I Jo. 4.1-6
Lição 10 3º Trimestre 2009
Introdução: O que faz o povo dar ouvidos
aos falsos profetas? Estes dizem o que o povo quer ouvir. Os falsos mestres
ganham fama e dinheiro, dizendo às pessoas aquilo que elas querem ouvir, porém
afastam-nas de Deus. Se
encorajarmos os falsos mestres, seremos tão culpados quanto eles.
I
CONCEITO
1 – Profeta ( Jr.1.5-9) – Jeremias foi constituído por Deus como profeta às
nações.
O
Senhor tem um propósito para cada
cristão, mas algumas pessoas são
designada por Ele para trabalho
específicos. Sansão (Jz. 13.3-5), Davi ( I Sm. 16.12), João
Batista (Lc.1.13-17) e Paulo (Gl. 1.15,16) foram chamados para
realizar obras especificas para Deus. Qualquer que seja o seu trabalho, faça
para glória de Deus (Fp.1.11). Se Deus lhe der uma tarefa específica,
aceite-a alegremente e cumpra-a com zelo. Se ele não o fez, procure cumprir a
missão comum a todos os crentes: amar,
obedecer e servir a Deus, até que a direção divina se torne mais clara. Há
uma diferença entre profeta e sacerdote:
a)
O profeta, ouve Deus e fala ao povo( ele é o intermediário entre
Deus e o povo- é um arauto)
b)
O sacerdote, ouve o povo e fala com Deus ( Ele é o intermediário
entre o povo é Deus- é um atalaia)
A
Palavra de Deus nos orienta que devemos
nos acautelar dos falsos profetas (Mt.7.15).
Houve
muitos falsos profetas no A.T. Eles profetizavam somente o que o rei e o povo
desejavam ouvir, reivindicando ser
a mensagem de Deus. Hoje, também
há falsos profetas. Jesus disse que é necessário nos precavermos contra aqueles cujas palavras soam como religiosas, mas que, na
realidade, são motivadas por dinheiro, fama e/ou poder. Podemos
facilmente identificá-los, porque, em seus ensinamentos, minimizam a Cristo e glorificam a si mesmo.
2-Profecia (I Co. 14.3) – O dom de profecia na igreja é originada
pelo Espírito Santo, não primeiramente para predizer o futuro,
mas para fortalecer a fé dos crentes,
suas vidas espirituais e suas
resoluções sinceras de permanecerem fieis a Cristo e aos seus ensinamentos. Profetizar não é, porém, pregar um sermão preparado,
mas transmitir palavras espontâneas sob impulso do Espírito Santo, para
edificação do individuo ou da
congregação.
a)
Aspectos da
atividade profética (Jr.7.25)- Do
começo ao fim do A.T.(Moisés à Malaquías), vemos que Deus enviou muitos profetas a Israel e a Judá. Não
importa quão ruins as circunstâncias fossem, o Senhor sempre levantava um
profeta para falar contra as rebeldes
atitudes espirituais daquele povo. Em 2Rs.7.13, Deus, vendo o povo tomando
as características dos ídolos e imitando
as nações ímpias que estavam à sua
volta. Israel esquecera-se da
importância e dos benefícios de
obedecer à Palavra de Deus. O rei e o povo estavam mergulhados na
iniqüidade. Por várias vezes o Senhor enviou os profetas para advertir-los sobre o
quanto haviam se desviado dEle e
exortá-los a retornarem.
b)
A profecia
como dom ministerial em Novo Testamento (2 Tm.5.17) – Os lideres fiéis da igreja devem ser apoiados.
Eles são frequentemente alvos de críticas porque a congregação
tem expectativas que não são realistas.
Como nós tratamos os lideres de nossa
igreja? Nós gostamos mais de encontrar erros, ou de mostrar-lhes nossa estima?
