quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A IMPORTÂNCIA DA SANTA CEIA



 SANTA CEIA
I Co. 11.26-Lição nº9
Introdução: A ceia do Senhor ou “eucaristia” original parece ter sido uma festividade, uma refeição, provavelmente em “imitação” à celebração da páscoa pelos judeus. Na secção bíblica de ICo. 11.17-34, foi mister que Paulo repreendesse aos Corinto por  motivo de “glutonaria” e “bebedeira” e isso, obviamente, implica em um banquete de alguma envergadura, e não em uma simples cerimônia  litúrgica.A ceia do Senhor foi  reduzida  a um  ato litúrgico, não mais acompanhado por uma refeição real; bem provavelmente se tornou parte da adoração dominical.

I O QUE É A SANTA CEIA – A Ceia do Senhor ou comunhão – também é chamada no N.T. original de “ágape, que significa “festa do amor”. Essa palavra “ágape” é usada pelos comentadores com alusão tanto à festa maior como à própria Ceia. Não possuímos qualquer informação direta sobre como era providenciado o alimento para o banquete ou ágape. É possível que cada família trouxesse alguma coisa; mas também podia haver um “ fundo comum”, usado para essa finalidade. Seja como for, de alguma maneira, os membros bem mais pobres terminavam com bem pouco ou mesmo com nada para comer, ao passo que os membros mais abastardo se empanturravam e bebiam abundantemente. A condenação de Paulo sobre os cultos dos Coríntios tem sentido de “DESQUALIFICAÇÃO” o que deveria ser uma ocasião para “EDIFICAÇÃO” mútua tornou-se uma ocasião “DESTRUTIVA” para a unidade da Igreja.
Reuniam-se fisicamente, mas estavam espiritualmente divididos. As refeições para grandes grupos eram servidas na sala de jantar e no átrio, e os membros “ricos” forneciam a maior parte da comida. O problema era que cada um dos ricos tomava “antecipadamente a sua própria ceia” (I Co. 11.21), deixando pouco ou nada para os pobres, que constituíam a maioria da congregação. Os ricos podiam chegar cedo, os pobres e os escravos só podiam vir após concluir o seu dia de trabalho. Deste modo os ricos  se fartavam e alguns até se embriagavam, enquanto os pobres permaneciam famintos.

1-Definição e designações (I Co. 11.24,25). -A igreja primitiva “lembrava-se” de que Jesus a instituiu na noite da refeição da páscoa (Lc. 22.13-20). Da mesma maneira que a Páscoa celebrava à libertação da escravidão no Egito.A ceia do Senhor celebrava a libertação do pecado por meio da morte de Cristo.
(1)- Alguns acreditam que o pão realmente se torna no corpo físico de Cristo e o vinho em seu sangue.
(2) – Outros acreditam que o pão e o vinho permanecem inalterados, mas Cristo está espiritualmente presente no pão e no vinho.
(3) – Outros acreditam que o pão e o vinho simplesmente “simbolizam” “o corpo” e o “sangue” de Cristo.

2-Ordenança ou sacramento- Na antiga aliança, as pessoas podiam aproximar-se de Deus, somente por meio dos sacerdotes, e do sistema sacrificial.
A morte de Cristo na Cruz introduziu uma nova aliança entre Deus e nós (os homens). Agora todas as pessoas podem  aproximar-se  pessoalmente de Deus e comunicar-se com Ele.
A Antiga aliança, quebrada pelos judeus seria substituída por uma nova. A base desta aliança é Cristo (Hb8. 6). Ela é revolucionária, envolve  não somente Israel e Judá, mas até os gentios. A nova  aliança oferece  uma relação pessoal única com Deus e com suas leis,que são escritas no coração de cada crente, não em pedra. Mas para nós, hoje, esta aliança já está em vigor.Temos a maravilhosa oportunidade de começar de novo e estabelecer uma relação permanente e pessoal com Deus.

