terça-feira, 27 de agosto de 2013

A IMORALIDADE EM CORINTO



A IMORALIDADE EM  CORINTO
I Co. 5.1-6, 9-11
Introdução: Às vezes se faz distinção entre os pecados do espírito e os pecados da carne. Jesus não fez esta distinção, porém podemos ver, por um lado, seu ensino sobre o assassinato e o adultério, e por outro seu ensino sobre a ira e a luxúria (Mt.5.21,22,27,28).
Até aqui Paulo lidou com os “pecados do espírito” – o espírito partidário, a arrogância e a fascinação pela sabedoria mundana. Agora deve tratar da questão da imoralidade sexual no meio da congregação.

I ESCÂNDALO NA IGREJA
1-O transgressor precisa ser confrontado – Paulo passa a escrever sobre um “informe” recebido, de imoralidade na igreja de Corinto e a recusa dos seus dirigentes quanto a “disciplinar o culpado” (vv.1-8). Paulo declara  que a igreja,sendo um povo santo,não deve  permitir nem tolerar a imoralidade entre seus membros. Cita três (3) razões por que a igreja deve disciplinar um membro culpado.
(1) Para o bem do culpado (v.5)- A exclusão pode despertá-lo para ver a tragédia do seu pecado e sua necessidade de perdão e restauração.
(2) Por amor à pureza da igreja (vv.6-8)- Tolerar a iniqüidade numa igreja é rebaixar paulatinamente o padrão moral de todos.
(3) Para o bem do mundo –(cf. v-1)- A igreja não poderá ganhar homens e mulheres para Cristo, se ela mesma for semelhante ao mundo (cf. Mt. 5.13).
Paulo ao referir-se á mulher do pai daquele transgressor (membro da igreja), provavelmente, quis dizer que havia um envolvimento sexual deste com sua madrasta.
(a) – Paulo ficou pasmado e horrorizado, porque a igreja estava tolerando semelhante imoralidade em seu meio. Ele disse que isso é ainda mais grave do que a própria transgressão do indivíduo.
(b) – A permissividade dos coríntios é semelhante à de muitas igrejas da atualidade que tolera e silenciam sobre a imoralidade entre seus membros, inclusive o adultério e todas as formas de fornicação (Ter relações sexuais com; cúpula). As intimidades pré-conjugais, especialmente entre a juventude da igreja, não somente são toleradas, mas às vezes, até mesmo justificadas, alegando-se amor e compromisso mútuo. Poucos dirigentes de igreja falam abertamente, em nome de Cristo, da prática do namoro imoral entre a juventude.
Como faziam os líderes da igreja de Corinto, os tais não lamentavam o fato da corrupção do povo de Deus, que se tornava cada vez mais semelhante à sociedade à sua volta. Esses dirigentes, na sua autocomplacência, permitem o pecado alegavam, “VIVEMOS EM TEMPOS MODERNOS, E NÃO DEVEMOS SER VISTO COMO JUÍZES”

2-Lançar fora o fermento velho (vv.6-8)- Na Bíblia “fermento” (isto é, - levedura) é símbolo do erro que permeia o povo e corrompe a verdade, a retidão e a vida espiritual (Gl. 5.7-9). Paulo,neste versículo, compara o fermento ao processo (fermentação) pelo qual o pecado e a iniqüidade paulatinamente se propagam numa comunidade cristã, corrompendo assim a muitos. Qualquer igreja que não tomar medidas severas contra a imoralidade sexual entre seus membros descobrirá que a influência maligna desse mal se alastrará pela congregação e contaminará a muitos. O pecado deve ser  rigorosamente  removido, doutra forma, no decurso do tempo, a totalidade da comunidade cristã se  corromperá e o Espírito Santo não terá lugar nesta igreja.
Agora os coríntios são ordenados a “limparem-se ” do fermento velho para que sejam uma “nova massa” (I Co. 5.7). Em geral é dito que uma vez que uma pessoa é um filho de Deus, deve-se  comportar como tal, para quem as coisas velhas(velho fermento) já passaram, eis que tudo se fez novo (nova massa-2Co.5.17). Paulo diz  que Cristo nossa páscoa, foi sacrificado por nós, além disso, Cristo cumpriu tudo o que a Páscoa original pressagiou, inclusive  a purificação do pecado e a libertação da morte e da escravidão. Por essa razão, a igreja é exortada a continuar celebrando a Festa, não dever ser celebrada com fermento velho (malícia e maldade),mas com pão sem fermento (sinceridade e verdade), e a pureza.

3-Aplicação da disciplina na igreja (vv.9-11)- Paulo se referiu a uma carta que havia enviado à igreja coríntia, freqüentemente chamada de “a carta perdida”, porque não foi preservada. Parece que os coríntios não entenderam algo que Paulo havia escrito nesta carta, sobre o assunto de não  associar-se a pessoas sexualmente imorais. O apóstolo se referiu claramente aos membros imorais da comunidade cristã, e não às pessoas imorais “deste mundo”.
Paulo deixa claro que não devemos nos separar completamente dos incrédulos, caso contrário não poderia obedecer à ordem de Cristo de falar-lhes a respeito da salvação (Mt. 28.18-20), mas devemos nos afastar da pessoa que reivindica ser cristã, sendo, porém indulgente em relação aos pecados explicitamente proibidos nas Escrituras, procurando justificar suas ações ímpias. Uma pessoa que tolera o pecado, magoa  as outras por quem  Cristo morreu e obscurece a imagem de Deus em si mesma. Uma igreja que incluir esse tipo de pessoa dificilmente será a luz do mundo. O retrato de Cristo que esta apresenta para o mundo seria distorcido. Os líderes da igreja devem estar prontos para corrigir esses erros em amor, visando à unidade espiritual.                                                