Será que eles recebem apoio financeiro
suficiente, permitindo que vivam sem preocupações e tenham as necessidades de
suas famílias supridas? Jesus e Paulo enfatizaram a importância de dar apoio
financeiro àqueles que nos lideram e ensinam. O profeta é um arauto da
santidade de Deus, cuja missão é expor com unção ( não com presunção)
os padrões da santidade divina para o povo. Em Pv. 29.18, temos a informação,
que sem a profecia o povo se corrompe. O termo “ profecia” aqui se refere à lei
de Deus. Onde existe ignorância em
relação a ela, impera o crime e o pecado. A moralidade pública depende do
conhecimento que a nação tem de Deus,
mas também da obediência as suas leis.
Para tudo correr bem com a nação e com
os indivíduos, todos devem conhecer o caminho de Deus e obedecer às
suas leis.
c)
O dom de
profecia (I Co.12.10 ;14.3,31) – A
profecia não é apenas uma previsão sobre
o futuro ; também pode significar a proclamação da Palavra de Deus com poder.
Paulo discutiu o falar em línguas e a sua interpretação. Não importa quais dons uma pessoa tenha, todos são dados pelo Espírito Santo. Somos responsáveis por
usar e aprimorar nossos dons, mas não podemos receber nenhum mérito por aquilo
que Deus nos deu gratuitamente.
A distinção entre
a profecia como dom espiritual e a profecia como parte das Escrituras Sagradas (2
Pe.1.20), devem ser conhecidas com
clareza, embora se trate, nos dois
casos, de uma mensagem recebida de Deus.
·
Os escritores
da Bíblia recebiam suas mensagens
mediante a inspiração direta e única do
Espírito Santo, e comunicavam sem erro. O resultado foi uma mensagem infalível.
·
A profecia do
tipo descrito nos caps. 12 e 14(I Co.), porém, não tem inerente em si a mesma a autoridade ou infalibilidade que a
inspirada Palavra de Deus. Embora provenha do impulso do Espírito Santo, esse
tipo de profecia nunca poderá ser considerado inerrante. Sua mensagem sempre
estará sujeita à mistura e erros humanos. Por isso a profecia da igreja nunca
poderá ser equiparada com as Sagradas
Escrituras. Além disso, a profecia em nossos dias não poderá ser aceita pela igreja local até que seus membros julguem o seu conteúdo, para averiguar a sua autenticidade. A base desse julgamento é a
Palavra de Deus escrita.
a)
A natureza da
profecia (I Co.14.29) –Toda profecia
deve ser avaliada quanto ao seu conteúdo
isso demonstra que a profecia nos tempos do NT não era infalível, sendo passível de correção.
·
As vezes, a profecia e o falar em línguas
não procediam de Deus(I Jo.4.1). Até
mesmo os espíritos malignos conseguem agir na congregação através de falsos mestres ou falsos profetas ali presente. O profetizar, o falar
em línguas estranhas ou possessão dalgum
dom sobrenatural não é garantia de
que alguém é um genuíno profeta ou crente, pois os
dons espirituais podem ser falsificados
por Satanás( Mt.24.24 ; 2Ts.2.9-12 ; Ap.13.13,14).
·
Se a igreja não
julga com decência e ordem as profecias, ela deixou de seguir as diretrizes
bíblicas. Note, também, que a profecia não era algo como um impulso incontrolável do Espírito, pois apenas um profeta podia
falar de cada vez.
·
Qual deve ser a
atitude da igreja para com as mensagens
proféticas?
1.
Todas as
profecias devem ser testadas segundo o padrão da doutrina bíblica (Dt. 13.1-3).
Isso significa que os crentes devem ficar atentos ao cumprimento (Dt. 18.22), e
atentos também no caso dela não se
cumprir.
2.
Se a palavra
profética é uma exortação, a congregação precisa perguntar: “O que devemos
fazer para obedecermos a vontade do
Espírito”?
