AJUDA AOS
NECESSITADOS
2 Co. 9.6-12-
Lição nº12
Introdução: A pobreza é um dos mais persistentes e vexatórios problemas
da humanidade. Por muitas vezes, instaura-se por culpa do próprio individuo,
que se entrega à inatividade; mas, outras vezes, é imposto às pessoas pela
força das circunstâncias, pela falta de educação e pela ignorância acerca de
como a pessoa deve tirar proveito das oportunidades. É preciso tirar a
“pobreza” do coração do pobre, para podermos tirar o “pobre”da pobreza.
I A IMPORTÂNCIA DA AJUDA AOS NECESSITADOS- A Pobreza é uma categoria ou situação econômica na qual as pessoas
são incapazes de obter (e de possuir) os meios de sustento, por seus próprios
meio ou esforços, evitando assim passar necessidades. Quem é verdadeiramente
pobre precisa depender de outras pessoas
ou instituições, como agências de caridade, religiosas e seculares, a fim de
receberem o seu sustento
1-Paulo expôs em detalhes o dever da contribuição na igreja (At.11.27-29).
- Não havia profetas somente no Antigo Testamento, mas também na Igreja
Primitiva. O papel deles era apresentar
a vontade de Deus às pessoas e instruí-las a respeito da aplicação das
Escrituras. Às vezes, também tinham o Dom de predizer o futuro, como foi o caso
de Ágabo.
Existia uma séria falta de
alimentos durante o reinado do imperador romano Cláudio (41-54 d.C) em razão de
uma seca que se estendeu por todo o Império Romano por muitos anos. É
significativo que a igreja de Antioquia tenha ajudado a de Jerusalém. A igreja
filha cresceu o bastante para poder ajudar aquela já estabelecida.
Em 1Co. 16.1-4, temos o relato
da coleta que foi tirada em favor dos
crentes de Jerusalém que estavam passando por grande necessidade, Paulo sugere
que os crentes economizassem uma certa
quantia cada semana(guardassem com sigo) e a dessem para a igreja ( até
que ele chegasse) para ele levar para Jerusalém.Como seria bom se nas igrejas
modernas( da atualidade), as lideranças doutrinasse o povo sistematicamente
sobre a importância e o dever de contribuir, não só para sustentação da obra,
como também obter recursos financeiros para ajudar os irmãos necessitados
locais.
2-Paulo falou claramente das necessidades dos irmãos (Rm. 15.26)-Paulo
não poderia começar a viagem à Espanha por Roma até que entregasse aos santos em Jerusalém uma
coleta reunida entre as igrejas Macedônia e Acaia, que ele fundou. Paulo via a
liberação desses recursos financeiros como ilustração da dependência mútua
entre os crentes. Não há que duvidar que esta coleta também constitui uma
expressão prática da Unidade do Corpo de Cristo.
Paulo foi o exemplo de líder
que não vivia da dependência financeira da igreja, ele trabalhava para-se
manter, ele nunca foi um mercenário ou explorador de igreja, porém não relutava
quando o assunto era pedir ajuda ou ofertas para os irmãos necessitados da
igreja. Na igreja verdadeira de Cristo, seus membros não passam fome, não são
desprezados, não são discriminados, não são preconceituados, eles são amados,
ajudados, conceituados.
Precisamos rever nossos conceitos de crentes da atualidade, e nos
espelharmos nas atitudes das igrejas do passado, cujos exemplos são bem diferentes
das atuais, Aquelas estavam dentro da
vontade de Cristo, e as atuais estão?.
3-Paulo pedia ofertas para os santos (1 Co. 16.1)- Em uma ocasião
anterior, Paulo e Barnabé recolheram uma oferta na Antioquia da Síria e
levaram-na a Jerusalém para ajudar os cristãos durante um tempo de fome (At.11.30).
A liderança de Jerusalém pediu que
se lembrassem dos pobres. O apóstolo
sabia que estes crentes não podiam esperar nenhuma ajuda dos judeus. Sabia
também que existiam comunidades religiosas em meio aos gregos que cuidavam de
si próprio, seguramente, os crentes podiam e deveriam ajudar-se mutuamente.
As contribuições das igrejas
dos gentios seriam um meio de mostrar sua solidariedade espiritual para com os
cristãos judeus. Seria também uma expressão de gratidão, a quem espiritualmente
deveriam muito. Evidentemente, a igreja de Jerusalém era a mais pobre do que a
igreja que Paulo fundou o motivo dessa diferença não está clara, talvez existisse
uma escassez periódica (At.11.28-30), algum teólogo sugere que podem ter
sofrido os efeitos posteriores da venda de seus bens por ocasião do inicio da igreja
(At.4.34,35).