II A AÇÃO PASTORAL DISCIPLINAR  NA IGREJA-
1 – A ação pastoral e eclesiástica sobre o pecado- Paulo não estava presente, porém mesmo a distância aplica a disciplina, juntamente com a igreja, isso significa, a igreja remove a pessoa imoral da sua comunhão e entregá-la ao domínio de Satanás, expondo-a as influências destrutivas do pecado demoníacas (vv.7.13).
(a) tal disciplina tem dois propósitos:
·         Que o culpado, ao experimentar problemas e sofrimentos físicos, arrependa-se e seja finalmente salvo (Lc. 15.11-24)
·         Que a igreja livre-se do “fermento velho” (influências pecaminosas), para assim tornar-se o pão novo “(da sinceridade e da verdade)
(b) A mesma ação pode ser adotada pela igreja hoje, ao procurar salvar a quem abandonou a vida cristã e voltou ao mundo (cf. I Tm 1.20).

2- O fermento do erro (v.6)- Quando os hebreus se preparavam para o êxodo da escravidão no Egito, foi-lhes ordenado que preparassem o pão sem “fermento” porque não tinham tempo para esperar que ele crescesse. E como fermento é um símbolo do pecado, foi ordenado-lhes que o eliminassem de suas casas(Ex.12.15;13.7).Uma vez que Cristo é o nosso cordeiro pascoal, Ele nos libertou da escravidão do pecado, não devemos  nos relacionar com os  pecados do passado(fermento velho). A porta que leva à vida eterna é reconhecida como “estreita”. Isto não significa que é difícil tornar-se um cristão, mas que há um único Caminho que conduz à vida eterna com Deus, e que poucos decidem andar por Ele. O único modo de chegar ao céu é crer em Jesus Cristo, porque apenas Ele morreu por nossos pecados e justificou-nos diante de Deus. Seguir os passos de Cristo pode não dar popularidade, mas é a atitude verdadeira e correta.

3-Motivação para uma vida santa (Cl. 2.16,17)-Paulo disse aos cristãos colossenses para não deixarem que outros criticassem sua dieta ou suas cerimônias religiosas. Em vez de observâncias exterior, os crentes  deveriam enfocar apenas a fé em Jesus Cristo. Nossa adoração, tradições e cerimônias podem ajudar a nos aproximar de Deus, mas nunca demos criticar companheiros cristãos cujas tradições e cerimônias diferem da nossa. As leis, os dias santos e as festas do AT apontam para  Cristo. Paulo os chama de “sombras” da realidade que estava por vir – o Próprio Cristo. Quando Cristo veio, dispersou as sombras.  Se temos a Cristo, temos o necessário para conhecer e agradar a Deus.

III RELACIONAMENTO DO CRENTE
1-O relacionamento com os descrentes (v.10)- Os homens deste mundo são descritos como devassos (aquele que é libertino, dissoluto, licencioso), avarentos, roubadores e idólatras. É impossível que os cristãos se separem completamente de tais pessoas, e isto também não é desejável, já devemos se associar a eles ( sem nos contaminarmos) afim de proclamar o Evangelho. Como Jesus, cada cristão dever ser “amigo de publicanos e pecadores”(Mt.11.19). O cristão não deve se retirar do mundo, mas da companhia de cristãos impenitentes(que não demonstra arrependimento e continua no erro), culpados de tais pecados públicos, todas as tentativas devem ser feitas para a restauração do crente que caiu em pecado, mas quando houver resistência a tais tentativas, a exclusão da comunidade será o curso correto da ação.

 2-O relacionamento com o crente vivendo em pecado - Alguns crentes em corinto se colocaram acima das restrições morais. Eles “se posicionaram” espiritualmente; eram arrogantes; sentiam-se livres para fazer com seus corpos o que lhes agradasse, porque pensavam que estivessem vivendo no reino do Espírito. Se existisse uma influência gnóstica  primitiva por trás de declarações como esta, seria na idéia de que pessoas verdadeiramente espirituais podem, com impunidade, fazer o que desejam com seus  corpos, já que o corpo sendo material, é inerentemente mal, de qualquer modo.

3-A disciplina sofrida pelo infrator- A conclusão inevitável é que uma pessoa na comunidade cristã, cujo estilo de vida seja “devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador, tem cassado o seu direito de ser chamado irmão; sua conduta trai sua profissão de fé.
Quão terríveis são os efeitos do pecado! O Diabo reina onde Cristo não reina. O homem está sob o poder de Satanás quando não está em Cristo.

Créditos:
Lições Bíblicas nº 5 de Jovens e Adultos 2º trimestre
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Matthew Henry
Bíblia de Estudo NVI

Ev. Carlos Borges(CABB)

Um comentário:

  1. Muito bom e proveitoso. Estou levando este assunto a nossa juventude, pois estamos estudando sobre a Igreja de Coríntios. Obrigada por compartilhar. A Paz do Senhor!

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