sexta-feira, 19 de abril de 2013

AJUDA AOS NECESSITADOS



AJUDA AOS NECESSITADOS
2 Co. 9.6-12- Lição nº12

Introdução: A pobreza é um dos mais persistentes e vexatórios problemas da humanidade. Por muitas vezes, instaura-se por culpa do próprio individuo, que se entrega à inatividade; mas, outras vezes, é imposto às pessoas pela força das circunstâncias, pela falta de educação e pela ignorância acerca de como a pessoa deve tirar proveito das oportunidades. É preciso tirar a “pobreza” do coração do pobre, para podermos tirar o “pobre”da pobreza.

I A IMPORTÂNCIA DA AJUDA AOS NECESSITADOS- A Pobreza é uma categoria ou situação econômica na qual as pessoas são incapazes de obter (e de possuir) os meios de sustento, por seus próprios meio ou esforços, evitando assim passar necessidades. Quem é verdadeiramente pobre precisa depender de  outras pessoas ou instituições, como agências de caridade, religiosas e seculares, a fim de receberem o seu sustento

1-Paulo expôs em detalhes o dever da contribuição na igreja (At.11.27-29). - Não havia profetas somente no Antigo Testamento, mas também na Igreja Primitiva.  O papel deles era  apresentar  a vontade de Deus às pessoas e instruí-las a respeito da aplicação das Escrituras. Às vezes, também  tinham  o  Dom de predizer o futuro, como foi o caso de Ágabo.
Existia uma séria falta de alimentos durante o reinado do imperador romano Cláudio (41-54 d.C) em razão de uma seca que se estendeu por todo o Império Romano por muitos anos. É significativo que a igreja de Antioquia tenha ajudado a de Jerusalém. A igreja filha cresceu o bastante para poder ajudar aquela já estabelecida.
Em 1Co. 16.1-4, temos o relato da coleta que foi tirada  em favor dos crentes de Jerusalém que estavam passando por grande necessidade, Paulo sugere que os crentes economizassem uma certa  quantia cada semana(guardassem com sigo) e a dessem para a igreja ( até que ele chegasse) para ele levar para Jerusalém.Como seria bom se nas igrejas modernas( da atualidade), as lideranças doutrinasse o povo sistematicamente sobre a importância e o dever de contribuir, não só para sustentação da obra, como também obter recursos financeiros para ajudar os irmãos necessitados locais.

2-Paulo falou claramente das necessidades dos irmãos (Rm. 15.26)-Paulo não poderia começar a viagem à Espanha por Roma até  que entregasse aos santos em Jerusalém uma coleta reunida entre as igrejas Macedônia e Acaia, que ele fundou. Paulo via a liberação desses recursos financeiros como ilustração da dependência mútua entre os crentes. Não há que duvidar que esta coleta também constitui uma expressão prática da Unidade do Corpo de Cristo.
Paulo foi o exemplo de líder que não vivia da dependência financeira da igreja, ele trabalhava para-se manter, ele nunca foi um mercenário ou explorador de igreja, porém não relutava quando o assunto era pedir ajuda ou ofertas para os irmãos necessitados da igreja. Na igreja verdadeira de Cristo, seus membros não passam fome, não são desprezados, não são discriminados, não são preconceituados, eles são amados, ajudados, conceituados.
Precisamos rever nossos conceitos de crentes da atualidade, e nos espelharmos nas atitudes das igrejas do passado, cujos exemplos são bem diferentes das atuais, Aquelas estavam  dentro da vontade de Cristo, e as atuais estão?.

3-Paulo pedia ofertas para os santos (1 Co. 16.1)- Em uma ocasião anterior, Paulo e Barnabé recolheram uma oferta na Antioquia da Síria e levaram-na a Jerusalém para ajudar os cristãos durante um tempo de fome (At.11.30). A liderança de  Jerusalém pediu que se  lembrassem dos pobres. O apóstolo sabia que estes crentes não podiam esperar nenhuma ajuda dos judeus. Sabia também que existiam comunidades religiosas em meio aos gregos que cuidavam de si próprio, seguramente, os crentes podiam e deveriam ajudar-se mutuamente.
As contribuições das igrejas dos gentios seriam um meio de mostrar sua solidariedade espiritual para com os cristãos judeus. Seria também uma expressão de gratidão, a quem espiritualmente deveriam muito. Evidentemente, a igreja de Jerusalém era a mais pobre do que a igreja que Paulo fundou o motivo dessa diferença não está clara, talvez existisse uma escassez periódica (At.11.28-30), algum teólogo sugere que podem ter sofrido os efeitos posteriores da venda de seus bens por ocasião do inicio da igreja (At.4.34,35).



