OS MALES DO CONSUMISMO
Lição nº 5
INTRODUÇÃO: O consumismo no presente século tem levando muitas
pessoas a se endividarem, sem uma
causa justa, a não ser a falta de controle sobre a compulsão pelas compras, em
virtude dessa falta de controle, há muitas pessoas que estão endividadas, levando uma vida de grande
tensão e preocupação, pois perdem o sono, ficam estressadas, mal-humoradas, em
algum caso adquirindo doenças sérias, pelo fator psicológico.
I OS MALES DO CONSUMISMO
1-O apelo
consumista nos meios de comunicação (
Pv. 30.8-9)– Este apelo tem sido uma
prática diária nos meios de comunicação, principalmente o televisivo (Tv), as
propagandas veiculam com intervalos muito pequenos, há caso de uma determinada
propaganda ser veiculada no intervalo de programa, e questão de minutos ou
segundos, ei-la diante de nossos olhos, os tipos de propaganda que são mais
freqüentes nas televisão, é de bebidas alcoólicas, produtos de consumo (
shampoo, roupas, eletrodomésticos,automóveis etc.) a propaganda na televisão
age como uma lavagem cerebral pela sua massificação ( repetição constante),
fazendo com que as pessoas não tenham tempo de raciocinar, para avaliar se deve
ou não comprar.
Em PV. 30.7-9, Temos aqui a oração de Agur, ora
sabiamente por uma condição
financeira intermediária, para que pudesse
manter-se a uma boa distância das tentações
; pediu pão diário para sua
existência, sua família
e o seu verdadeiro
bem.
Há uma notável similaridade
entre esta oração e do PAI NOSSO.
Se formos apartados das coisas vãs e das mentiras; se nos interessarmos
pelo amor perdoador
de Cristo e tivermos a Ele como a nossa porção; se andarmos
com Deus, então teremos tudo o que pedirmos ou pensarmos das coisas espirituais.
Quando considerarmos como os que têm abundância são dados a abusar da dádiva, e o que realmente é padecer necessidade, a oração de Agur será sempre
considerada sábia, ainda que raramente alguém ore dessa maneira. “O
pão da minha porção acostumada”: o que pode ser assim para uns, pode
não ser assim para outros; porém podemos ter a certeza de que o nosso PAI
CELESTIAL suprirá toda a nossa necessidade, e não permitira que nos
falte
nada de bom; e, por que deveríamos desejar mais? . Ter excesso ou falta de dinheiro pode ser perigoso.
Ser demasiadamente pobre pode
significar um risco para a
saúde física e espiritual. Por outro lado, ser rico não garante esses bens a uma pessoa. Como Jesus assinalou, os
que confiam
nas riquezas têm dificuldade de entrar nos Reino de Deus ( Mt.19.23,24).
2- O
supérfluo em detrimento do essencial-Essencial
é tudo aquilo que é o básico para nosso sustento, como: alimentação, vestuário,
moradia, lazer etc., porém o supérfluo é tudo aquilo que não é essencial à
manutenção da vida, que podemos abrir mão, que não vai causar nenhum transtorno
ou dificuldade a nós e nossos familiares. A Bíblia condena o desperdício, pois
poderá ser que o desperdício de hoje, poderá ser a falta de amanhã. Em Is.
55.2, temos aqui uma pergunta, por que gastar dinheiro naquilo que não é pão. Vinde,
comprai; tomai posse disto aplicando a graça do Evangelho a vós mesmos. Vinde e comei; fazei-o ainda mais
vosso e desfrutai dEle. O mundo não satisfaz as nossas expectativas;
pensamos e prometemos a nós mesmos
que teríamos ao menos água, e nos desiludimos. Cristo, porém, supera as nossas
expectativas.
3-
compulsão pelas compras-O dinheiro e
a abundância de bens terrenos, não dão, por si, sentido à vida e, portanto, não
podem promover a verdadeira felicidade. Geralmente, o
trabalhador honesto,
ao chegar à sua casa depois de um dia normal de trabalho, dorme
tranqüilo, enquanto o rico não consegue conciliar o sono, temeroso de que
alguma calamidade,
ou falha de sua parte, arruíne tudo o que tem.Mas, mesmo sem qualquer prejuízo, o
rico nada levará consigo ao morrer. É de lastimar que tantas pessoas trabalham tanto para
enriquecer, quando o principal é acumular tesouros no céu.(Mt.6.19-21).
