e atentos  também no caso dela não se cumprir.
2.      Se a palavra profética é uma exortação, a congregação precisa perguntar: “O que devemos fazer para obedecermos  a vontade do Espírito”?

II A FALSA PROFECIA – Na atualidade, observamos que inúmeras pessoas andam em “busca” de profecias, e essas pessoas fazer sucessivas “peregrinações” de igreja para igreja em busca de uma “profecia” ou  “revelações”para as suas “necessidades.” Tais pessoas ( pode ser crente ou não), não buscam a Deus,  e soluções de seus problemas, que podem ser espirituais, psicológicos ou patológicos, estão mais preocupadas com os acontecimentos futuros, por isso buscam nas profecias e revelações seus objetivos.

1-Julgando as profecias (2 Tm.4.3) – A igreja  em sua história  sempre houve aqueles que não amam a sã doutrina. À medida que o fim se aproxima, a situação nesse sentido tornar-se-á  cada vez pior ( I Tm.4.1).

1.      “Não sofrerão a sã doutrina” – Muitos  professarão ser cristãos, freqüentarão  as igrejas e mostrarão que servem a Deus, mas não aceitarão a fé apostólica  original do NT, nem  as exigências  bíblicas ordenando que o crente  separe-se da injustiça.(Rm.1.16).
2.      “Desviarão os ouvidos da verdade” – A autêntica  pregação bíblica de um homem  de Deus não mais será aceita por muitas igrejas. Os desviados da verdade desejarão sermões que apresentem um evangelho menos exigente. Já não aceitarão trechos da Palavra de Deus que tratam de arrependimento, pecado, perdição, necessidade da santidade e de separação do mundo.
3.      “Amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscência”. Esses falsos crentes não quererão pastores segundo os padrões  da Palavra de Deus (I Tm.3.1-10), mas buscarão os que toleram  seus desejos  egoístas e mundanos. Escolherão pregadores  com dons de oratória, com a habilidade de divertir o povo com  uma mensagem que lhes assegure que é possível ser crente  e continuar vivendo segundo a carne(Rm. 8.4-13 ; 2 Pe 2).
4.      O Espírito Santo adverte todos os que permanecem fiéis a Deus  e se submetem à sua Palavra, que lhes aguardam perseguições e sofrimento, por amor à justiça (Mt.5.10-12). Além disso, devem separar-se das pessoas, igrejas e das instituições que negam o poder de Deus para a salvação, e que pregam um evangelho modificado (I Tm. 4.1,2).
2-Julgando o falso profeta pelos frutos (Mt.7.20) – Devemos  examinar não apenas as palavras dos mestres, mas também  a sua vida. Da mesma maneira que existe uma relação entre as árvores e o tipo de fruto que produzem, aqueles que ensinam o que é correto têm um bom comportamento e um caráter  elevado:  procuram viver  de  acordo com as verdades das Escrituras, isto não significa que devemos dar inicio a uma verdadeira perseguição, expulsando pastores, professores da escola dominical, e outros  que não se mostrem perfeitos. A pessoa que demonstra ter o fruto do Espírito  está praticando a lei de uma forma muito mais  precisa do que aquela que, apesar de obedecer aos rituais, tem  pouco amor em seu coração. Com relação ao Espírito Santo, devemos conhecê-lo, amá-lo, lembrá-lo e imitá-lo, como resultado, cumpriremos  o propósito   da lei.
Os falsos mestres exteriormente parecem justos, mas “interiormente” são lobos devoradores, eles devem ser identificados pelos seus frutos. Os falsos mestres produzirão discípulos que manifestarão as seguintes características:
§  Serão cristãos professos, cuja lealdade é dedicada mais a indivíduos do que à Palavra de Deus. Honram e servem a criatura mais do que ao criador (Rm 1.25)
§  Serão seguidores que se preocupam mais com seus próprios desejos do que com a glória e a honra de Deus. Sua doutrina será mais  antropocêntrica  do que teocêntrica.
§  Serão seguidores que buscam mais as experiências  religiosas  e as manifestações sobrenaturais do que  a Palavra de Deus e seus padrões  de justiça.

 Pr. Carlos Borges(CABB)

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