segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A FORÇA DO AMOR CRISTÃO



A FORÇA DO AMOR
I Jo.2.7-11 ;3.14-18

Introdução: Cristo ordena que nos amemos uns aos outros,assim como Ele nos amou.Esse amor é a evidência  de que estamos verdadeiramente salvos.
Amar significa colocar os outros em primeiro lugar e ser generoso.O amor é ação, é mostrar às outras pessoas que nos importamos  com elas, e não apenas  manifestá-lo com palavras vazias.

I O MANDAMENTO ATEMPORAL ( independente  do tempo) – O  que Deus pede de todos  quanto crêem em Cristo e que recebem a salvação é o amor devotado.O cristão e exortado a amar  de um modo especial a todos os outros cristãos verdadeiros, quer sejam membros da sua igreja e da sua persuasão teológica, quer não. Isso significa que o crente  deve saber distinguir os cristãos verdadeiros daqueles cuja confissão de fé é falsa, observando a sua obediência  a Jesus Cristo e sua  lealdade às Sagradas Escrituras (Jo.5.24 ; 8.31 ;10;27;Mt.7.21).

1- Mandamento “antigo” e “novo” – Uma comparação com 1 Jo.5,6 mostra que este “mandamento antigo” é o mesmo que “amar uns aos outros”. Em sua ultima refeição com seus discípulos, Jesus deu-lhes o que chamou de um “ mandamento novo”; a novidade está  aparentemente ligada à maneira pela qual o próprio Jesus amou os seus discípulos (Jo.13.34).
Isto significa que quem possui  uma fé viva em Jesus Cristo e é leal à Palavra inspirada e inerrante( que não erra) de Deus, conforme tal pessoa a compreende, e que resiste ao espírito modernista e mundano predominante em nossos tempos, é meu irmão em Cristo e merece meu amor, consideração e apoio especial.
Paulo falando aos coríntios ( I Co.13.8), disse que: os dons espirituais, profecias, línguas e ciências terminarão no fim da presente era, porém o amor não passará. Deus valoriza  e destaca o caráter  que age com amor, paciência,benignidade, altruísmo, aversão ao mal e amor á verdade, honestidade e perseverança  na retidão.

2- Em que sentido o mandamento de amar é antigo e novo – Ninguém pode afirmar ser um crente se não demonstrar amor pelos semelhantes. Neste caso, essas pessoas “odeia” os outros (2Jo.2.9-11), isto significa que se não gostamos  de alguém não somos cristãos? . Estes versos não estão falando a respeito de gostar de um irmão, ou irmã cristã desagradável. Sempre existirão pessoas com quem teremos menos afinidade. As palavras de João enfocam a atitude que nos leva  a ignorar ou menosprezar os outros, tratá-los como competidores, inimigos ou pessoas irritantes. O amor cristão não é um sentimento, mas uma escolha.
Podemos escolher nos preocupar com o bem estar das pessoas e tratá-las com respeito, sentindo ou não afeto por elas. Se escolhemos  amar os outros, Deus nos ajudará a expressar o nosso amor.
O amor verdadeiro consiste em ação, não apenas em  sentimentos.Produz abnegação e doação sacrifical. O maior ato de amor está em doar-se  a si mesmo aos outros.Como podemos  “dar nossas vida”?. Servindo aos outros sem pensar em receber qualquer coisa como recompensa.
As vezes é mais fácil dizermos que morremos pelos outros do que verdadeiramente vivermos para eles. Vivermos para os outros envolve  colocar os desejos desses outros em primeiro lugar. Jesus ensinou este mesmo principio de amor em Jo.15.13.

3-O Senhor Jesus é o nosso exemplo de amor-­ Quando Jesus chamou Mateus para ser um dos seus discípulos, este se levantou e seguiu o Mestre, deixando  uma carreira lucrativa. Quando Deus nos chama para segui-lo e obedecer-lhe, nós demonstramos a mesma renuncia de Mateus?. As vezes, a decisão de seguir a Cristo exige provas  difíceis e dolorosas.Como Mateus, devemos deixar para trás tudo aquilo que  nos impede  de seguir a Cristo.
Os fariseus constantemente tentavam enredar Jesus; pensavam que  os momentos  em que o Mestre estava com as pessoas  desprezadas pela sociedade seria a oportunidade  perfeita. Os fariseus estavam mais preocupados com as aparências  de santidade do que  com a ajuda  aos necessitados; com a critica do que com o encorajamento, com respeitabilidade social do que com aprovação de Deus. Mas Jesus está interessado em salvar  todos  pecadores, os que ferem e os que se encontram feridos por outros. A  vida cristão não é uma disputa por popularidade. Seguindo o exemplo de Jesus, devemos  compartilhar as Boas Novas com os pobres, imorais, os solitários e os excluídos, não apenas com os ricos, os populares, os poderosos e os de elevado comportamento moral.

