CUIDANDO DOS BENS DO
SENHOR
Mt. 6.19-21,33,34
Introdução: Como mordomos de Deus, pesa sobre nossos ombros, os
cuidados com as coisas de Deus, tanto no âmbito material como espiritual. O
verdadeiro mordomo, não age por vontade própria, mas, seguindo a orientação de
seu Senhor. Se o mordomo não for fiel ao seu Senhor, poderá correr o risco de
ser deserdado (afastado) da função, e seu lugar entregue a outro que seja mais fiel e responsável.
I RECURSOS FINANCEIROS
1-Direitos de Deus(Ag. 2.8).
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Se possuirmos prata ou ouro, devemos servir e
honrar a Deus com isto, pois pertencem a Ele.
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Se não possuímos prata nem ouro, devemos
honrá-lo com o que temos, e Ele nos aceitará.
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Devemos canalizar parte dos recursos que Deus
tem colocado em nossas mãos, para contribuir na obra de nosso Deus.
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Pois tudo pertence ao nosso Deus, inclusive
nossa vida, e, ela deve ser vivida, de modo que o nome de Jesus seja
glorificado.
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Sabemos que o sistema mundano “gira” em torno do
dinheiro (finanças), que é o “combustível” que move a máquina financeira.
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Não devemos transforma-lo em um “deus”, que nos
escraviza e nos impulsiona a desprezarmos o Deus verdadeiro. Há uma
recomendação bíblica, que diz: .... Não
podeis a servir a Deus e a Mamom (Mt.6.24).
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Inclusive o dízimo também é de Deus, Ele nos
pede o mínimo (10%), se formos fieis, poderemos desfrutar do máximo, é uma
promessa que está confirmada em Ml. 3.10.
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Na ótica de Deus, quem dá é abençoado (porque
abençoa outros), quem não dá perda a oportunidade de ser abençoado por Deus.
2-Ensinamentos de Jesus (Mt. 6.19-21).
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Juntar tesouros no céu não é consequência de dar
o dízimo, mas de todos os atos de obediência a Deus.
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Existe uma sensação de que, ao ofertar nosso
dinheiro para a obra de Deus, investe-se no céu, porém devemos procurar agradar
a Deus não só por nossa generosidade, mas também por cumprirmos os seus
propósitos em tudo o que fazemos.
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Há tesouro no céu, a nossa sabedoria é colocar
toda a diligência para assegurar nosso direito à vida eterna por meio de Jesus
Cristo.
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Os perigos das riquezas muitas vezes mencionados
no N.T., mas em nenhum texto são condenadas por si sós.
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O que Jesus condena aqui é a cobiça (desejo) e o
acumulo avarento (obsessão) por juntar dinheiro.
II ATITUDES A EVITAR
1-Ganância (Cl 3.5)
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"E disse ao povo: Acautelai-vos e
guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na
abundância das coisas que possui." (Lucas 12:15).
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Jesus nos chama à atenção para um fato que
parece não ser percebido por muitas pessoas:
·
NÃO NOS SERÁ PERMITIDO cruzar a fronteira da morte
COM NENHUM BEM MATERIAL.
·
Veremos que a ganância é uma loucura. Jesus
contou a parábola do rico insensato após alguém da multidão ter apelado para
que ele interferisse na partilha de uma herança familiar. Ao que Jesus
respondeu, energicamente: "Homem, quem me designou juiz ou árbitro
entre vocês?" (Lucas12: 14).
·
Ao falar com Jesus, o homem da multidão o chamou
de “mestre”. Isso não era um elogio: é que os mestres da época (rabinos ou
escribas) eram também procurados para resolver questões judiciais,
principalmente as que envolviam a divisão de heranças familiares.
·
A
situação desse homem podia ser a de um irmão mais novo descontente com a lei
que dava ao irmão mais velho o dobro da herança, na hora da partilha dos bens.
·
No fundo,
o que havia no coração era um perigoso e ambicioso desejo de ter mais dinheiro,
mais riqueza, mais herança.
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A Bíblia nos ensina que onde está a riqueza do
homem, ai está também seu coração (Mt. 6.21).
2-Preocupação (Mt. 6.25-34)
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Por causa dos efeitos maléficos da preocupação,
Jesus recomendou que não ficássemos ansiosos por causa das necessidades que
Deus prometeu prover.
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A preocupação pode: 1-prejudicar nossa saúde; 2-Reduzir nossa produtividade; 3-Afetar
negativamente o modo como tratamos os outros; 4-Diminuir a nossa confiança em
Deus.
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Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua
justiça, significa priorizar Deus em nossa vida, de modo que nossos pensamentos
estejam voltados para sua vontade, e nosso caráter, seja semelhante ao do Senhor,
sirvamos e obedeçamos a Deus em tudo.
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O que realmente importa para nós? Pessoas,
metas, desejos ou objetos que disputam o lugar de Deus em nossa vida.