II OS ELEMENTOS DA SANTA CEIA
1- O pão- As pessoas comem pão para satisfazer a fome de seu corpo e para sustentar a vida física. Só podemos satisfazer a fome de nosso espírito e sustentar a vida espiritual por meio de um relacionamento correto com Jesus Cristo. Não é de admirar que Ele tenha declarado ser o “Pão da vida”. O pão deve ser comido para sustentar a vida física, e Cristo deve ser convidado a participar de nosso cotidiano para sustentar nossa vida espiritual.                                                         
 2-Vinho- A uva e seus produtos têm valor  alimentício, isto é, “valor nutricional”, com vitaminas C e ferro, e capacidade  de reduzir o colesterol, mas os hebreus eram um povo do vinho, mulheres e canções, e seu vinho aumentava a diversão. Os hebreus sabiam que o prazer é quase tão importante quanto a nutrição que os alimentos trazem.
A morte sacrificial de Cristo indica as idéias de reinado (Jo. 1.13), da natureza humana (Mt 16.17), de morte violenta (vinte e cinco maneiras diferentes); e de animais sacrificados. Quanto ao sangue de Cristo e o seu valor expiatório, tem um grande significado para nos os crentes.
Quando Jesus estava reunido com seus discípulos, naquele momento da ceia, Ele  disse  este cálice é o Novo Testamento no meu sangue”.

III LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DA SANTA CEIA
1-Santa Ceia é um mandamento do Senhor- Quando Jesus estava reunido com seus discípulos, naquele momento da ceia, Ele não disse “Este cálice é o meu sangue, mas este cálice é o Novo Testamento no meu sangue”.
O vinho que trazia alegria para aquele que dele bebesse, alegrando-o, tornando-o uma pessoa muito alegre e satisfeita, fala da vida terrena, materialmente falando, de igual modo o sangue de Cristo também nos traz alegria espiritual, pois fala da vida futura, pois quando Jesus disse aos seus discípulos “Fazei isto, todas as vezes que beberdes em memorial de mim...”, isto nos fala de um “mandamento” que deve ser observado e praticado até a volta do Senhor.

2-E um memorial divino- Um memorial consiste em qualquer coisa escrita, ou mental, mediante o as pessoas têm sua memória avivada quanto a algum acontecimento ou personalidade. A páscoa, por exemplo, fazia o povo de Israel relembrar como Yahweh poupara aos primogênitos de Israel, mas tirou a vida dos primogênitos dos egípcios. Um monte de pedras deixado no leito do Rio Jordão, serviu de memorial no cruzamento desse rio. Quando Maria ungiu a Jesus com um dispendioso ungüento, Ele cuidou para que o mundo não se esquecesse do evento. O nome do Senhor, por si mesmo, é um memorial para os  seus filhos.
Os crentes devem recordar o significado de sua morte e serem edificados por fazê-lo, Jesus disse: “em memória de mim, e não em memória de minha morte”... .
Se a Ceia do Senhor tornar-se apenas uma “cerimônia” ou “hábito” religioso, então não mais celebrará a morte de Cristo, e perderá sua “importância”.

3-É uma profecia a respeito da volta de Jesus-Jesus assegurou novamente a seus discípulos a vitória sobre a morte e o futuro deles. As próximas horas trariam uma aparente derrota, mas logo experimentaram o poder do Espírito Santo e testemunhariam, espalhando as Boas Novas por todo o mundo. E, um dia, estariam todos juntos  de novo no Reino de Deus.

4-Deve ser precedida de auto- exame do participante-(v.31)- Paulo agora deixa claro que é exigido daquele que se sentam à mesa do Senhor, não devem participar de maneira “indigna”, pois o fazendo, seriam “culpados do corpo e do sangue do Senhor”.
Só é “indigna” a participação, quando o crente persiste no pecado, e pecar especificamente neste contexto, é pecar “contra os irmãos” crentes, e conseqüentemente contra o “próprio corpo de Cristo”, tal pessoa compartilha a culpa daqueles que crucificaram o Senhor

5- A ceia do Senhor o discernimento espiritual do crente - Por não discernirem apropriadamente o corpo de Cristo, tais pessoas não são somente culpadas do corpo e do sangue do Senhor, elas também “comem” e “bebem” para seu próprio Juízo, para sua própria condenação. Este juízo pode tomar a forma de  “fraquezas”,”enfermidades” ou da própria morte(espiritual).
A mensagem é clara: A enfermidade espiritual poderá resultar na enfermidade física, e enfermidade física poderá levar a morte (física).