II PRINCIPIOS GERAIS ACERCA DA CONTRIBUIÇÃO.
1-Contribuir Com regularidade- As instruções de Paulo são: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (v.2). Não se sabe ao certo se “o primeiro dia” se refere à adoração semanal dos cristãos aos domingos, embora existam evidências de que os crentes, em uma primeira fase, encontravam-se naquele dia para a adoração. Isto  é indubitavelmente o que João quer dizer  com: “ Fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor(Ap.1.10). A fase “cada um de vós”  enfatiza que esperava-se  que todos participassem. O fato  de que deveriam “ pôr de lado” o que  pudessem  ajuntar, significa que o dinheiro deveria ser  guardado em casa.

2-Contribuir individualmente-  Nós também deveríamos agir como o nosso irmão do passado deveria por de lado alguma importância em dinheiro, para aplicarmos na obra do Senhor, ora se somos “mordomos” deveríamos aplicar o dinheiro que o Senhor coloca em nossas mãos, na sua obra, tornamo-nos falhos com o Senhor, quando sua obra está carente de recursos financeiros, e nós utilizamos os recursos financeiros em nosso próprio proveito ( mordomos infiel).
Devemos instruir nossas crianças a serem fiéis contribuintes, embora elas contribuam com pouco ( pequenas moedas), diante de Deus tem grande significado, hoje elas contribuem com pouco, pois são pequenas moedas que chegam as suas mãos, porém no futuro, quando elas tiverem todos as condições especiais, elas contribuirão com importâncias maiores e com grande alegria. Pois é dando que se recebe, é plantando que se colhe, é colhendo que se tem abundância, quem semeia pouco, pouco colhe. É a lei da semeadura, o que se planta se colhe, e colhe-se  na quantidade que foi plantado.

3-As contribuições conforme a prosperidade individual (1 Co.16-1-9) - Os bons  exemplos de outros cristãos devem nos estimular. É bom armazená-los para que os utilizemos bem. Aqueles que são ricos neste mundo devem ser ricos em boas obras (1 Tm 6.17,18). A mão diligente não se enriquecerá sem a bênção divina (Pv.10.4,22).O que pode ser mais  adequado para estimular-nos à caridade para com o povo e para com os filhos de Deus, do que considerar  tudo o que temos como  dádiva Dele? .As obras de misericórdia são frutos reais  do verdadeiro AMOR de Deus, e portanto, serviços apropriados para todos os dia do Senhor. Os ministros  fazem a atividade que lhes cabe como DEVER, quando ajudam ou promovem as obras de CARIDADE.
O coração de um ministro cristão dever estar ORIENTADO ao bem estar das pessoas no meio das quais tenha trabalhado por muito tempo e com êxito.

4-Os recursos do Senhor devem ser bem cuidados (1 Co.16.3) – A palavra carta, indica  “cartas de recomendação”, para que servissem de credencias para os portadores do dinheiro.Muito provavelmente essas cartas  conteriam informações sobre o  montante  que era levado pelos seus respectivos portadores, a fim de que não houvesse qualquer dúvida quanto a honestidade dos mesmos. Os indivíduos enviados deveriam ser  membros de confiança na igreja de Corinto, aprovados pela congregação.
É preciso grande cuidado na questão de dinheiro, na igreja cristã. Os versículos 2,4 deste capitulo , e que  abordam questões de negócios, servem de lição para nós, ensinando-nos  que as igrejas locais devem seguir métodos financeiros  seguros, exercendo  grande  cuidado em todas as questões  financeiras. A questão do dinheiro pode transforma-se em um problema delicado e perturbador para qualquer comunidade religiosa.