TÓPICO 1- O consumo desenfreado é motivado pela mídia.
As propagandas incentivam o consumo do supérfluo em detrimento do essencial,
criando nas pessoas uma compulsão doentia pelas compras.
1
II – COMÉRCIO E CONSUMISMO NO AMBIENTE CRISTÃO
1 – O comércio no templo em Jerusalém (Jo. 2.13-17;
Mt. 21.12,13)- A purificação do
templo foi o primeiro grande ato público do ministério de Jesus e também o
último. Com grande indignação, Ele expulsou da casa de Deus os ímpios,
os avarentos e os que invalidam o verdadeiro propósito espiritual dela.
A dupla purificação do templo, efetuada por Jesus durante seu ministério de três
anos , indica quão importante são suas lições espirituais, que se seguem:
(a)-
O maior cuidado de Jesus é com a santificação e com a devoção sincera
dentro
da sua igreja.Ele morreu para santificá-la
, purificando-a para ser santa e irrepreensível .
(b) – A
adoração na igreja deve ser em espírito e em verdade. A igreja deve
ser um lugar de oração e comunhão com Deus.
(c) –
Cristo condenará todos aqueles que usam a igreja, o evangelho, ou seu
reino, visando a ganhos ou glórias pessoais, ou autopromoção.
2-Mercantilismo
na igreja- Vivemos
uma época de “inverdades” no meio cristão, pessoas buscando mais seus
interesses pessoais e sociais, em detrimento do espiritual. As igrejas hoje na
maioria buscando uma melhor colocação no “ranking” de freqüência de
público ou “movimento espiritual”, também há os “pregadores” espirituais
que arregimentam grandes públicos, são famosos pelas suas “campanhas”,
muitas vezes recebem grandes importâncias pelo “trabalho” efetuado,
tornando-se “mercadores da fé” ou “ aproveitadores da ingenuidade de
alguns cristão semi- analfabetos espirituais”.
“Há também no mundo musical evangélico (gospel para uns), verdadeiros “mercantilistas
espirituais”, que trazem inovações no cancioneiro evangélico, com músicas e
letras sem nenhuma inspiração ou “unção”, entram em sena com gritos de
ordem, manipulando a ” massa” inerte (crentes apáticos),
obrigando-os a fazerem o que eles
ordenam, trazendo para suas
apresentações, aparência de “ avivamento”, quando na verdade está mais para “ assanhamento
espiritual”, as letras do “hinos” são na maioria das vezes
verdadeira “lavagem cerebral”, pois no decorrer do canto são letras repetitivas, estrofes pobres e sem
nexos, que as vezes até contrária a
Bíblia, por dizerem coisas que a Bíblia não diz, prometer coisas que a Bíblia
não promete, ou fazer coisas que a Bíblia
não manda fazer.Em 2 Tm. 3.1-5, Quando os homens anelam por aquilo que
pensam que podem alcançar, e têm ânsia de conservarem aquilo que possuem, isto
faz com que se tornam perigosos uns para com outros, quando os homens não
possuem o domínio sobre seu espírito,
somente desprezam aquilo que é bom e honroso.
3-Comércio
ou serviço cristão –O Comércio
de literatura dentro da igreja, será considerado normal ou justo, desde que tal
comércio não seja visando “lucros excessivos” ou beneficiar alguém pessoalmente,
porém é valido que a igreja desenvolva esse comércio, fins obterem outros bens
materiais, para uso na liturgia ou para conforto dos membros da igreja (ar
condicionado etc...), o que não pode a igreja virar um” camelôdromo espiritual
“(Tt.1.7)
TÓPICO 2 - O
comércio em Jerusalém era abusivo e fraudulento, razão pela qual foi
severamente condenada por Jesus,Esta forma infame de comércio, infelizmente, é
constatada em alguns ministérios e igrejas na atualidade.