II PRINCIPIOS GERAIS ACERCA DA
CONTRIBUIÇÃO.
1-Contribuir Com regularidade- As instruções de Paulo são: “No
primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar,
conforme a sua prosperidade” (v.2). Não se sabe ao certo se “o primeiro dia” se
refere à adoração semanal dos cristãos aos domingos, embora existam evidências de
que os crentes, em uma primeira fase, encontravam-se naquele dia para a adoração.
Isto é indubitavelmente o que João quer
dizer com: “ Fui arrebatado em espírito,
no dia do Senhor(Ap.1.10). A fase “cada um de vós” enfatiza que esperava-se que todos participassem. O fato de que deveriam “ pôr de lado” o que pudessem
ajuntar, significa que o dinheiro deveria ser guardado em casa.
2-Contribuir individualmente-
Nós também deveríamos agir como o nosso irmão do passado deveria por de
lado alguma importância em dinheiro, para aplicarmos na obra do Senhor, ora se
somos “mordomos” deveríamos aplicar o dinheiro que o Senhor coloca em nossas
mãos, na sua obra, tornamo-nos falhos com o Senhor, quando sua obra está
carente de recursos financeiros, e nós utilizamos os recursos financeiros em
nosso próprio proveito ( mordomos infiel).
Devemos instruir nossas
crianças a serem fiéis contribuintes, embora elas contribuam com pouco (
pequenas moedas), diante de Deus tem grande significado, hoje elas contribuem
com pouco, pois são pequenas moedas que chegam as suas mãos, porém no futuro,
quando elas tiverem todos as condições especiais, elas contribuirão com
importâncias maiores e com grande alegria.
Pois é dando que se recebe, é plantando que se colhe, é colhendo que se tem
abundância, quem semeia pouco, pouco colhe. É a lei da semeadura, o que se
planta se colhe, e colhe-se na
quantidade que foi plantado.
3-As contribuições conforme a prosperidade individual (1 Co.16-1-9) -
Os bons exemplos de outros cristãos
devem nos estimular. É bom armazená-los para que os utilizemos bem. Aqueles que
são ricos neste mundo devem ser ricos em boas obras (1 Tm 6.17,18). A mão
diligente não se enriquecerá sem a bênção divina (Pv.10.4,22).O que pode ser
mais adequado para estimular-nos à caridade para com o povo e para com os
filhos de Deus, do que considerar tudo o
que temos como dádiva Dele? .As obras de misericórdia são
frutos reais do verdadeiro AMOR de Deus,
e portanto, serviços apropriados para todos os dia do Senhor. Os ministros fazem a atividade que lhes cabe como DEVER,
quando ajudam ou promovem as obras de CARIDADE.
O coração de um ministro cristão
dever estar ORIENTADO ao bem estar das pessoas no meio das quais tenha
trabalhado por muito tempo e com êxito.
4-Os recursos do Senhor devem ser bem cuidados (1 Co.16.3) – A
palavra carta, indica “cartas de
recomendação”, para que servissem de credencias para os portadores do
dinheiro.Muito provavelmente essas cartas
conteriam informações sobre o
montante que era levado pelos
seus respectivos portadores, a fim de que não houvesse qualquer dúvida quanto a
honestidade dos mesmos. Os indivíduos enviados deveriam ser membros de confiança na igreja de Corinto,
aprovados pela congregação.
É preciso grande cuidado na
questão de dinheiro, na igreja cristã. Os versículos 2,4 deste capitulo , e
que abordam questões de negócios, servem
de lição para nós, ensinando-nos que as
igrejas locais devem seguir métodos financeiros
seguros, exercendo grande cuidado em todas as questões financeiras. A questão do dinheiro pode
transforma-se em um problema delicado e perturbador para qualquer comunidade
religiosa.
III COMO DEVE SER
A NOSSA CONTRIBUIÇÃO
1-Devemos contribuir com abundância- Deus instituiu uma LEI
básica para a COLHEITA. É uma lei
PERPÉTUA, natural: SEMEAR e COLHER. A semente tem a característica de se
multiplicar, semente multiplica semente.
O agricultor sabe que, se
plantar 5(cinco) porções de semente em
um campo e 25 em outro, colherá mais no campo onde semeou mais.
