A REALIDADE DO PECADO
E DA SALVAÇÃO
Quando estudamos os
fundamentos da Fé Cristã, vemos que uma verdade essencial do Cristianismo é a
realidade do pecado e os seus efeitos na humanidade. A Bíblia Sagrada, como um
todo, descreve a ação de Deus na história desfazendo o mal provocado pela
desobediência do homem.
Pecado é uma palavra que
significa “errar o alvo”. No sentido teológico, trata-se da transgressão à Lei
de Deus. A partir dos primeiros capítulos de Gênesis, vemos que Deus constituiu
um casal no Éden, dando-lhe o privilégio da comunhão diária com o Criador. No
entanto, havia uma ordem explícita concernente ao fruto do conhecimento do bem
e mal. Deus tinha enfatizado claramente que o ato de comer o referido fruto
implicaria DESOBDIÊNCIA e, consequentemente, o casal sofreria por isso. Sabemos,
com base no texto bíblico, que Adão e Eva optaram pela transgressão. Assim, por
serem os primeiros habitantes da terra, o ato de PECAR afetou a raça humana.
Conceito de Pecado em Diferentes Confissões e Correntes Filosóficas.
A ideia de pecado está
presente em outras religiões do mundo, embora o Cristianismo tenha a real
compreensão do assunto, pois representa o Deus dos céus e da terra, o qual foi
o único ofendido com o pecado do ser humano. O fato de outras confissões e
correntes filosóficas (Ciência Cristã; Espiritismo;
Ateísmo; Teologia da Libertação e Humanismo) terem um conceito de pecado
não significa que é verdadeiro.
A Negação do Pecado no Iluminismo
Historicamente, a maior
investida contra a mentalidade cristã de pecado, como ofensa contra Deus,
aconteceu no Iluminismo. Na mentalidade dos adeptos das correntes modernistas
tanto da teologia quanto das ciências humanas, o pecado original, tal qual
ensinado nas Escrituras, não existe. Segundo os filósofos racionalistas, a
depravação do homem se dá pelas influências externas.
A negação da realidade espiritual
do pecado no Iluminismo racionalista trouxe danos terríveis à sociedade. A
afirmação da bondade inerente ao ser humano por parte dos filósofos, que
acreditam num progresso iminente, resultou em revoluções e atrocidades. Segundo
Colson e Pearcy (2005), dentre as consequências percebidas está o surgimento de
diversos movimentos ditatórios racistas que mancharam a história com
verdadeiros genocídios.
O Pecado Original por Lúcifer
O pecado não surgiu pela
primeira vez na terra, mas no céu, na presença imediata de Deus, junto ao Seu
Trono. A Escritura nos ensina que a queda dos anjos precedeu a queda do homem.
O pensamento, o desejo, a vontade de resistir a Deus surgiu primeiramente no
coração dos anjos. É provável que o ORGULHO tenha sido o primeiro pecado e o
princípio da queda dos anjos.
Em 1 Timóteo 3.6, Paulo exorta
a igreja anão escolher como bispo alguém que tenha sido convertido há pouco
tempo, para que ele não sinta orgulho e caia na condenação do diabo (caluniador). Se esse julgamento ou essa condenação do diabo
significa o pecado no qual ele caiu depois de se exaltar contra Deus, então nós
temos aqui um indício do fato de que o pecado do diabo começou com a autoexaltação
e orgulho.
Além disso, o homem não
transgrediu a Lei de Deus exclusivamente por si mesmo, mas foi movido por algo
fora de si mesmo. A mulher, enganada e tentada pela serpente, cometeu a transgressão
(2 Co 11.3; 1 Tm 2.14).
A Tentação
de Adão e Eva
Certamente nós não devemos imaginar
que essa serpente seja uma representação simbólica, mas uma serpente real, pois
somos informados que a serpente era mais sagaz do que todos os animais do campo
que o Senhor Deus tinha feito (criado- Gn. 3.1). A revelação posterior nos dá a
entender que uma força demoníaca fez uso da serpente para encantar o homem e
fazer que ele se desviasse do caminho do Senhor. Em vários pontos do Antigo
Testamento nós lemos que Satanás (adversário)
é o acusador e o tentador do homem (1 Cr. 21.1.1; Jó 1.9-11; Zc 3.1).
Plano que Satanás elaborou
para fazer o homem pecar foi sutil. O mandamento que Deus tinha dado é
representado como um fardo arbitrariamente colocado sobre o homem, como uma
limitação da liberdade humana. Dessa forma, Satanás lança na alma de Eva a
dúvida sobre a justiça desse mandamento e sobre a sua origem divina. Depois a
dúvida se desenvolve em incredulidade por meio do pensamento de que Deus deu
esse mandamento para impedir que o homem se tornasse como Ele, conhecedor do
bem e do mal.
Essa incredulidade é colocada
a serviço da imaginação e faz com que a transgressão pareça ser não um caminho
para a morte, mas um caminho para a vida, para a igualdade com Deus. A
imaginação, dessa forma, faz sua obra na inclinação e no esforço do homem, e a
árvore proibida passar a ter outra aparência. Ela se torna agradável aos olhos
e desejável ao coração. O desejo, sendo concebido dessa forma, expulsa a
vontade e carrega consigo o ato pecaminoso. Eva toma o fruto e come, e o dá também
ao seu marido, e ele também come (Gn. 3.1-6).
Compilado do livro "EVIDÊNCIA CRISTÃ" Doris Lemos(IBAD).
Ev. Carlos Borges(CABB)
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