quinta-feira, 7 de março de 2013

AMOR,A VIRTUDE SUPREMA



AMOR, A VIRTUDE SUPREMA
I Co.13.1-8,13
Introdução:Paulo deu evidências da falta de amor dos coríntios na utilização dos dons espirituais.No cap.13 é definido o verdadeiro amor. Já no cap. 14 mostra como o amor  opera.
O amor é mais importante do que todos os dons espirituais exercitados na igreja .Grande fé, atos de  dedicação  ou sacrifício e  poder de realizar milagres têm pouco efeito se estiverem desprovidos de amor.

I  A EXCELÊNCIA  DO AMOR CRISTÃO
 1- O amor cristão é mais imprescindível- Enquanto os coríntios aguardavam a próxima visita de Paulo, deveriam permanecer direcionados a:
(a) - Ficar em alerta contra os perigos espirituais.
(b) –Permanecer firmes na fé.
(c) – Ser corajosos.
(d) – Ser forte.
(e) – Fazer tudo com generosidade e amor ( a virtude suprema)
Hoje, enquanto esperamos pela  volta de Cristo, devemos  seguir as mesmas instruções.

2- A natureza do amor (1Jo.4.7-12)- Todos acreditam que o amor é importante, mas o amor é normalmente considerado como um sentimento. Na verdade, é uma escolha e uma ação, como I Co.13.4-7 demonstra.
Deus  é a fonte de nosso amor; Ele  nos amou o suficiente para sacrificar seu Filho por nós. Jesus é nosso exemplo  do que  significa amar; todas as coisas que Ele fez em sua vida e morte devem ser  consideradas supremas demonstrações  de amor. O  Espírito Santo nos dá o poder de amar( Rm5.5); Ele vive em nosso coração e nos torna cada vez mais parecido com Ele (Cristo). O amor de Deus sempre envolve uma escolha e uma ação, e o  nosso amor deve ser  como o dEle. Como nós demonstramos o amor de Deus em nossas escolhas e ação?.
João diz: “Deus é amor”  e não “ o amor é Deus”.Nosso mundo, com sua visão superficial e egoísta  do amor, distorceu esta palavra e contaminou a nossa compreensão em relação ao amor. O mundo pensa que o amor é o que faz uma pessoa se sentir bem e que não há problema em sacrificar os princípios  morais e os direitos dos outros a fim de obter tal “amor”. Mas  este não é o verdadeiro amor, é exatamente o posto –o egoísmo. E Deus não é esse tipo de “amor”.O verdadeiro amor é como  Deus, que é Santo,Justo e Perfeito . Se verdadeiramente  conhecemos a Deus, amaremos como Ele ama.

II CARACTERISTICAS DO AMOR DE DEUS NO CRENTE
1 – É sofredor(v.4-7) – Nossa sabedoria confunde o amor  e a luxúria(atração pelos prazeres carnais). Ao  contrario da luxúria, o amor de Deus é dirigido exteriormente, às  outras pessoas, e não interiormente, a nós mesmos. É totalmente desinteressado. Esse tipo de amor é contrário às nossas inclinações naturais. É impossível ter esse amor a menos que Deus  nos ajude a colocar nossos próprios desejos  naturais de lado, de forma que possamos  amar e não  esperar nada em troca. Desse modo, quanto mais  nos tornamos semelhante a Cristo, mais amor mostramos para com os outros. Jesus suportou as ofensas da multidão, a fim de ensinar uma lição importante sobre  manter a esperança e a confiança nEle. Atualmente, a maioria das pessoas zombam  das afirmações de Cristo, que  lhe parecem ridículas. Quando formos decepcionados por expressar nossa fé em Jesus e a esperança na vida eterna, lembremo-nos de que os descrentes  não enxergam as situações de acordo com a perspectivas de Deus.

2-É benigno (Lc.6.27)- Os judeus desprezavam os romanos porque  estes oprimiam o povo de Deus, mas Jesus disse a seus seguidores que amassem  os inimigos .Tais  palavras afastaram muitos de Cristo.Mas Jesus não estava falando sobre ter  afeição pelos inimigos, e sim sobre  operar um ato de vontade. Não se pode sentir naturalmente esse tipo de amor, e necessário um esforço consciente. Amar nossos inimigos significa agir a favor de seus melhores interesses. Podemos orar por eles e pensar em maneira de ajudá-los. Jesus amou o mundo inteiro, embora o homem estivesse em rebelião contra Deus. Jesus nos pede para seguirmos seu exemplo, amando nossos inimigos.  Demos a eles  os mesmos direitos que nós desejamos para nos mesmos.

