SUPERANDO O
SOFRIMENTO
2Co. 1.3-5
Introdução: O sofrimento passou estar presente na vida da humanidade, desde
a queda do homem, pois quando Adão e Eva caíram, Deus deu lhes uma sentença a
cada um, inclusive a promotora da queda, a Serpente (incorporada por Satanás). Jesus
em seus ensinamentos, disse aos seus discípulos...No mundo tereis
aflição(sofrimentos), mas, tendes bom animo Jo.16.33.
I BENEFICIO DO SOFRIMENTO
1-Beneficio físico
·
A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por
aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16 nota).
·
Na realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente
(Jo 16.1-4,33; ver 2Tm 3.12 nota).
·
A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes
sofrimentos, por diversas razões ex. José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo.
·
O crente experimenta sofrimento como uma
decorrência da queda de Adão e Eva.
·
Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a
dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn
3.16-19).
·
A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por
um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12; ver nota).
·
Realmente, a totalidade da criação geme sob os
efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe
3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos
(cf. 1Co 10.13).
2-Benefícios espirituais
·
O
que poderia Pedro escrever àqueles cristãos espalhados através da Ásia Menor
que pudesse capacitá-los a suportar a feroz tempestade de perseguição? Pedro
decidiu começar salientando as bênçãos espirituais gozadas por seus leitores (1
Pedro 1:3-12).
·
Eles tinham "renascidos” através do
batismo para uma viva esperança, uma herança celestial que ele descreve em
termos negativos (incorruptível, sem mácula, imarcescível) porque não há nada
neste mundo comparável ao esplendor do céu (1:3-4).
·
Pedro ainda destaca o privilégio especial de
seus leitores, observando a salvação que eles receberiam na revelação de Jesus
Cristo (1:5, 9).
·
A fé deles, testada pela perseguição, era mais
preciosa do que o ouro refinado pelo fogo e resultaria em louvor, glória e
honra quando Jesus retornasse (1:7).
·
Nem mesmo profetas do Velho Testamento, que
falaram das bênçãos espirituais que acompanhariam a morte de Cristo, não
gozaram a abençoada posição destes cristãos (1:10-12).
II PROBLEMAS RELACIONADOS AO SOFRIMENTO
1-A dor
·
É o que gritamos quando sentimos dor. Ninguém,
certamente, gosta desta sensação. Entretanto, a dor é extremamente benéfica:
nos alerta, imediatamente, que algo está prejudicando o nosso corpo.
·
A dor é uma linguagem: células nervosas
especializadas no sentido da dor (nociceptores), que existem aos milhares em
cada milímetro de nossa pele, transmitem estes impulsos ao nosso sistema
nervoso central (SNC) que responde tentando afastar a parte do corpo afetada do
estímulo doloroso.
·
Os gregos antigos acreditavam que a dor fosse uma emoção.
·
Hoje, embora ainda possamos chorar de dor ou
morrer de felicidade quando ela se vai, a ciência classifica a dor como uma
sensação.
·
Assim como outros
sentidos - olfato ou paladar - a dor
necessita de órgãos especiais para a detecção e informação ao SNC. Estes
receptores para a dor foram chamados de nociceptores - um trocadilho
com a palavra "nocivo".
·
A dor é um fenômeno complexo e com variantes multidimensionais
(biofisiológicas, bioquímicas, psicossociais, comportamentais e morais).
·
São inúmeras as causas que podem influenciar a existência e a
intensidade da dor no decurso do tempo, a primeira das quais é a que se
identifica como presumível resultado duma agressão ou lesão.
·
A dor é um sintoma que acompanha,
de forma transversal, a generalidade das situações patológicas que requerem
cuidados de saúde.
·
Independentemente da síndrome clínica que incorpora, a dor pode e deve
ser tratada, com perspectivas de êxito proporcionais ao entendimento que dela
temos e fazemos, à adequação e preparação científica dos serviços e
profissionais de saúde envolvidos e ao manejo judicioso de todos os recursos,
técnicos e humanos, disponíveis.
·
Dor aguda - É a dor de início recente e de duração provavelmente limitada.
Normalmente há uma definição temporal e/ou causal para a dor aguda.
2-As enfermidades
·
É verdade que Jesus “tomou sobre Si as nossas
enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si” (Isaías 53.4; Mateus 8.16-17).
·
É verdade que Ele priorizou em seu ministério a
cura de todos os tipos de doenças, pois veio para “pôr em liberdade os cativos”
(Lucas 4.18); que enviou seus discípulos “a todas as cidades e lugares aonde
Ele havia de ir”, para “curar os enfermos que nela houver” (Lucas 10.1,9).
·
Também é fato que a sua Igreja, em nome dele,
tem dado prosseguimento a esse ministério de cura (Marcos 16.17-18).
·
Uma das provas de que há muitos cristãos
enfermos é o grande número dos que vão às igrejas para serem curados.
·
Todos os
dias pastores, bispos e crentes outros oram por irmãos acometidos de diversas
doenças. Homens e mulheres, verdadeiros servos do Senhor, adoecem e morrem.
·
Qualquer cristão pode comprovar isso no meio de
sua família, ou até mesmo na sua Igreja.
