AMOR, A VIRTUDE SUPREMA
I Co.13.1-8,13
Introdução:Paulo deu evidências da falta
de amor dos coríntios na utilização dos dons espirituais.No cap.13 é definido o
verdadeiro amor. Já no cap. 14 mostra como o amor opera.
O amor é mais importante do que todos os
dons espirituais exercitados na igreja .Grande fé, atos de dedicação
ou sacrifício e poder de realizar
milagres têm pouco efeito se estiverem desprovidos de amor.
I A EXCELÊNCIA
DO AMOR CRISTÃO
1- O amor cristão é mais imprescindível- Enquanto os coríntios aguardavam a próxima visita de
Paulo, deveriam permanecer direcionados a:
(a) - Ficar em alerta contra os perigos
espirituais.
(b) –Permanecer firmes na fé.
(c) – Ser corajosos.
(d) – Ser forte.
(e) – Fazer tudo com generosidade e amor
( a virtude suprema)
Hoje,
enquanto esperamos pela volta de Cristo,
devemos seguir as mesmas instruções.
2- A natureza do amor (1Jo.4.7-12)- Todos acreditam que o amor é importante, mas o amor é
normalmente considerado como um sentimento. Na verdade, é uma escolha e uma
ação, como I Co.13.4-7 demonstra.
Deus é a fonte de nosso amor; Ele nos amou o suficiente para sacrificar seu
Filho por nós. Jesus é nosso exemplo do
que significa amar; todas as coisas que
Ele fez em sua vida e morte devem ser
consideradas supremas demonstrações
de amor. O Espírito Santo nos dá
o poder de amar( Rm5.5); Ele vive em nosso coração e nos torna cada vez mais
parecido com Ele (Cristo). O amor de Deus sempre envolve uma escolha e uma
ação, e o nosso amor deve ser como o dEle. Como nós demonstramos o amor de
Deus em nossas escolhas e ação?.
João
diz: “Deus é amor” e não “
o amor é Deus”.Nosso mundo, com sua visão superficial e egoísta do amor, distorceu esta palavra e contaminou
a nossa compreensão em relação ao amor. O mundo pensa que o amor é o que faz
uma pessoa se sentir bem e que não há problema em sacrificar os princípios morais e os direitos dos outros a fim de
obter tal “amor”. Mas este não é o verdadeiro
amor, é exatamente o posto –o egoísmo. E Deus não é esse tipo de “amor”.O
verdadeiro amor é como Deus, que é
Santo,Justo e Perfeito . Se
verdadeiramente conhecemos a Deus,
amaremos como Ele ama.
II
CARACTERISTICAS DO AMOR DE DEUS NO CRENTE
1 – É sofredor(v.4-7) – Nossa sabedoria confunde o amor e a luxúria(atração pelos prazeres carnais).
Ao contrario da luxúria, o amor de Deus
é dirigido exteriormente, às outras
pessoas, e não interiormente, a nós mesmos. É totalmente desinteressado. Esse
tipo de amor é contrário às nossas inclinações naturais. É impossível ter esse
amor a menos que Deus nos ajude a
colocar nossos próprios desejos naturais
de lado, de forma que possamos amar e
não esperar nada em troca. Desse modo,
quanto mais nos tornamos semelhante a
Cristo, mais amor mostramos para com os outros. Jesus suportou as ofensas da
multidão, a fim de ensinar uma lição importante sobre manter a esperança e a confiança nEle.
Atualmente, a maioria das pessoas zombam
das afirmações de Cristo, que lhe
parecem ridículas. Quando formos
decepcionados por expressar nossa fé em Jesus e a esperança na vida eterna,
lembremo-nos de que os descrentes não
enxergam as situações de acordo com a perspectivas de Deus.
2-É benigno (Lc.6.27)- Os judeus desprezavam os romanos porque estes oprimiam o povo de Deus, mas Jesus
disse a seus seguidores que amassem os inimigos .Tais palavras afastaram muitos de Cristo.Mas Jesus
não estava falando sobre ter afeição
pelos inimigos, e sim sobre operar um
ato de vontade. Não se pode sentir naturalmente esse tipo de amor, e necessário
um esforço consciente. Amar nossos inimigos significa agir a favor de seus
melhores interesses. Podemos orar por eles e pensar em maneira de ajudá-los.
Jesus amou o mundo inteiro, embora o homem estivesse em rebelião contra Deus. Jesus
nos pede para seguirmos seu exemplo, amando nossos inimigos. Demos
a eles os mesmos direitos que nós
desejamos para nos mesmos.