3-Não é invejoso- O amor não sente ciúmes, que é uma característica da carnalidade. A inveja sempre será destrutiva, visto ser uma ação negativa, e qualquer  beneficio que ela  pareça ter, eventualmente mostra ser  de natureza destrutiva. O verdadeiro amor, entretanto, é altamente altruísta (desinteressado), podendo existir sem inveja ou ciúme. O ciúme consiste no amor da perda de algo que o individuo possui.Em I Jo.4.8, “ No amor não existe medo , antes, o perfeito amor lança fora o medo”.O ciúme, que supostamente seria produzido pelo amor, quando examinado bem  de perto, pode ser apenas uma forma disfarçada de “ódio”, pois aquele que  provoca o ciúme ou inveja se torna objeto de pensamentos negativos, e não positivo, bem próximo do ódio. Ainda que o ciúme seja produzido pelo amor, assim como as cinzas são produzidas pelo fogo, contudo o ciúme  extingue o amor, tal como as cinzas  apagam as chamas do fogo.

4- Não é leviano (julga precipitadamente)-É aquela pessoa que faz julgamento precipitado, sem levar em consideração a verdade, julga pelas aparências, emite seus conceitos como verdadeiros, e distribui esse conceito “falho” entre as demais pessoas, tanto do seu circulo de amizade, como dos demais, e o resultado disso é uma pessoa que fica “difamada”, por uma inverdade, que pode  levá-la ao “entristecimento”  e enfraquecimento espiritual.

5-Não é soberbo - O amor impede a pessoa de inflar-se(encher-se) com o senso de sua própria importância.. Não se mostra altivo (orgulhoso). Paulo repreende o zelo do partidarismo daqueles crentes de Corinto, sua facções causadas pela   adoração a “heróis”, o fato que se gloriavam nos dons espirituais, na sabedoria e na sua  habilidade retórica. O orgulho, a inveja e a avareza, essas são fagulhas que têm  lançado fogo nos corações de todos os homens. Paulo aqui traz  a memória daquela gente( coríntios), que ponderassem com freqüência acerca do exemplo dado por Jesus, que na noite em foi traído, cingiu-se de uma toalha e lavou os pés dos seus discípulos.

6- Não é indecente- Não se comporta de modo vexatório, indesejável, indecente ( imoral), o crente não deve ser uma pessoa vulgar, descortês  ou cínico. Pois o amor nunca envergonha, fere ou humilha quem quer que seja, pois o crente que tem o verdadeiro amor está sempre buscando o bem-estar do seu próximo seja ele da fé ou não

7-Não é interesseiro- O amor não é egoísta, mas sempre se mostra altruísta ( desinteressado), isto é, sem querer recompensas pelos seus atos. É próprio do amor dar  de si mesmo. O amor não insiste sobre  seus próprios direitos. Os crentes de Corinto, devido à sua  arrogância, insistiam em fazer valer  os seus direitos; as facções foram formadas em torno dos nomes de Apolo,Paulo e Cefas; e  todas  essas facções tinham  seus próprios  interesses especiais, que desejavam promover acima do  bem da comunidade inteira.

8-Não se irrita- O crente deve ter um controle sobre seus impulsos nervosos, deve buscar  a temperança e domínio próprio, fins poder controlar-se diante de situações difíceis onde exige o controle emocional. O verdadeiro crente se mantém inabalável diante de situações adversas, pois ele sabe que deve dar o exemplo do seu Mestre. Pois o amor não perde a compostura.

9-Não suspeita mal- O amor  não guarda ressentimento,o amor não mantém uma lista de “danos pessoais”  infligido por outras pessoas, com a intenção de pagar na mesma moeda.A chave para perdoarmos aos outros é lembrarmo-nos  do quanto Deus nos tem perdoado.Consideramos difícil perdoar a alguém  que nos prejudicou um pouco, mesmo sabendo que Deus nos perdoou por tantas transgressões?. Perceber o amor  e o perdão infinito de Deus pode nos ajudar a amar e a perdoar aos outros.

10-Não se regozija com a injustiça- O amor jamais se rejubila quando outros cometem a maldade, o erro, também não se regozija  com a queda alheia(derrota), não se regozija com a fraqueza dos outros. Há “crentes” que  vibram quando um irmão seu ou outra qualquer pessoa que ele considera uma desafeto, sofre qualquer dano, seja moral, financeiro  ou espiritual, esse crente jamais tem o amor cristão em sua vida, visto que ele ainda não provou do verdadeiro amor cristão, apesar de Cristo ter morrido na cruz por ele, ele ainda não tomou posse da salvação, ainda não está liberto, precisa urgentemente ser alcançado pelo amor dos demais para poder se integrar na comunhão dos salvos.

11-Regozija-se com a verdade-­ O crente que ama a verdade, está sempre do lado de Deus, porque Ele é a verdade e a vida. E notório que o crente quando anda na verdade, haverá sempre um desconforto para ele, porém as recompensas  são muito proveitosas, o mundo não conhece a verdade, pois a mentira está reinando intensamente nos mundo sem Deus, visto que o pai da mentira está sempre influenciando  o mundo, enquanto o Espírito de Deus está influenciando os salvos. O amor cristão, pois, não deriva  qualquer satisfação dos pecados  alheios, pelo contrario, encontra sua plenitude na satisfação, na verdade de Deus, a qual é pura, imaculada, benigna e salutar. Assim o crente que tem o verdadeiro amor de Deus, alegra-se  por ouvir ou ver o bem que é feito a outrem. É nestas coisas que o amor se regozija, porquanto o amor sempre se manifesta na forma de ação moral purificadora.