II
A FALSA PROFECIA – Na atualidade, observamos que inúmeras pessoas andam em
“busca” de profecias, e essas pessoas fazer sucessivas “peregrinações” de
igreja para igreja em busca de uma “profecia” ou “revelações”para as suas “necessidades.” Tais
pessoas ( pode ser crente ou não), não buscam a Deus, e soluções de seus problemas, que podem ser
espirituais, psicológicos ou patológicos, estão mais preocupadas com os
acontecimentos futuros, por isso buscam nas profecias e revelações seus objetivos.
1-Julgando as profecias (2 Tm.4.3) – A igreja em
sua história sempre houve aqueles que
não amam a sã doutrina. À medida que o fim se aproxima, a situação nesse
sentido tornar-se-á cada vez pior ( I
Tm.4.1).
1.
“Não sofrerão a sã doutrina” – Muitos professarão
ser cristãos, freqüentarão as igrejas e
mostrarão que servem a Deus, mas não aceitarão a fé apostólica original do NT, nem as exigências
bíblicas ordenando que o crente
separe-se da injustiça.(Rm.1.16).
2. “Desviarão os ouvidos da verdade” – A autêntica
pregação bíblica de um homem de
Deus não mais será aceita por muitas igrejas. Os desviados da verdade desejarão
sermões que apresentem um evangelho menos exigente. Já não aceitarão
trechos da Palavra de Deus que tratam de arrependimento, pecado, perdição,
necessidade da santidade e de separação do mundo.
3.
“Amontoarão para si doutores conforme
as suas próprias concupiscência”.
Esses falsos crentes não quererão pastores segundo os padrões da Palavra de Deus (I Tm.3.1-10), mas
buscarão os que toleram seus desejos egoístas e mundanos. Escolherão
pregadores com dons de oratória,
com a habilidade de divertir o povo com
uma mensagem que lhes assegure que é possível ser crente e continuar vivendo segundo a carne(Rm.
8.4-13 ; 2 Pe 2).
4.
O Espírito Santo adverte todos os que permanecem fiéis a Deus e se submetem à sua Palavra, que lhes
aguardam perseguições e sofrimento, por amor à justiça (Mt.5.10-12).
Além disso, devem separar-se das pessoas, igrejas e das instituições que negam
o poder de Deus para a salvação, e que pregam um evangelho modificado (I
Tm. 4.1,2).
2-Julgando o falso profeta pelos frutos (Mt.7.20) – Devemos examinar não apenas as palavras dos mestres,
mas também a sua vida. Da mesma maneira
que existe uma relação entre as árvores e o tipo de fruto que produzem, aqueles
que ensinam o que é correto têm um bom comportamento e um caráter elevado:
procuram viver de acordo com as verdades das Escrituras, isto
não significa que devemos dar inicio a uma verdadeira perseguição, expulsando
pastores, professores da escola dominical, e outros que não se mostrem perfeitos. A pessoa
que demonstra ter o fruto do Espírito
está praticando a lei de uma forma muito mais precisa do que aquela que, apesar de obedecer
aos rituais, tem pouco amor em seu
coração. Com relação ao Espírito Santo, devemos conhecê-lo, amá-lo,
lembrá-lo e imitá-lo, como resultado, cumpriremos o propósito
da lei.
Os falsos mestres
exteriormente parecem justos, mas “interiormente” são lobos devoradores, eles
devem ser identificados pelos seus frutos. Os falsos mestres produzirão
discípulos que manifestarão as seguintes características:
§ Serão
cristãos professos, cuja lealdade é dedicada mais a indivíduos do que à Palavra
de Deus. Honram e servem a criatura mais do que ao criador (Rm 1.25)
§ Serão
seguidores que se preocupam mais com seus próprios desejos do que com a glória e
a honra de Deus. Sua doutrina será mais
antropocêntrica do que
teocêntrica.
§ Serão
seguidores que buscam mais as experiências
religiosas e as manifestações
sobrenaturais do que a Palavra de Deus e
seus padrões de justiça.
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