segunda-feira, 23 de junho de 2014

AS QUATRO EPISTOLAS DE PAULO



Filipenses, Colossenses, 1ª e 2ª Tessalonicenses.
Cl 2.13-17
Introdução: O ponto de vista tradicional é que Filipenses, juntamente com as outras epístolas da prisão (Efésios, Colossenses e Filemom), foi escrita durante a primeira prisão de Paulo em Roma (60-62 a.C).
A epístola aos Filipenses é uma inspiradora expressão dos sentimentos e ambições pessoas de Paulo. Ela mostra-nos os valores e os ideais que formavam  a base do seu ministério.Essa carta evidencia a íntima relação entre Paulo e os crentes aos quais ele se dirige.Eles haviam sido  leais desde o princípio.

I FILIPENSES, O TESTEMUNHO DE PAULO.
1-Generalidade
·         Paulo não escreve aos seus amigos em Filipos de sua posição como apóstolo, mas sim de sua posição ao lado deles, em jugo como eles no serviço ao Senhor.
·         Suas palavras são para todos  os santos em Cristo Jesus em Filipos -- frisando a importância de eles serem unidos na recepção da mensagem que ele está enviando-- mas com ênfase especial nos bispos e diáconos da congregação, cujo trabalho é de ajudar em manter os irmãos unidos e constantes no serviço do Senhor.
·         Paulo não perdeu nenhuma oportunidade para pregar Cristo; mesmo na cadeia, ele estava pregando aos perdidos.
·         Outros, também, estavam pregando. Alguns ficaram animados pelo exemplo de Paulo na prisão e se esforçaram para pregar mais fora da prisão.
·          Outros, talvez egoístas em querer mostrar que o apóstolo não era o único capaz de ganhar almas, estavam pregando zelosamente.
·         Paulo não demonstrou o mesmo caráter daqueles com atitudes erradas. Ele não sentiu inveja deles como eles esperavam.
·         Antes, ele louvou ao Senhor porque Cristo estava sendo pregado.
·          O poder da salvação está na palavra (veja Romanos 1:16); aqueles que procuram a salvação vão ouvir a palavra da verdade e a seguir, ao invés de seguir os homens que a ensinam.
·         Paulo conhece apenas duas opções: viver como Cristo viveu, ou morrer como Cristo morreu (1:21).
·         Essa é a chave para entender a atitude de Paulo. Porque ele vive como Cristo viveu, ele não se envergonha de estar preso.
·          Sabe que será provado justo no dia do Senhor, assim como Cristo foi provado justo pela ressurreição.
·         Uma vez que ele vive como Cristo, sabe que a morte será para ganhar a recompensa eterna com o Pai.
·          Portanto, o desejo sincero de Paulo é que Cristo seja magnificado no seu corpo, e que sua vida encoraje os irmãos em Filipos.
·         Ele preferiria morrer agora para estar com Cristo. Mas, se a decisão fosse dele, ele escolheria ficar para trás para continuar servindo, ainda na carne, aos seus irmãos, para o bem maior deles e não para o próprio bem dele.

Esboço de Filipenses
1.      A exortação de Paulo - Fp. 1.1 a 2.18
2.      Os planos de Paulo – Fp. 2.19-30
3.      Prosseguindo para o Alvo – Fp. 3.1 a 41
4.      Agradecimento – Fp 4.2-23
II COLOSSENSES, A SUPREMACIA DE CRISTO.
1-Generalidade
·         Deus fez os cristãos idôneos, ou seja, Deus já os criou com capacidade plena para serem participantes da herança dos santos.
·          Quando os cristãos creram na mensagem do evangelho, eles receberam poder para serem feitos filhos de Deus (Jo 1:12), e quando foram criados, foram criados em verdadeira justiça e santidade (Ef 4:24).
·          Desta maneira Deus fez (criou) um novo homem (os cristãos) em Cristo.
·          As novas criaturas (os cristãos) vieram à existência com direito pleno à herança guardada nos céus, não necessitando estar debaixo de tutores ou curadores como era próprio a lei (Gl 4:1 -2).
·         O apóstolo preocupava-se com a mensagem que os cristãos estavam retransmitindo.
·         Além de serem cuidadosos em retransmitir a verdade do evangelho, eles deviam atentar para a sociedade onde estavam inseridos.
·          À época de Paulo a sociedade era composta por vários povos, culturas e etnias, e, portanto, a preocupação com a mensagem a ser retransmitida devia ser redobrada.  .
·         O apóstolo Paulo preocupa-se em recomendar que a união em Cristo refletisse mudanças nas relações sociais dos cristãos.
·         Vós, senhores, fazei o que for de justiça e equidade a vossos servos, sabendo que também tendes um Senhor nos céus. Col.4.1
·         A base utilizada por Paulo para exortar os senhores é a mesma utilizada para exortar os servos.
·         Os senhores deveriam ter em mente que tinham um Senhor nos céus e o servos deviam servir aos senhores temendo a Deus.
·         Paulo não busca mudar a ordem socioeconômica da sua época, antes exorta de maneira que as relações humanas da época fossem reguladas com justiça  e equidade.
·         Para nós, hoje, é inconcebível a ideia de uma sociedade escravocrata. Muitos questionam por que o apóstolo Paulo não se empenhou em fazer uma revolução social. Porém, estes esquecem que o discípulo não pode ser maior que o mestre. Basta ao discípulo ser igual ao mestre "Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor" (Mt 10:24 ).
4-Esboço de Colossenses
1.      Supremacia na criação – Cl 1.1 a 2.3
2.      Supremacia da religião –Cl 2.4-23
3.      Supremacia na vida cristã –Cl 3.1 a 4.18