·
Às vezes é o próprio pastor que é vitimado por
algum tipo de enfermidade.
·
Podemos visitar os grandes hospitais e verificar
o número de cristãos recebendo tratamento. Vejamos os exemplos de alguns
“heróis da fé”.
·
A maioria das enfermidades são frutos de
preocupações, dificuldades financeiras, perda do emprego, desprezo, raivas, invejas,
ansiedades e vários fatores psicológicos que afetam a psique humana.
III
A REAÇÃO DO CRENTE
1-Confiança em Deus
·
O salmista ficou indignado com a sugestão que lhe
deram de empreender fuga. O salmista afirmava confiar em Deus, e como aquelas
pessoas tiveram a ousadia de recomendar que ele fugisse e se escondesse da
mesma forma que fazem os pássaros?
·
As pessoas que deram a sugestão para que o
salmista fugisse apresentaram a cidade de Jerusalém (vossa montanha), como a
única alternativa de segurança.
·
Estas pessoas pensavam estrategicamente e
levaram em consideração a condição geográfica da cidade, por ser um altiplano e
cercada de vales.
·
Queriam desviar a confiança do salmista, que
estava em Deus, para uma pretensa segurança baseada nas condições geográficas
de uma montanha.
2-Alegria
·
ESTÁ FUNDAMENTADA NA ESPERANÇA. “Alegrai-vos na
esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração.” Rm 12. 12.
·
“O homem sem esperança é triste”, escrevi em
minhas anotações. Ao lermos o que espera os redimidos, é impossível não
regozijar-se.
·
“Mas, como está escrito: As coisas que o olho
não viu, e o ouvido não ouviram, e não subiram ao coração do homem são as que Deus
preparou para os que o amam.” I Co 2. 9.
·
ALEGRIA MESMO NA PERSEGUIÇÃO. “Bem-aventurados
sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal
contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso
galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de
vós.” Mt 5. 11-12.
·
O que
está posto não é sentimento de negar a dor ou desejar sofrer, mas suportar a
dor e as zombarias sem se desesperar e sem vingar-se.
·
A igreja primitiva viveu isso: “Retiraram-se,
pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de
padecer afronta pelo nome de Jesus.” At 5. 41.
3-Sujeição
·
O que é Submissão? É o ato ou efeito de subjugar,
dependência, submissão, obediências servidão.
·
Não é mera obediência externa, nem tão pouco
quando controlado. Submissão é prestar obediência inteligente a uma autoridade
delegada
exteriorizar
um espírito submisso, mesmo quando ninguém está por perto. É renunciar à
opinião própria quando se opõe à orientação daqueles que exercem autoridade
sobre nós, quando é que aprendemos o que é a submissão?
·
Quando é que nos convertemos? Quando aceitamos o
senhorio de Cristo sobre nossas vidas. Quando verdadeiramente renuncio a tudo o
que tenho, nego a mim mesmo tomo a cruz e sigo ao Senhor.
·
Sigo
submisso às direções e orientações que recebo das autoridades delegadas.
"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus",
"antes a si mesmo se esvaziou"... "a si mesmo se humilhou",
"tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (Fp 2 5-8).
·
Só existe
um caminho para a submissão, andar como Cristo andou (1Jo 2.6). Ele é o nosso
modelo. E, "embora sendo Filho (Jesus homem), aprendeu a obediência pelas
coisas que sofreu" (Hb 5.8).
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Sem submissão jamais chegaremos ao alvo. Nem
estaremos sendo cooperadores do Senhor. Se alguém é independente, rebelde, não
é membro do corpo, pois sendo membro será sempre dependente, submisso.
·
Como pode
um membro subsistir no corpo se não se submeter às ordens da cabeça? Assim
também nós não podemos subsistir no corpo de Cristo se não formos sujeitos as
autoridades delegadas.
·
Quando
uma mulher não se submete ao seu marido, ou quando um filho não obedece ao seu
pai, ou quando o empregado não acata a ordem de seu chefe, ou quando o
discípulo não se submete às autoridades, é porque estão cheios de si mesmos.
·
Quem está
cheio de Cristo está cheio de obediência. O evangelho do reino aniquila com a
independência do homem, bem como com a rebeldia: faz do homem um Ser submisso.
·
Os Frutos da Sujeição. Quando o homem vive no
princípio de submissão às autoridades delegadas por Deus, ele desfruta de
benefícios desejados por todos os homens, a saber:
1. paz,
ordem e harmonia no corpo de Cristo
2. edificação
e formação de vidas
3. unidade
e saúde na igreja
4. cobertura
e proteção espiritual.
5. Autoridades Delegadas na Igreja. A igreja de
Cristo é governada por Cristo e, não, pelo povo.
6. Não
existe democracia na igreja, porque a igreja não é do povo, é de Deus.
7.
O que
existe é a teocracia: o governo de Deus através de suas autoridades delegadas.
8.
É impossível edificar a alguém que não se
submete à autoridade. Não há nada mais frustrante do que apascentar
"cabras e bodes". Um filho espiritual obedece naturalmente.
Ev. Carlos Borges(CABB)
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