3-Não é invejoso- O amor não sente ciúmes, que é uma característica da
carnalidade. A inveja sempre será destrutiva, visto ser uma ação negativa, e
qualquer beneficio que ela pareça ter, eventualmente mostra ser de natureza destrutiva. O verdadeiro amor,
entretanto, é altamente altruísta (desinteressado), podendo existir sem inveja
ou ciúme. O ciúme consiste no amor da perda de algo que o individuo possui.Em I
Jo.4.8, “ No amor não existe medo ,
antes, o perfeito amor lança fora o medo”.O ciúme, que supostamente seria
produzido pelo amor, quando examinado bem
de perto, pode ser apenas uma forma disfarçada de “ódio”, pois aquele
que provoca o ciúme ou inveja se torna
objeto de pensamentos negativos, e não positivo, bem próximo do ódio. Ainda que o ciúme seja produzido pelo amor,
assim como as cinzas são produzidas pelo fogo, contudo o ciúme extingue o amor, tal como as cinzas apagam as chamas do fogo.
4- Não é leviano (julga
precipitadamente)-É aquela pessoa que
faz julgamento precipitado, sem levar em consideração a verdade, julga pelas
aparências, emite seus conceitos como verdadeiros, e distribui esse conceito
“falho” entre as demais pessoas, tanto do seu circulo de amizade, como dos
demais, e o resultado disso é uma pessoa que fica “difamada”, por uma
inverdade, que pode levá-la ao
“entristecimento” e enfraquecimento espiritual.
5-Não é soberbo - O amor impede a pessoa de inflar-se(encher-se) com o
senso de sua própria importância.. Não se mostra altivo (orgulhoso). Paulo
repreende o zelo do partidarismo daqueles crentes de Corinto, sua facções
causadas pela adoração a “heróis”, o
fato que se gloriavam nos dons espirituais, na sabedoria e na sua habilidade retórica. O orgulho, a inveja e a
avareza, essas são fagulhas que têm
lançado fogo nos corações de todos os homens. Paulo aqui traz a memória daquela gente( coríntios), que
ponderassem com freqüência acerca do exemplo dado por Jesus, que na noite em
foi traído, cingiu-se de uma toalha e lavou os pés dos seus discípulos.
6- Não é indecente- Não se comporta de modo vexatório, indesejável,
indecente ( imoral), o crente não deve ser uma pessoa vulgar, descortês ou cínico. Pois o amor nunca envergonha, fere
ou humilha quem quer que seja, pois o crente que tem o verdadeiro amor está
sempre buscando o bem-estar do seu próximo seja ele da fé ou não
7-Não é interesseiro- O amor não é egoísta, mas sempre se mostra altruísta
( desinteressado), isto é, sem querer recompensas pelos seus atos. É próprio do
amor dar de si mesmo. O amor não insiste
sobre seus próprios direitos. Os crentes
de Corinto, devido à sua arrogância,
insistiam em fazer valer os seus
direitos; as facções foram formadas em torno dos nomes de Apolo,Paulo e Cefas;
e todas
essas facções tinham seus
próprios interesses especiais, que
desejavam promover acima do bem da
comunidade inteira.
8-Não se irrita- O crente deve ter um controle sobre seus impulsos
nervosos, deve buscar a temperança e
domínio próprio, fins poder controlar-se diante de situações difíceis onde
exige o controle emocional. O verdadeiro crente se mantém inabalável diante de
situações adversas, pois ele sabe que deve dar o exemplo do seu Mestre. Pois o
amor não perde a compostura.
9-Não suspeita mal- O amor não
guarda ressentimento,o amor não mantém uma lista de “danos pessoais” infligido por outras pessoas, com a intenção
de pagar na mesma moeda.A chave para perdoarmos aos outros é lembrarmo-nos do quanto Deus nos tem perdoado.Consideramos
difícil perdoar a alguém que nos
prejudicou um pouco, mesmo sabendo que Deus nos perdoou por tantas
transgressões?. Perceber o amor e o
perdão infinito de Deus pode nos ajudar a amar e a perdoar aos outros.
10-Não se regozija com a injustiça- O amor jamais se rejubila quando outros cometem a
maldade, o erro, também não se regozija
com a queda alheia(derrota), não se regozija com a fraqueza dos outros.
Há “crentes” que vibram quando um irmão
seu ou outra qualquer pessoa que ele considera uma desafeto, sofre qualquer
dano, seja moral, financeiro ou
espiritual, esse crente jamais tem o amor cristão em sua vida, visto que ele
ainda não provou do verdadeiro amor cristão, apesar de Cristo ter morrido na
cruz por ele, ele ainda não tomou posse da salvação, ainda não está liberto,
precisa urgentemente ser alcançado pelo amor dos demais para poder se integrar
na comunhão dos salvos.
11-Regozija-se com a verdade- O crente que ama a verdade, está sempre do lado de
Deus, porque Ele é a verdade e a vida. E notório que o crente quando anda na
verdade, haverá sempre um desconforto para ele, porém as recompensas são muito proveitosas, o mundo não conhece a
verdade, pois a mentira está reinando intensamente nos mundo sem Deus, visto
que o pai da mentira está sempre influenciando
o mundo, enquanto o Espírito de Deus está influenciando os salvos. O
amor cristão, pois, não deriva qualquer
satisfação dos pecados alheios, pelo
contrario, encontra sua plenitude na satisfação, na verdade de Deus, a qual é pura,
imaculada, benigna e salutar. Assim o crente que tem o verdadeiro amor de Deus,
alegra-se por ouvir ou ver o bem que é
feito a outrem. É nestas coisas que o amor se regozija, porquanto o amor sempre
se manifesta na forma de ação moral purificadora.