II CONTRASTE ENTRE LUZ E TREVAS- Luz representa o que é bom, puro, verdadeiro, santo e confiável. As trevas representam o que é pecaminoso e perverso. A declaração “Deus é luz” significa que Ele é perfeitamente Santo e verdadeiro, e que só Ele pode  nos tirar da escuridão do pecado. A luz está também relacionada à verdade, pois deixa tudo visível, seja bom ou ruim. Nas trevas, o bem e o mal parecem semelhantes; na luz, podem ser claramente distinguidos.
Da mesma  maneira que não pode existir escuridão na presença da luz, o pecado não pode existir na presença de Deus Santo.

1- Os filhos da luz- Jesus  Cristo é o criador da vida, e a sua existência  traz luz à humanidade. Pela luz de Cristo, enxergamos a nós mesmos com realmente somos ( pecadores que necessitam de um Salvador).
Quando seguimos a Jesus, a Luz Verdadeira, evitamos andar cegamente e cair em pecado. Cristo ilumina à nossa  frente, assim podemos discernir como viver. Ele remove as  trevas do pecado de nossas vida. Já permitimos  que a luz de Cristo brilhe em nossas vidas? .Deixemos  Jesus dirigir nossas vidas, e nós nunca tropeçaremos nas trevas.
Será possível esconder uma cidade no topo de uma montanha? .Claro que não, pois a noite sua luz poderá ser vista a distância.
Se vivermos para Cristo, brilharemos  como luzes e mostraremos aos outros como Cristo realmente é. Mas se escondermos  nossa luz ;
1- Ficar quieto quando devemos falar
2- Se juntarmo-nos a multidão ( sem Deus)
3- Se negarmos a luz (deixarmos a Cristo)
4- Se deixarmos que o pecado escureça a  luz que há em nós
5- Se não explicarmos aos outros a origem da nossa fé
6- Se ignorarmos as necessidades dos outros
Sejamos um farol da verdade a iluminar os caminhos dos que navegam no mar da vida, e que estejam prestes a se chocarem nos rochedos do   pecados.

2- Evitando o ódio e mantendo-se na luz- Caim matou seu irmão, Abel, quando Deus  aceitou a oferta deste e não  a sua (Gn4.1-16). A oferta de Abel mostrou que Caim não estava oferecendo o seu “melhor” a Deus, e a ira e o ciúme de Caim levaram-no a cometer  um assassinato. As pessoas que são moralmente corretas expõem e envergonham aquelas que não o são. Se vivermos para Deus, o mundo freqüentemente nos odiará, porque  o tornamos dolorosamente ciente  de seu modo imoral de viver.
O ensino de João ecoa ode Jesus, de que quem odeia outra pessoa é um assassino em seu coração ( Mt.5.21,22). O cristianismo é uma religião do coração; uma devoção exterior não é o suficiente. A mágoa contra alguém que  o tenha ofendido é um câncer  perverso dentro de nós, o qual  no final poderá destruir( levar a morte espiritual). Não deixemos que uma simples raiz de amargura ( Hb.12.15), se transforme numa árvore  de ódio,  em nós e na nossa igreja, produzindo frutos ruins.

3- Em relação ao pecado, os princípios  da graça são mais profundos que as exigências da lei(Mt.5.17-48) – As leis  morais e cerimoniais de Deus foram dadas as pessoas  a amar a Deus com todo  o coração e entendimento. Ao longo da história de Israel, porém, essas leis foram  frequentemente  citadas  erroneamente  e mal empregadas. Na época de Jesus, os líderes religiosos  haviam transformado as  leis em um conjunto confuso de regras.
A lei cerimonial diz respeito especificamente à adoração por parte de Israel (Lv.1.2,3). Seu propósito primário era apontar adiante, para Cristo, portanto, não seria mais necessária depois da morte  e ressurreição de Jesus. Mesmo não estando  mais ligados à lei cerimonial, os princípios que  constituem  a base da  adoração – amar e adorar ao Deus Santo – ainda se aplicam, Jesus foi frequentemente  acusado pelos  fariseus  de violar  a lei cerimonial.
A lei civil se aplica à vida cotidiana em Israel ( Dt.24.10,11).  Pelo fato  de  a sociedade moderna serem tão  radicalmente diferente das daquele tempo, esses  código como  um todo não pode ser seguido. Mas os princípios éticos contidos nos mandamentos são atemporais, e devem guiar nossa conduta. Jesus  demonstrou estes princípios  por meio de sua vida exemplar.O amor se expressa pela ajuda sincera aos necessitados, compartilhando com eles nossos bens terrestres( Tg.2.14-17). Recusar  a doar  parte do nosso alimento, das nossas roupas, ou dinheiro para ajudar os necessitados, é fechar-lhes  o nosso  coração. Por amor também devemos  contribuir com nosso dinheiro para ajudar  a propagar o evangelho aos que ainda não ouvira

III A DEMONSTRAÇÃO COMUNITÀRIA DO AMOR – João  em sua epístola deixa bem claro que o amor, não pode ser apenas teórico, é necessário que ele sai da teoria para a prática, pois esse amor esta interligado a vida espiritual( religiosa), e a vida espiritual ela é prática, requer ação no sentido que for necessária para materializar-se, fins que possa gerar testemunho.