III – PROVISÃO DIVINA DAS NECESSIDADES DIÁRIAS
1-Pedindo
a Deus a provisão necessária (Pv.30.7,8) - Vemos neste pedido de Agur, duas coisas básicas e necessárias, que Deus
o resgatasse da mentira
e da falsidade para continuar verdadeiro
e integro e que o Senhor lhe concedesse o suficiente para satisfazer as suas necessidades diárias, a visão de
Agur, vai de encontro à visão de muito cristão da atualidade, quer seja
congregado, quer seja líder, para muito cristão, vale mais uma posição social ou financeira, do que uma
posição espiritual nos
moldes da Palavra de Deus. Agur não estava interessado no excesso de riqueza, nem as privações da pobreza, ele queria o básico, mais com a benção
de Deus, pois lhe era mais interessante uma vida prudente e financeiramente equilibrada.Devemos orar (a
Deus) para termos um salário suficiente para cobrir nossas necessidades e de nossa família,
para ajudar a manter a obra de Deus e auxiliar
os necessitados (2 Co.9.8-12), o crente que contribui com o que pode, para
ajudar os necessitados, verá que a graça
de Deus suprirá o suficiente para
suas próprias necessidades, e até mais, a fim de que possa ser fecundo em toda boa obra
(Ef.4.28).Devemos buscar primeiramente o Reino de Deus e sua Justiça e todas
essas coisas nos serão acrescentadas (Mt.12.33).
2
2 – Deus nos supre
em todos os momentos (Fp.4.11-13,19)- Assim como Deus supriu
todas as necessidades do profeta Elias, (I Rs.17.2-7, 8.-24, Ele também
suprirá as nossas necessidades diárias, “se” confiarmos nEle, Davi tinha essa
convicção ao registrar no Sl.37.25 “Fui
moço e já agora sou velho; mas nunca
vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão”, em Fp.4.19 “
O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades
em glória, por Cristo Jesus”, . Nós estamos
diante do mesmo Deus, Ele é o Deus do passado,
do presente e do futuro, porque Ele é o mesmo ontem,e hoje , e
eternamente ( Hb.13.8).
TÓPICO 3- Na oração Dominical Jesus ensinou o mesmo
princípio ensinado por Agur: Devemos buscar primeiro o Reino de Deus, mas é da
vontade do Pai que oremos por nossas necessidades.
IV – COMO FUGIR DO CONSUMISMO
1 –Evite o desperdício e o supérfluo –Em Jo.6.12, Vemos Jesus dando ordem aos seus
discípulos para recolherem as sobras
daquele milagre da multiplicação,
Jesus é contra o desperdício, pois o que é desperdiçado
pode ou poderá suprir as necessidades de alguém.A lição que aprendemos nestes
versículos da multiplicação é que Jesus é o multiplicador,
o pouco Ele multiplica por muito, e sempre haverá o bastante, para nós e os outros. Na nossa vida cotidiana, às
vezes o orçamento acaba antes
do previsto, porque faltou um pouco de planejamento, ou porque gastamos mais do que o necessário
em coisas supérfluas, e falta para as coisas necessárias , como na parábola do
Filho pródigo (Lc.15.13,14).
2 – Economizem,
poupe e fuja das dívidas- Devemos
ser sensatos na utilização dos recursos financeiros, que Deus colocou em nossas
mãos (somos mordomos), nas compras comprarem as coisas com preços mais
acessíveis, pois quando economizamos em determinada compra, ajuda a comprar
outras coisas necessárias, e nessa sucessão de economia, vamos equilibrando o orçamento familiar, em Pv.21.20, temos a
seguinte orientação “Tesouro desejável
e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato o devora.”.Os
que são sábios e prudentes virão ter as coisas necessárias para a vida, ao
passo que os insensatos gastam
tudo quanto ganham para adquirir
coisas não essenciais visando seus prazeres.
3-Invista
no Reino de Deus- O dinheiro
não é um mal em si, o mal em si é não saber usar o dinheiro, pois se usamos com
“amor” a ele, torna-se raiz de
toda espécie de “ males” ,
porém o uso do dinheiro com sensatez, torna-se uma benção para quem usa e para quem
esta perto de quem usa.Porém o dinheiro tornará uma grande benção, quando é
usado na obra do Senhor, principalmente na expansão do Seu Reino aqui na
terra.Quando o crente torna-se um fiel dízimista, Deus honrará seu
propósito e as benção virá por conta da sua fidelidade ao Senhor, e as
promessas de sua Palavra.( Ml.3.1q0,11).
TÓPICO 4 - Para fugir do consumismo é necessário:
evitar o desperdício e o supérfluo, economizar, poupar e fugir das dívidas e,
acima de tudo, investir no Reino de Deus.
Ev. Carlos Borges(CABB)
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