III  COMO DEVE SER  A NOSSA CONTRIBUIÇÃO
1-Devemos contribuir com abundância- Deus instituiu uma LEI básica  para a COLHEITA. É uma lei PERPÉTUA, natural: SEMEAR e COLHER. A semente tem a característica de se multiplicar, semente multiplica semente.
O agricultor sabe que, se plantar  5(cinco) porções de semente em um campo e 25 em outro, colherá mais no campo onde semeou mais.
Assim como existe  colheita natural, há também colheita espiritual. Enquanto você viver, haverá tempo de semeadura e de colheita. Deus lhe dá o privilégio de semear  e ter  uma boa colheita para sua vida.
As semente que nós plantamos são as coisas que nós oferecemos  a Deus. Tempo, Amor, fidelidade e atos de bondade são sementes boas. Mas há também sementes ruins: ódio,  falta de perdão, ressentimento, amargura e rebelião. Seja qual for a semente que nós  semearmos, boa ou má, haverá sempre uma COLHEITA.Que espécie de colheita  precisamos em nossas finanças?. Antes da colheita, nós devemos primeiro plantar semente, que são as OFERTAS. Mas talvez nós tenhamos atingido um  nível desesperador de escassez e estejamos  convencido de que não podemos dar-nos ao luxo de ofertar.
Demos um passo de FÉ para dar a Deus a maior e melhor semente possível. Deus usará  a semente  que  semearmos  para produzir  a colheita de que  precisamos.

2-Devemos contribuir com alegria- As pessoas podem hesitar em doar  generosamente e com alegria a Deus devido à preocupação de  terem o SUFICIENTE para atender ás suas necessidades. Paulo assegurou aos coríntios que Deus é poderoso para atendê-los . A pessoa que doa POUCO recebera POUCO. A nossa gratidão a Deus por tudo que Ele fez por nós, e o sacrifício vicário de Cristo, deve ser a mola mestra que nos impulsionará e motivará a contribuir para a expansão do Reino de Deus aqui na terra.
Não deixemos que a falta de fé nos impeça de sermos ALEGRES e GENEROSOS  doadores a DEUS.     

3- Devemos contribuir com fé, renuncia e despreendimento- Jesus alertou contra o desejo de apenas causar boa impressão. Esses mestres da lei eram hipócritas , não amavam a Deus. Os verdadeiros  seguidores  de Cristo não se  distinguem por sua exuberante religiosidade. Ler a Bíblia, orar em público ou obedecer aos preceitos religiosos pode ser HIPOCRISIA se o motivo para essas práticas for apenas ser notado ou honrado. Em Mc.12.41, há um relato onde Jesus observava as atitudes dos que ali compareciam.No templo havia  vários GAZOFILÁCIO, caixas onde  o dinheiro ( ofertas) era depositado. Alguns eram destinados ao imposto do Templo, pago pelos judeus do sexo masculino; outros, às ofertas voluntárias. Houve uma viúva  que fez a sua oferta, aos olhos do Senhor Jesus, essa pobre ( mas rica em generosidade) viúva havia contribuído mais do que todos, embora a oferta dela fosse muito menor que as demais.O valor de uma oferta não é determinado pela QUANTIA, mas pela INTENÇÃO com que é oferecida e pela QUALIDADE. Quando Uma oferta é dada de MÁ vontade  ou apenas visando a algum RECONHECIMENTO perde o seu VALOR.

4-Devemos contribuir confiante no Senhor (2 Co9.8)- Deus é poderoso para tornar abundante em nós toda a graça, a palavra graça aqui quer dizer, providência abundante de Deus, tanto no campo ESPIRITUAL como MATERIAL. A graça abundante que Deus dá resulta para os coríntios em não terem somente  tudo aquilo que necessitam, mas  em um EXCEDENTE para participar completamente em toda boa obra, como no caso da OFERTA de que se está tratando, com tal participação, as bênçãos MATERIAIS passam a ser ESPIRITUAIS.
É  liberal, dá aos necessitados; a sua JUSTIÇA permanece para sempre. É notável  que o judaísmo tenha há muito tempo estabelecido uma conexão entre o AUXILIO aos necessitados e a JUSTIÇA, de tal modo que as duas  fossem  virtualmente  EQUIVALENTE.Paulo encerra com um incentivo final.A liberalidade dos coríntios  fará com que  os destinatários  da oferta OREM fervorosamente e afetuosamente por eles, com orações inspiradas pela maravilhosa GRAÇA e OBRA de Deus no interior de cada um deles.

APLICAÇÃO PESSOAL: Nossas atitude é mais importante do que  a quantia que doamos.Não temos que nos envergonhar se pudermos dar apenas uma pequena contribuição.Deus está interessado na MANEIRA como ofertamos, a partir dos recursos que temos.Quando investimos na obra de Deus com os recursos que Ele nos dá,Ele nos SUPRE com muito mais para que possamos continuar a OFERTAR.

Ev.Carlos Borges(CABB)

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