 1-O primeiro motivo para demonstrarmos o amor – O amor é a base  de todas as demais virtudes, é o solo  bom no qual elas florescem; é um “fruto”, e, portanto, é um “cultivo” do Espírito . Aquele em quem  se realiza esse  cultivo, é o homem que está  sendo  transformado segunda a imagem do Filho( de Deus);  aqueles que estão assim sendo transformados chegarão a  compartilhar do mesmo “ tipo de vida” que Ele(Jesus) possui. Eles serão a plenitudes de Cristo. (Ef.1.23).
Cristo cobre a igreja de dons e bênçãos. Ela  deve  ser a plena expressão de Cristo, pois Ele é a plenitude absoluta. Ao ler Efésios, será importante lembrar  que esse  livro foi destinado principalmente  a toda a igreja, e não apenas  a uma pessoa. Cristo é a cabeça e nós  somos o seu corpo. A imagem de um corpo mostra  a unidade da igreja. Cada membro está envolvido com os demais  ao executar a obra de Cristo na terra. Não devemos tentar trabalhar, servir ou adorar por nossa própria conta, precisamos  do corpo inteiro.
Fica aqui uma advertência encontrada em  2Tm.3.1-5, direcionada as lideranças e aos membros das igrejas que compõem o “corpo místico de Cristo”

2-O desenvolvimento progressivo do amor (I Jo.2.11) – A prova do amor não é aquilo que se diz, mas aquilo que se pratica. A critica, o espírito odioso, manifestado em atitudes negativas, como a inveja, a maledicência..etc., quando lançado contra  um irmão, mostra que um individuo  está  repleto de ódio, e somente  mostra  que a reivindicação de amor dos que assim fazem é uma reivindicação vazia e pretensiosa. A frieza, o espírito  contencioso, o espírito  de superioridade e de orgulho, caracterizavam os gnósticos.
O autor sagrado gosta muito de antítese. Ele já contrastava a “ luz” com as “ trevas”; e agora  contrasta  o “ amor” com o “ódio”. A amor pertence à “ luz”; mas o ódio pertence as “ trevas”.
O ódio é uma força eminentemente  destruidora, tanto para quem odeia como pra quem é odiado. O amor, quando eliminado da vida diária , só pode produzir  dano. A pessoa que não ama não sabe  que não é amorosa; imputa a outros as falhas  de si mesma. Também não sabe  o desastre inevitável a que sua maneira de andar leva.  

3-A necessidade do ensino sobre o amor cristão- O mundo  com o espírito de Caim ( desobediência, inveja, ódio, homicídio ) odeia os crentes, enquanto estes mostram amor que comprovam o seu novo nascimento. A essência do amor e sacrifício tanto em oferecer a vida  como em compartilhar nossos bens com um irmão necessitado.Um exemplo de fé “morta” é atitude de alguns crentes em face da necessidade dos irmãos na miséria. Como o simples  falar não ajuda, tampouco terá valor reivindicar nossa fé sem demonstrar os frutos do amor. Em Mt.7.16-23, não devemos nos impressionar com as  vestes (práticas religiosas) dos falsos profetas, nem com aquilo que dizem, nem com aquilo que fazem, devem ser julgados  apenas pelo critério de Jesus, pelos frutos espirituais se é que realmente  os produzem. A marca dos falsos profetas é o interesses egoístas ( ao contrário do Bom Pastor que ama as ovelhas) no tempo do Novo Testamento vieram na forma de judaizantes  ou gnósticos, que se deduz de 2Co.11.13; I Jo.4.1 ;I Tm4.1 .

Tanto o apóstolo do “amor” como quanto o dos “gentios”, não está  insinuando que existe a mínima possibilidade de o ser humano igualar-se a Deus.O que se entende, e é o ponto pacifico em ambos os textos,é o inegável  fato de que, após entregar-se  novamente aos cuidados do Eterno,o ser humano tem possibilidade de desfrutar de um dos atributos comunicáveis de Deus. Exercer o amor cristão é uma das formas mais eficazes de pregar o Evangelhoj.   



Laboratório Didático – Escola  Bíblica Dominical – Cong. Tavares Bastos I- Belém -Pará
  Ev...     Carlos Borges(CABB)

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