Assim como existe colheita natural, há também colheita
espiritual. Enquanto você viver, haverá tempo de semeadura e de colheita. Deus
lhe dá o privilégio de semear e ter uma boa colheita para sua vida.
As semente que nós plantamos
são as coisas que nós oferecemos a Deus.
Tempo, Amor, fidelidade e atos de bondade são sementes boas. Mas há também
sementes ruins: ódio, falta de perdão, ressentimento,
amargura e rebelião. Seja qual for a semente que nós semearmos, boa ou má, haverá sempre uma
COLHEITA.Que espécie de colheita
precisamos em nossas finanças?. Antes da colheita, nós devemos primeiro
plantar semente, que são as OFERTAS. Mas talvez nós tenhamos atingido um nível desesperador de escassez e
estejamos convencido de que não podemos
dar-nos ao luxo de ofertar.
Demos um passo de FÉ para dar
a Deus a maior e melhor semente possível. Deus usará a semente
que semearmos para produzir
a colheita de que precisamos.
2-Devemos contribuir com alegria- As pessoas podem hesitar em
doar generosamente e com alegria a Deus
devido à preocupação de terem o
SUFICIENTE para atender ás suas necessidades. Paulo assegurou aos coríntios que
Deus é poderoso para atendê-los . A pessoa que doa POUCO recebera POUCO. A
nossa gratidão a Deus por tudo que Ele fez por nós, e o sacrifício vicário de
Cristo, deve ser a mola mestra que nos impulsionará e motivará a contribuir
para a expansão do Reino de Deus aqui na terra.
Não deixemos que a falta de fé
nos impeça de sermos ALEGRES e GENEROSOS
doadores a DEUS.
3- Devemos contribuir com fé, renuncia e despreendimento- Jesus
alertou contra o desejo de apenas causar boa impressão. Esses mestres da lei
eram hipócritas , não amavam a Deus. Os verdadeiros seguidores
de Cristo não se distinguem por
sua exuberante religiosidade. Ler a Bíblia, orar em público ou obedecer aos
preceitos religiosos pode ser HIPOCRISIA se o motivo para essas práticas for
apenas ser notado ou honrado. Em Mc.12.41, há um relato onde Jesus observava as
atitudes dos que ali compareciam.No templo havia vários GAZOFILÁCIO, caixas onde o dinheiro ( ofertas) era depositado. Alguns
eram destinados ao imposto do Templo, pago pelos judeus do sexo masculino; outros,
às ofertas voluntárias. Houve uma viúva
que fez a sua oferta, aos olhos do Senhor Jesus, essa pobre ( mas rica
em generosidade) viúva havia contribuído mais do que todos, embora a oferta
dela fosse muito menor que as demais.O valor de uma oferta não é determinado
pela QUANTIA, mas pela INTENÇÃO com que é oferecida e pela QUALIDADE. Quando
Uma oferta é dada de MÁ vontade ou
apenas visando a algum RECONHECIMENTO perde o seu VALOR.
4-Devemos contribuir confiante no Senhor (2 Co9.8)- Deus é poderoso
para tornar abundante em nós toda a graça, a palavra graça aqui quer dizer,
providência abundante de Deus, tanto no campo ESPIRITUAL como MATERIAL. A graça
abundante que Deus dá resulta para os coríntios em não terem somente tudo aquilo que necessitam, mas em um EXCEDENTE para participar completamente
em toda boa obra, como no caso da OFERTA de que se está tratando, com tal
participação, as bênçãos MATERIAIS passam a ser ESPIRITUAIS.
É liberal, dá aos necessitados; a sua JUSTIÇA
permanece para sempre. É notável que o
judaísmo tenha há muito tempo estabelecido uma conexão entre o AUXILIO aos
necessitados e a JUSTIÇA, de tal modo que as duas fossem
virtualmente EQUIVALENTE.Paulo
encerra com um incentivo final.A liberalidade dos coríntios fará com que
os destinatários da oferta OREM
fervorosamente e afetuosamente por eles, com orações inspiradas pela
maravilhosa GRAÇA e OBRA de Deus no interior de cada um deles.
APLICAÇÃO PESSOAL: Nossas atitude é mais importante do que a quantia que doamos.Não temos que nos
envergonhar se pudermos dar apenas uma pequena contribuição.Deus está
interessado na MANEIRA como ofertamos, a partir dos recursos que temos.Quando
investimos na obra de Deus com os recursos que Ele nos dá,Ele nos SUPRE com
muito mais para que possamos continuar a OFERTAR.
Ev.Carlos Borges(CABB)
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