A IMORALIDADE EM CORINTO
I Co. 5.1-6, 9-11
Introdução: Às
vezes se faz distinção entre os pecados do espírito e os pecados da carne. Jesus
não fez esta distinção, porém podemos ver, por um lado, seu ensino sobre o
assassinato e o adultério, e por outro seu ensino sobre a ira e a luxúria (Mt.5.21,22,27,28).
Até aqui Paulo
lidou com os “pecados do espírito” – o espírito partidário, a arrogância e a
fascinação pela sabedoria mundana. Agora deve tratar da questão da imoralidade
sexual no meio da congregação.
I ESCÂNDALO NA IGREJA
1-O transgressor
precisa ser confrontado – Paulo
passa a escrever sobre um “informe”
recebido, de imoralidade na igreja de Corinto e a recusa dos seus dirigentes quanto a “disciplinar o
culpado” (vv.1-8). Paulo declara que a igreja,sendo
um povo santo,não deve permitir nem
tolerar a imoralidade entre seus
membros. Cita três (3) razões por que a igreja deve disciplinar um membro culpado.
(1) Para o bem
do culpado (v.5)-
A exclusão pode despertá-lo para ver a tragédia
do seu pecado e sua necessidade de perdão
e restauração.
(2) Por amor à
pureza da igreja (vv.6-8)-
Tolerar a iniqüidade numa igreja é rebaixar
paulatinamente o padrão moral de todos.
(3) Para o bem
do mundo –(cf. v-1)-
A igreja não poderá ganhar homens e mulheres para Cristo, se ela mesma for
semelhante ao mundo (cf. Mt. 5.13).
Paulo
ao referir-se á mulher do pai daquele transgressor (membro da igreja),
provavelmente, quis dizer que havia um envolvimento sexual deste com sua madrasta.
(a)
– Paulo ficou pasmado e horrorizado, porque a igreja estava tolerando semelhante imoralidade em seu
meio. Ele disse que isso é ainda mais grave do que a própria transgressão do
indivíduo.
(b)
– A permissividade dos coríntios é semelhante à de muitas igrejas da atualidade que tolera e silenciam sobre
a imoralidade entre seus membros,
inclusive o adultério e todas as formas de fornicação (Ter relações sexuais
com; cúpula). As intimidades pré-conjugais, especialmente entre a juventude da
igreja, não somente são toleradas, mas às vezes, até mesmo justificadas,
alegando-se amor e compromisso mútuo. Poucos dirigentes de igreja falam
abertamente, em nome de Cristo, da prática do namoro imoral entre a juventude.
Como
faziam os líderes da igreja de Corinto, os tais não lamentavam o fato da
corrupção do povo de Deus, que se tornava cada vez mais semelhante à sociedade
à sua volta. Esses dirigentes, na sua autocomplacência, permitem o pecado alegavam,
“VIVEMOS EM TEMPOS MODERNOS, E NÃO DEVEMOS SER VISTO COMO JUÍZES”
2-Lançar fora o
fermento velho (vv.6-8)- Na
Bíblia “fermento” (isto é, - levedura) é símbolo do erro que permeia o povo e
corrompe a verdade, a retidão e a
vida espiritual (Gl. 5.7-9). Paulo,neste
versículo, compara o fermento ao processo (fermentação) pelo qual o pecado e a
iniqüidade paulatinamente se propagam numa comunidade cristã, corrompendo assim
a muitos. Qualquer igreja que não tomar medidas severas contra a imoralidade sexual
entre seus membros descobrirá que a influência maligna desse mal se alastrará
pela congregação e contaminará a muitos. O pecado deve ser rigorosamente removido, doutra forma, no
decurso do tempo, a totalidade da comunidade cristã se corromperá e o Espírito Santo não terá lugar
nesta igreja.
Agora
os coríntios são ordenados a “limparem-se ” do fermento velho para que sejam
uma “nova massa” (I Co. 5.7). Em geral é dito que uma vez que uma pessoa é um
filho de Deus, deve-se comportar como
tal, para quem as coisas velhas(velho fermento) já passaram, eis que tudo se
fez novo (nova massa-2Co.5.17). Paulo diz
que Cristo nossa páscoa, foi sacrificado por nós, além disso, Cristo
cumpriu tudo o que a Páscoa original pressagiou, inclusive a purificação do pecado e a libertação da
morte e da escravidão. Por essa razão, a igreja é exortada a continuar
celebrando a Festa, não dever ser celebrada com fermento velho (malícia e
maldade),mas com pão sem fermento (sinceridade e verdade), e a pureza.
3-Aplicação da
disciplina na igreja (vv.9-11)-
Paulo se referiu a uma carta que havia enviado à igreja coríntia,
freqüentemente chamada de “a carta perdida”, porque não foi preservada. Parece
que os coríntios não entenderam algo que Paulo havia escrito nesta carta, sobre
o assunto de não associar-se a pessoas
sexualmente imorais. O apóstolo se referiu claramente aos membros imorais da
comunidade cristã, e não às pessoas imorais “deste mundo”.
Paulo
deixa claro que não devemos nos separar completamente dos incrédulos, caso
contrário não poderia obedecer à ordem de Cristo de falar-lhes a respeito da salvação
(Mt. 28.18-20), mas devemos nos afastar da pessoa que reivindica ser cristã,
sendo, porém indulgente em relação aos pecados explicitamente proibidos nas
Escrituras, procurando justificar suas ações ímpias. Uma pessoa que tolera o
pecado, magoa as outras por quem Cristo morreu e obscurece a imagem de Deus em
si mesma. Uma igreja que incluir esse tipo de pessoa dificilmente será a luz do mundo. O retrato de Cristo que
esta apresenta para o mundo seria distorcido. Os líderes da igreja devem estar
prontos para corrigir esses erros em amor, visando à unidade espiritual.