III 1ª E 2ª TESSALONICENSES, ESPERANÇA DA VINDA DE CRISTO.
1-Generalidade
1Tessalonicenses 1:1-10-Cristãos Exemplares
·         Quando Paulo chegou a Tessalônica durante sua segunda viagem missionária, alguns foram convertidos pela pregação do evangelho.
·          Outros principalmente judeus invejosos rebelaram-se violentamente contra Paulo e os outros pregadores, querendo levá-los à força para o meio do povo para serem julgados como criminosos (veja Atos 17:1-5).
2-Contexto Histórico
·         Ao lembrar-se desta igreja, Paulo dava sempre graças a Deus pela fé ativa, amor sacrificial, e esperança firme dela (1:1-3).
·         Paulo e os outros davam graças a Deus porque os que haviam se convertido se tornaram irmãos verdadeiros, na mesma família amada de Deus, e eleitos juntos porquanto obedeceram ao mesmo evangelho (1:4-5).
·         Modelo para os crentes (1:6-10). Os irmãos tessalonicenses seguiram o exemplo dos evangelistas e do próprio Cristo, obedecendo à palavra e aprendendo o viver do servo de Deus (veja Mateus 28:18-20).
·         Assim, eles mesmos se tornaram exemplos para outros ao redor (1:6-7).
·         Observemos o exemplo perfeito destes irmãos: "A operosidade da [sua] fé" (1:3, 8): a fé deles era ativa - se dedicavam em divulgar a palavra do Senhor. Fé verdadeira levará o servo de Deus a ensinar o evangelho por palavra e, por exemplo, (veja Colossenses 3:16-17; Atos 4:12-20; 1 Pedro 4:11).
·         "A abnegação do [seu] amor" (1:3, 9): o amor deles para com Deus se manifestou visivelmente em suas vidas. Eles deixaram de servir ídolos, se converteram a Deus e serviram a Deus. O amor de Deus exige que deixemos a velha vida e mudemos para servir a ele de acordo com a sua vontade e não a nossa (veja Marcos 8:34).
·         "A firmeza da [sua] esperança" (1:3, 10): os tessalonicenses ficaram firmes mesmo no meio de tribulações porque sua esperança estava em Cristo, no céu, e não aqui na terra.
·          Muitos perdem a esperança em tribulação porque esperam por dinheiro ou saúde ou coisas desta vida. Mas estes esperavam o galardão verdadeiro do céu - a salvação.
·         Mesmo com esta tribulação a igreja floresceu. Alguns meses depois de sua saída de lá, Paulo escreveu para encorajá-los a continuarem firmes no Senhor com a mesma convicção do início.
·         Ao lembrar-se desta igreja, Paulo dava sempre graças a Deus pela fé ativa, amor sacrificial, e esperança firme dela (1:1-3).
3-Conteúdo
·         2 Tessalonicenses 1:1-12 Cumpre-nos Dar Graças a Deus Provavelmente apenas alguns meses depois de enviar sua primeira carta, Paulo, ainda junto com Silvano e Timóteo, escreve mais uma vez à igreja dos tessalonicenses (1:1-2).
·         Dando graças pelo crescimento deles (1:3-5). Na primeira carta Paulo e seus companheiros oraram pelo crescimento da fé e do amor dos tessalonicenses (1 Tessalonicenses 3:11-13).
·         Portanto, ao começar a segunda carta, agradecem a Deus pela maneira que ele já estava respondendo a estas orações nas vidas dos irmãos (1:3).
·         Paulo disse que tanto as provações quanto a confiança destes irmãos eram provas de que Deus é justo e que os estava preparando para o seu reino (1:5).
·          De fato, enquanto muitos evitam a todo custo o passar por tribulações, a Bíblia ensina que elas são úteis, e que fazem parte do crescimento espiritual (veja Tiago 1:2-4).
·         Dando graças pelo reto juízo de Deus (1:6-10). Muitos se desesperam ao ver pessoas que não buscam a Deus se dando bem nesta vida enquanto as que o buscam em verdade sofrem (veja Salmo 73:2-13).
·         Porém, Deus a tudo vê e a justiça dele é verdadeira (veja Hebreus 4:12-13). Paulo consola os irmãos com a lembrança de que a justiça de Deus trará alívio para eles e tribulações para aqueles que agora os perseguem "quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder", ou seja, no dia de julgamento (1:6-7).
·          Neste dia Deus há de tomar "vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho do nosso Senhor Jesus" (1:8).
·         Ele é justo em assim fazer, porque todos foram criados para buscá-lo, e porque ele enviou seu Filho para chamá-los por meio do evangelho (veja Atos 17:24-31; 2 Tessalonicenses 2:13-14).
·          No julgamento Deus fará clara distinção entre os justos e os injustos, expulsando os rebeldes da sua presença eternamente e sendo glorificado na obediência e na fé dos santos (1:9-10).
4-Esboço de Tessalonicenses
1ª TS.
1.      Revisão do Ministério de Paulo -1 Ts. 1.1 a 2.16
2.      Desejo de Paulo visitar os Tessalonicenses -1 Ts. 2.17 a 3.5
3.      Relatório de Timóteo – 1Ts. 3.6-13
4.      A vida cristã e a volta de Jesus – 1Ts. 4 e 5
             2ª Ts
1.      O dia do Senhor e a apostasia – 2 Ts. 1.1 a 2.1-2
2.      Exortações finais e bênçãos – 2 Ts. 2 e 3

Pr. Carlos Borges(CABB)

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