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Se não formos firmes o suficiente e escolhermos
dar ao Senhor o PRIMEIRO lugar em cada área de nossa vida, qualquer um desses
interesses (materiais) pode ocupar rapidamente o lugar de Deus em nossos
corações.
III ATITUDES A CULTIVAR
1-Contentamento (Hb. 13.5)
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Como podemos ficar satisfeito com aquilo que
temos? Devemos nos esforçar para viver com menos, em vez de desejarmos mais,
distribua sua abundância, em vez de acumular mais, sinta prazer pelo que você
tem, em vez de ressentir-se por aquilo gostaria de ter.
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Veja o amor de Deus expresso naquilo que Ele lhe
concedeu, e lembre-se de que o dinheiro e as posses passarão (Fp 4.11).
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Tornemo-nos satisfeitos quando percebemos a
suficiência que Deus nos concedeu quanto às nossas necessidades.
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Os cristãos que se tornam materialistas estão
dizendo que Deus não pode cuidar deles ou pelo menos que ele (Deus) não cuidará
deles da maneira que desejam.
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E muito desses problemas acabam por ter efeito
negativo na parte financeira e material da nossa vida. Isso porque o ser humano
é um ser biológico, psicossocial e espiritual. Há muita somatização que
influencia nossas decisões profissionais e financeiras. Isso atrapalha a
prosperidade.
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A insegurança pode levar ao amor ao dinheiro,
quer sejam ricos ou pobres.
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O único antídoto é confiar que Deus suprirá
todas as nossas necessidades (Fp. 4.19).
2-Generosidade (1Tm. 6.17)
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Efésios era uma cidade rica, e a igreja
provavelmente tinha muitos membros abastados.
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Paulo aconselhou ao seu discípulo Timóteo a
lidar com qualquer tipo de problemas potenciais, ensinando que a posse da
riqueza acarreta uma grande responsabilidade.
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Aqueles que têm dinheiro devem ser generosos,
porém nunca arrogantes por terem muito para dar.
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Estes devem ser cautelosos, tendo o cuidado para
não depositar suas esperanças no dinheiro em vez de depositá-la no Deus vivo,
que é o único que lhe pode oferecer a verdadeira segurança.
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Ainda que não tenhamos riquezas materiais,
podemos ser ricos em obras, não importa quão pobre sejamos, temos algo para
compartilhar com alguém.
IV SABEDORIA AO ADMINISTRAR
1-Multiplicar(Jo 6.12,13)
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Há uma lição naquele alimento que sobrou, Deus
dá em abundância. Ele usa tudo quanto podemos oferecer-lhe em termos de tempo,
habilidade ou recursos e multiplica além das nossas expectativas mais elevadas.
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Quando damos o primeiro passo colocando-nos à
disposição de Deus, Ele mostra-nos quão grandemente podemos ser usado para o
avança da obra do seu Reino.
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Os judeus consideravam o pão uma dadiva de Deus,
e exigia-se que fosse recolhido cada pedacinho que caíssem no chão durante uma
refeição.
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Os fragmentos eram guardados em pequenos cestos
de vime, carregados diariamente como parte da indumentária.
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Cada um dos discípulos voltou com seu cesto
cheio (sobraram 12 cestos).
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Os discípulos acreditavam que Jesus se importava
somente com o espiritual no homem. Mas o mestre mostra que ele se importa com todos
os aspectos da vida humana.
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Ao receber a ordem de alimentar a multidão, os
discípulos respondem com descrença no pouco recurso material que possuíam.
Cinco pães e dois peixes nada representavam para uma população de mais de cinco
mil homens, sem contar as mulheres e crianças.
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Aquilo que você pensa que é pouco, que é pequeno
ou desprezível, Deus pode usar, multiplicar e te fazer prosperar.
2-Deus em primeiro lugar (Ml 3.10)
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Malaquias exortou o povo a deixar de reter seus
dízimos e parar de roubar a Deus.
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O ato de dizimar teve inicio na época de Moisés
(Lv 27.30-34). Os levitar recebia, parte do dizimo porque não podiam possuir
sua própria terra(Nm 18.20,21).
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Nos dias de Malaquias, o povo não entregava os
seus dízimos, por esta razão, os levitas tiveram que trabalhar para ter seu
sustento e negligenciava, deste modo, a responsabilidade que lhe fora dada por
Deus de cuidarem do Templo e do serviço de adoração.
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Tudo aquilo que temos pertence ao Senhor, então,
quando nos recusamos a devolver-lhe uma parte daquilo que Ele colocou em nossas
mãos, o roubamos.
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Não será de um modo egoísta desejamos reter 100%
daquilo que Deus nos dá? Ou estamos dispostos a devolver-lhe 10% para ajudar o
progresso de seu Reino?
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Deus não se Deixa escarnecer por ninguém. Com
o Senhor não se brinca, se obedece.
Ev. Carlos
Borges (CABB)
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