II
A AÇÃO PASTORAL DISCIPLINAR NA IGREJA-
1 – A ação
pastoral e eclesiástica sobre o pecado- Paulo não estava presente, porém
mesmo a distância aplica a disciplina, juntamente com a igreja, isso significa,
a igreja remove a pessoa imoral da sua comunhão e entregá-la ao domínio de
Satanás, expondo-a as influências destrutivas do pecado demoníacas (vv.7.13).
(a)
tal disciplina tem dois propósitos:
·
Que
o culpado, ao experimentar problemas e sofrimentos físicos, arrependa-se e seja
finalmente salvo (Lc. 15.11-24)
·
Que
a igreja livre-se do “fermento velho” (influências pecaminosas), para assim
tornar-se o pão novo “(da sinceridade e da verdade)
(b) A mesma ação pode ser adotada
pela igreja hoje, ao procurar salvar a quem abandonou a vida cristã e voltou ao
mundo (cf. I Tm 1.20).
2-
O fermento do erro (v.6)-
Quando os hebreus se preparavam para o êxodo da escravidão no Egito, foi-lhes
ordenado que preparassem o pão sem “fermento”
porque não tinham tempo para esperar que ele crescesse. E como fermento é um
símbolo do pecado, foi ordenado-lhes que o eliminassem de suas
casas(Ex.12.15;13.7).Uma vez que Cristo é o nosso cordeiro pascoal, Ele nos
libertou da escravidão do pecado, não devemos
nos relacionar com os pecados do passado(fermento velho). A
porta que leva à vida eterna é reconhecida como “estreita”. Isto não significa
que é difícil tornar-se um cristão, mas que há um único Caminho que conduz à vida
eterna com Deus, e que poucos decidem andar por Ele. O único modo de chegar ao
céu é crer em Jesus Cristo, porque apenas Ele morreu por nossos pecados e
justificou-nos diante de Deus. Seguir os passos de Cristo pode não dar
popularidade, mas é a atitude verdadeira e correta.
3-Motivação
para uma vida santa (Cl. 2.16,17)-Paulo
disse aos cristãos colossenses para não deixarem que outros criticassem sua
dieta ou suas cerimônias religiosas. Em vez de observâncias exterior, os
crentes deveriam enfocar apenas a fé em
Jesus Cristo. Nossa adoração, tradições e cerimônias podem ajudar a nos aproximar
de Deus, mas nunca demos criticar companheiros cristãos cujas tradições e cerimônias
diferem da nossa. As leis, os dias santos e as festas do AT apontam para Cristo. Paulo os chama de “sombras” da
realidade que estava por vir – o Próprio Cristo. Quando Cristo veio, dispersou
as sombras. Se temos a Cristo, temos o
necessário para conhecer e agradar a Deus.
III RELACIONAMENTO DO CRENTE
1-O
relacionamento com os descrentes (v.10)- Os homens deste mundo são descritos como devassos (aquele que é libertino, dissoluto,
licencioso), avarentos, roubadores e idólatras. É impossível que os cristãos se separem completamente de tais
pessoas, e isto também não é desejável, já devemos se associar a eles ( sem nos
contaminarmos) afim de proclamar o Evangelho. Como Jesus, cada cristão dever
ser “amigo de publicanos e pecadores”(Mt.11.19). O cristão não deve se retirar
do mundo, mas da companhia de cristãos impenitentes(que
não demonstra arrependimento e continua no erro), culpados de tais pecados
públicos, todas as tentativas devem ser feitas para a restauração do crente que
caiu em pecado, mas quando houver resistência a tais tentativas, a exclusão da
comunidade será o curso correto da ação.
2-O
relacionamento com o crente vivendo em pecado - Alguns crentes em corinto
se colocaram acima das restrições morais. Eles “se posicionaram”
espiritualmente; eram arrogantes; sentiam-se livres para fazer com seus corpos
o que lhes agradasse, porque pensavam que estivessem vivendo no reino do Espírito.
Se existisse uma influência gnóstica primitiva por trás de declarações como esta,
seria na idéia de que pessoas verdadeiramente espirituais podem, com
impunidade, fazer o que desejam com seus
corpos, já que o corpo sendo material, é inerentemente mal, de qualquer
modo.
3-A
disciplina sofrida pelo infrator- A conclusão inevitável é que uma
pessoa na comunidade cristã, cujo estilo de vida seja “devasso, ou avarento, ou
idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador, tem cassado o seu direito de
ser chamado irmão; sua conduta trai sua profissão de fé.
Quão terríveis são os efeitos do
pecado! O Diabo reina onde Cristo não reina. O homem está sob o poder de
Satanás quando não está em Cristo.
Créditos:
Lições Bíblicas nº 5 de Jovens e
Adultos 2º trimestre
Comentário Bíblico Pentecostal
Novo Testamento
Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal
Bíblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Matthew Henry
Bíblia de Estudo NVI
Ev. Carlos Borges(CABB)
Ev. Carlos Borges(CABB)
Muito bom e proveitoso. Estou levando este assunto a nossa juventude, pois estamos estudando sobre a Igreja de Coríntios. Obrigada por compartilhar. A Paz do Senhor!
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