12- Tudo sofre, crê, espera, suporta- O amor
lança um véu sobre os
sentimentos, os pecados, as fraquezas e os abusos dos outros. No entanto,
o pensamento vai mais fundo do que isso, porque
aqui Paulo fala especialmente acerca da “restrição” ou “sustento”, na
presença do mal.
Quando
olhamos para a cruz, vemos o maior de todos os exemplo de como o amor pode “
suportar” “sofrer” e também cobrir tudo.
III
–O ALCANCE DO AMOR CRISTÃO
1- O amor de Deus para com os homens- O amor de Deus pelos homens (pecadores) foi de grande
intensidade que entregou seu Filho amado, fins resgatar o homem, da sua
condição vexatória e perdida, na ponderação de Deus, não houve evasivas,
conjecturas, simplesmente Deus amou o
mundo de tal maneira que deus seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.(Jo.3.16)
2-O amor do homem para com Deus- Uma simples pergunta, por que devemos amar a Deus?
(a) -Amar a Deus é um mandamento- É uma ordem para todo ser humano criado
por Ele, e esse amor não pode ser um amor fugaz ( pouca duração), deve ser um
amor bem ponderado, analisando os pormenores dos propósitos de Deus para com o
homem, principalmente levando em consideração do seu amor por nós.
(b)-Amar a Deus com toda essência do
ser- Neste amor devemos empregar todo
o nosso ser, físico intelectual e espiritual (Dt.6.5).
(c )- Amar a Deus com amor retibutivo- Isto significa que devemos amar a Deus com
retribuição e gratidão, por tudo que ele tem feito por nós, ser grato a Deus
por ele ter providenciado nossa redenção, utilizando o que mais Ele amava – SEU FILHO, seu único filho em que Ele se
comprazia, quem ama não faz ponderações nem conjecturas, simplesmente ama.
(d)-Quem ama a Deus guarda seus
mandamento (Jo.5.10)- Uma das
melhores maneira de demonstrarmos que amamos a Deus, é guardar seus
mandamento,estatutos,preceitos e ordenanças. Quando amamos alguém de verdade,
tudo fazemos para agradar essa pessoa,
não a entriscendo, procurando sempre agradá-la, com isso o amor fica mais
ressaltado.
(e)-Quem ama a Deus ama seu irmão(I Jo.2.9)-“ Aquele que diz que esta na luz e aborrece a seu irmão
até agora está em trevas”.As palavras de João enfocam a atitude que nos leva a
ignorar ou menosprezar os outros, tratá-los como competidores, inimigos ou
pessoas irritantes. O amor cristão não é um sentimento, mas uma escolha. Podemos
escolher nos preocupar com o bem estar das pessoas e tratá-las com respeito,
sentindo ou não afeto por elas. Se escolhemos amar os outros, Deus nos ajudará
a expressar o nosso amor.
3-O amor do homem para com o próximo
(Lc10.30-37)- Quem é o nosso
próximo?, as vezes o nosso próximo, não está tão próximo de nós, pode ser
alguém que precise de nós ou de nossa ajuda, porém não está perto de nós.Vemos
na parábola do bom samaritano, uma ilustração, que Jesus usou para ensinar
aqueles “doutores da lei”, o sacerdote deveria cuidar daquele homem caído,
talvez fosse membro de sua sinagoga, o
levita também deveria ter cuidado daquele homem, já que ele era um assistente
do templo, logo um auxiliar do sacerdote, poderia conhecer aquele homem, como
um freqüentador da sinagoga. Surge o samaritano, viajante, desconhecido naquela região, antagônico dos judeus,
desprezado pelos judeus, vinha de longe,
em viagem, porém foi este que teve compaixão daquele homem, cuidou dele, prestou-lhe
os primeiros socorros, untou-lhe as feridas com azeite e vinho, colocou-o em
sua montaria, possivelmente foi a pé levando o ferido em sua
cavalgadura(ambulância improvisada), levou para a estalagem(hotel rudimentar),
que serviu de hospital improvisado, cuidou dele pessoalmente até sua partida
para sua jornada de serviço, deixou o estalajadeiro responsável pelos
cuidados com o enfermo, deixou alguns
dinheiro, para o tratamento, com a promessa de reembolsar o estalajadeiro pelos
gastos excedentes na sua ausência. Jesus
ensinou nesta parábola que amarão próximo, muitas vezes implica em
gastos(pequenos prejuízos),sacrifícios, dedicação, preocupação,amor sem
recompensa, apenas pelo prazer de servir,dando de si, para quem não tem nada,e
está necessitado.
Ev.CArlos Borges(CABB).
Ev.CArlos Borges(CABB).
Nenhum comentário:
Postar um comentário