6-É ocasião propicia ao recebimento de benção- A ceia serve de lembrança da nossa libertação da escravidão do pecado através de sua morte. Quando a igreja celebra a ceia, ela olha para trás,
à morte de Cristo, contudo, mais não está envolvido somente lembrar da cruz. “lembrar” também significa que a morte de Cristo traz renovação espiritual e benção no presente. A ceia é um ato profundo de Adoração.







7-A santa ceia é um momento de gratidão a Deus-Jesus tomou o pão, e, tendo dado “graças” (eucharisteo), o partiu. Lucas usa esta mesma  palavra como ação de graça nos  sinópticos ; Mateus e Marcos usam o termo (eulogeo)abençoar. A diferença dos verbos não é significativa, já que a benção judaica sobre o pão da Páscoa e sobre o vinho era expressão de ação de graças a Deus. A menção da ação de graça é a razão pela qual  alguns cristãos(católicos) preferem chamar esta observância de Eucaristia.

8-A santa ceia é para os discípulos do Senhor- Jesus expressou o quão intensamente Ele desejou comer esta refeição com seus discípulos antes do seu sofrimento. Tendo tão pouco tempo, ele não iria celebrar outra Páscoa com seus discípulos. As celebrações da Páscoa pressagiam o banquete  messiânico, a ceia de casamento do Cordeiro(Ap19.9), quando Cristo celebrará com todos os remidos a vitória final  sobre o pecado e o mal. Esta celebração de Jesus com seus discípulos  reflete a alegria  inexprimível que experimentaremos na festa de casamento celestial.

9-É um momento de profunda e solene devoção e louvor a Deus (Mt.26.30)- O hino, se refere a um dos hinos conclusivos da celebração da Páscoa. Este versículo serve de transição, que conclui a refeição da Páscoa e muda a jurisdição para o Monte das Oliveira. Jesus prediz que todos os discípulos se escandalizarão. Também terá cumprimento a profecia de Zacarias 13.7, referente ao ferimento do pastor e a dispersão do rebanho de Israel no exílio. Zacarias  9 a 14 apresenta o pastor-rei como figura messiânica. Aqui Jesus prediz a ressurreição e antecipa a reunião deles na Galiléia (Mt.26.32).

10-A santa ceia é alimento espiritual- Sempre que falamos em ceia, sempre vem a nossa mente a idéia de alimento, por isso temos a ceia de natal, ceia de fim de ano etc...,.Aqui também lembra  um ato de se alimentar, a diferença está no fato que se trata de  um alimento espiritual, e como tal requer dos participantes, uma consciência espiritual, reverência, adoração e gratidão por tudo que Jesus fez por nós, inclusive se doando como sacrifício vivo, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, ou o pecado do coração do crente. Moisés não teve grande dificuldade de tirar o povo israelita do Egito, o mais difícil foi tirar o Egito do coração dos israelitas. Jesus pode e vai tirar o pecado do mundo, porém tirar o pecado do coração do homem, Ele terá o livre-arbítrio  como obstáculo( Deus não avilta o nosso livre-arbítrio), o homem é que escolhe se serve a Deus ou a  Satanás.

11- A ceia do Senhor condena a duplicidade religiosa (v.21)- O que dizer do crente que numa seqüência  linear participa da Ceia do Senhor( pode  ser  pela manhã ou a noite), e após o termino do culto vai participar dos “arraiais” profanos, come das comidas típicas,passeias nos brinquedos se “divertindo”, contribui com seu dinheiro para a manutenção  e eternização desta “festa”, porém não contribui na sua congregação para a expansão do Reino de Deus aqui na terra.Também pode acontecer que tal crente primeiro vai ao “arraial profano”, faz tudo que tem direito, depois vai a sua congregação e participa da Ceia do Senhor, com a maior naturalidade, como se nada tivesse acontecido, mente “cauterizada”, vida fora do altar, Corpo de Cristo aviltado, não discerne o Corpo do Senhor, pecado que contribui para possível morte espiritual.

Créditos:
Lições Bíblicas de Jovens e Adultos, 2º semestre-lição nº9
Bíblia de Estudos aplicação Pessoal
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia Vol. 1,4,5,6

Laboratório Didático – Escola  Bíblica Dominical – Cong. Tavares Bastos I - Belém - Pará
Ev.     Carlos Borges(CABB)

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