Mudança da Lei e a Lei da Graça
Em Romanos 3:31, nos
diz: “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes
estabelecemos a Lei”. Baseados nesse texto nos é afirmado pelos
Adventistas que a Lei não foi abolida e que “Lei” se refere ao
Decálogo (Os dez mandamentos Êx. 20). Pois bem, seguindo esse suposto
raciocínio (pois o texto acima precisa ser analisado no seu contexto),
leiamos:
“Porque,
mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da
Lei”(Hb.7:12).
Nesse capítulo sete
de Hebreus trata-se da mudança de sacerdócio, ou seja, do arônico para o de
Melquisedeque: “segundo a ordem de Melquisedeque”, então vemos que, de
acordo com os Adventistas, que afirmaram que em Rm.3:31 a lei é o decálogo,
então o é aqui também, pois pode até ser o mesmo Paulo que esteja falando.
Sendo assim toda a Lei, inclusive o decálogo foi mudado. Vejamos em II Cor.
3:14: “Mas os seus sentidos foram endurecidos. Porque até hoje o mesmo véu
está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido
(Abolir significa: “Revogar, anular, extinguir, suprimir”). Então surge a
pergunta: Ficamos sem Lei? Podemos fazer o que quisermos? A resposta é:
Negativo, não ficamos sem Lei, mas recebemos junto com o novo pacto uma lei
mais tremenda e superior (Hb.8:6) do que algum Adventista jamais sonhou.
Leiamos em Romanos capítulo 8:2
“Porque
a Lei do espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da Lei do pecado e da
morte”. Romanos 8.2
Aleluia! A nossa nova
Lei é a do Espírito de Vida, pois que anda no Espírito não entra em
condenação (Rm.8:1), estamos na Graça – na Dispensação do Espírito Santo,
leiamos: “Como não será de maior glória o ministério do Espírito”(IICor.3:8).
Lá em romanos nos fala de uma lei, a do pecado e da morte (Rm.8:2), vejamos
que lei é esta.
“O
qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da
Letra(lei), mas do espírito; porque a letra(lei) mata e o espírito vivifica.
E, se o ministério da morte, gravado em pedras, veio em glória, de maneira
que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por
causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será maior
glória o ministério do espírito? Porque, se o ministério da condenação foi
glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque
também o que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta
excelente glória. Porque, se o que era transitório foi para a glória, muito
mais é em glória o que permanece”.
Então, de acordo com Paulo,
qual era o ministério da morte? Paulo diz que era o gravado nas tábuas dada a
Moisés, ou seja, o Apóstolo mais consagrado da Bíblia esta afirmando que a
Lei dada no monte Sinai era o ministério da morte e transitório(passageiro).
Por isso nos é deixado claro que a Graça é outra coisa, é a realidade da
sombra. Vejamos:
“Portanto
ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa,
ou da lua nova, ou dos sábados (sabbaton, referindo-se ao sétimo dia), que
são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl.2:16-17).
Aqui Paulo mostra que a Velha aliança era apenas uma sombra e nessa realidade
nos vemos o Decálogo representado pelo quarto mandamento – E tudo isso era
sombra de uma realidade bem mais elevada e espiritualizada.
QUAL É A REALIDADE DO SÁBADO?
Se o Sábado é uma sombra há
uma realidade. Não quero fazer apologia do Domingo, que é certamente e
literalmente tido como o dia do Senhor (Ap.1:10), mas precisamos entender a
revelação. O texto de Colossenses nos afirma que as sombras do vrs.16 é
Cristo e sendo assim concluímos que Cristo é a realidade do Sábado. Isso é
tão verdade que o autor aos Hebreus o confirma:
“Porque
nós, os que temos crido (em Cristo), entramos no repouso (Sábado ou
descanso)... Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus
de todas as suas obras no sétimo dia”(Hb.4:1-4).
Ou seja, o autor aos hebreus está
dizendo que o nosso descanso ou Sábado é Cristo Jesus, por isso o Senhor se
declara Senhor do Sábado (Mt.12). A realidade sabática é viver em Cristo – o
nosso descanso, e não ficar “legalistamente” guardando um dia, pois
quem tem Jesus tem a realidade.
“Ninguém,
pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou
de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo
é de Cristo” (Cl.2:16-17).
Para fugir à evidência de Cl.2:16-17, onde Paulo se refere ao Sábado semanal como integrante das coisas passageiras da Lei que terminaram com a morte de Cristo na cruz, os adventistas costumam argumentar que a palavra “Sábado” não se refere ao sábado semanal, mas aos anuais ou cerimoniais de Lv.23. O que não é verdade, pois os sábados anuais ou cerimoniais já estão incluídos na expressão “dias de festa”. Esta indicação mostra positivamente que a palavra SABBATON, como é usada em Cl.2:16, não pode se referir aos sábados festivos, anuais ou cerimoniais. Sendo assim é difícil para os Adventistas sustentar a sua doutrina sabática, desde que temos visto que o Sábado pode legitimamente ser tido como “sombra” ou símbolo preparatório de bênçãos espirituais e não dogmas legalistas (vrs.17).
A LEI DO VELHO PACTO ESTÁ VIVA
E NÓS MORTOS
Vejamos isso:
“Não
sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que conhecem a lei), que a lei tem
domínio sobre o homem por todo tempo que vive... Assim, meus irmãos, também
vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro,
daquele que ressuscitou dentre os mortos, afim de que demos fruto para Deus
(Rm. 7:1,4)
“Ora,
se já morremos com Cristo, cremos que com ele também viveremos (Rm.6:8).
Essa é a revelação, a Lei,
o Velho Pacto estão vivos, mas somos nós que morremos com Ele pela fé e assim
vivemos uma nova Dispensação. É tão simples que só não entende quem não quer
entender. Não há necessidade de ficarmos supondo e supondo, e sim crermos no
Apóstolo dos Gentios e aceitarmos a Graça de Deus. Se os "Sabalotras"
querem guardar a Lei, nós não temos essa necessidade.
Explica o seguinte o Dr. G. Archer – enciclopédia Ed. Vida, pág. 125:
Ev. Carlos Borges(CABB)
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domingo, 17 de março de 2013
A MUDANÇA DA LEI E A LEI DA GRAÇA
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