12- Tudo sofre, crê, espera, suporta- O amor  lança  um véu  sobre os  sentimentos, os pecados, as fraquezas e os abusos dos outros. No entanto, o pensamento vai mais fundo do que isso, porque  aqui Paulo fala especialmente acerca da “restrição” ou “sustento”, na presença do mal.
Quando olhamos para a cruz, vemos o maior de todos os exemplo de como o amor pode “ suportar”  “sofrer” e também cobrir tudo.

III –O ALCANCE DO AMOR CRISTÃO
1- O amor de Deus para com os homens- O amor de Deus pelos homens (pecadores) foi de grande intensidade que entregou seu Filho amado, fins resgatar o homem, da sua condição vexatória e perdida, na ponderação de Deus, não houve evasivas, conjecturas, simplesmente Deus amou o mundo de tal maneira que deus seu Filho unigênito, para que todo aquele  que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.(Jo.3.16)

2-O amor do homem para com Deus- Uma simples pergunta, por que devemos amar a Deus?
(a) -Amar a Deus é um mandamento- É uma ordem para todo ser humano criado por Ele, e esse amor não pode ser um amor fugaz ( pouca duração), deve ser um amor bem ponderado, analisando os pormenores dos propósitos de Deus para com o homem, principalmente levando em consideração do seu amor por nós.
(b)-Amar a Deus com toda essência do ser- Neste amor devemos empregar todo o nosso ser, físico intelectual e espiritual (Dt.6.5).
(c )- Amar a Deus com amor retibutivo- Isto significa que devemos amar a Deus com retribuição e gratidão, por tudo que ele tem feito por nós, ser grato a Deus por ele ter providenciado nossa redenção, utilizando o que mais Ele amava – SEU FILHO, seu único filho em que Ele se comprazia, quem ama não faz ponderações nem conjecturas, simplesmente ama.
(d)-Quem ama a Deus guarda seus mandamento (Jo.5.10)- Uma das melhores maneira de demonstrarmos que amamos a Deus, é guardar seus mandamento,estatutos,preceitos e ordenanças. Quando amamos alguém de verdade, tudo fazemos  para agradar essa pessoa, não a entriscendo, procurando sempre agradá-la, com isso o amor fica mais ressaltado.  

(e)-Quem ama  a Deus ama seu irmão(I Jo.2.9)-“ Aquele que diz que esta na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas”.As palavras de João enfocam a atitude que nos leva a ignorar ou menosprezar os outros, tratá-los como competidores, inimigos ou pessoas irritantes. O amor cristão não é um sentimento, mas uma escolha. Podemos escolher nos preocupar com o bem estar das pessoas e tratá-las com respeito, sentindo ou não afeto por elas. Se escolhemos amar os outros, Deus nos ajudará a expressar o nosso amor.

3-O amor do homem para com o próximo (Lc10.30-37)- Quem é o nosso próximo?, as vezes o nosso próximo, não está tão próximo de nós, pode ser alguém que precise de nós ou de nossa ajuda, porém não está perto de nós.Vemos na parábola do bom samaritano, uma ilustração, que Jesus usou para ensinar aqueles “doutores da lei”, o sacerdote deveria cuidar daquele homem caído, talvez  fosse membro de sua sinagoga, o levita também deveria ter cuidado daquele homem, já que ele era um assistente do templo, logo um auxiliar do sacerdote, poderia conhecer aquele homem, como um freqüentador da sinagoga. Surge o samaritano, viajante, desconhecido  naquela região, antagônico dos judeus, desprezado pelos  judeus, vinha de longe, em viagem, porém foi este que teve compaixão daquele homem, cuidou dele, prestou-lhe os primeiros socorros, untou-lhe as feridas com azeite e vinho, colocou-o em sua montaria, possivelmente foi a pé levando o ferido em sua cavalgadura(ambulância improvisada), levou para a estalagem(hotel rudimentar), que serviu de hospital improvisado, cuidou dele pessoalmente até sua partida para sua jornada de serviço, deixou o estalajadeiro responsável pelos cuidados  com o enfermo, deixou alguns dinheiro, para o tratamento, com a promessa de reembolsar o estalajadeiro pelos gastos excedentes na sua ausência. Jesus ensinou nesta parábola que amarão próximo, muitas vezes implica em gastos(pequenos prejuízos),sacrifícios, dedicação, preocupação,amor sem recompensa, apenas pelo prazer de servir,dando de si, para quem não tem nada,e está necessitado.

Ev.CArlos Borges(CABB)



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