domingo, 14 de abril de 2013

O APOCALIPSE E O USO DA TATUAGEM



O Apocalipse e O uso de Tatuagens.
Tipo: Esboços e estudos bíblicos / Autor: Pr. Rodrigo M. de Oliveira
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O Apocalipse encoraja ao uso de Tatuagens?

Preparei este estudo, depois de ler excelente argumentação do irmão Teóphilo.

Antes de Responder à pergunta a cima, vamos rapidamente explicar a maneira de interpretá-lo:

Todas as profecias da Bíblia, devem ser interpretadas LITERALMENTE e não SIMBOLICAMENTE, a menos que o contexto deixe claro que é símbolo, aí é que pode residir uma confusão, por isso é que sempre devemos ler o que vem antes e depois do versículo.

Existe uma máxima que diz: “texto fora do contexto é pretexto para criar uma heresia”.

Veja o comentário de Jesus a respeito do templo, em Mateus 24:1-2:

“E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo. Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.”

Jesus profetizou que não restaria pedra sobre pedra do templo de Salomão. E assim aconteceu LITERALMENTE no ano 70 d.C., quando os romanos saquearam Jerusalém, atearam fogo no templo e o ouro que havia no templo derreteu por entre as frestas dos blocos, fazendo com que os romanos retirassem PEDRA POR PEDRA do templo para recuperar o ouro. Muitas destas pedras hoje compõem o muro das Lamentações, em Jerusalém.

Portanto é esta mesma linha de análise que estaremos considerando ao estudar as profecias sobre fim dos tempos.

Mais, devemos também reconhecer o estilo simbólico da linguagem do livro que de fato também existe.

Como em outras partes da Bíblia, aqui ele também usou alguma linguagem simbólica ou figurativa, Jesus em suas parábolas usou de simbolismo quando ele disse, "Eu sou o pão" (João 6:35), imediatamente percebemos que ele não está falando de alimento físico. Quando ele disse, "Eu sou a porta" (João 10:7) ninguém imagina que Jesus é feito de madeira e tem dobradiças de metal. Quando ele disse, "Eu sou a videira" (João 15:1), não concluímos que ele é literalmente uma planta frutífera.

O Apocalipse é um livro com fundamento nos livros do Velho Testamento. Não somente o estilo, mas muitas das citações e imagens deste livro são baseadas no Velho Testamento. Por esta razão, eu encorajo freqüentemente as pessoas a estudarem vários livros do Velho Testamento antes que comecem o estudo de Apocalipse. Muito do vívido simbolismo de Apocalipse está baseado em livros tais como Êxodo, Salmos, Isaías, Ezequiel, Daniel e Zacarias. Quanto melhor entendermos estes livros, mais clara se tornará a mensagem de Apocalipse.

Uma vez Jacó teve uma visão de uma escada que subia ao céu (Gen. 28:12) e Pedro teve uma visão de um vaso como um lençol que descia do céu (Atos. 10:11). Eram visões simbólicas.

A escada e o lençol eram símbolos de algo que Deus estava querendo ensinar.

Da mesma forma, João viu o que ele realmente viu e escreveu. Se está escrito que ele viu um cavalo vermelho, ele realmente viu um cavalo vermelho, porém esse cavalo vermelho tem um significado, simboliza algo que Jesus quer revelar a nós. Isto evidentemente não significa que no céu tenha cavalos coloridos, são apenas símbolos.

O entendimento da mensagem contida não só no Apocalipse, mas de toda a bíblia, depende do nosso desejo ardente, sincero e incondicional de conhecer a Palavra de Deus e da nossa disposição em ouvir, ler, estudar, e meditar na Palavra de Deus.

Mas como saber quando é simbólico e quando é literal?

O - Dr. David L. Cooper. Responde:

"Quando o pleno entendimento da Escritura forma o sentido comum, não procure outro, mas tome cada palavra em seu principal significado literal, a menos que os fatos do contexto imediato indiquem claramente outro sentido".

O livro de Apocalipse tem tido inúmeras interpretações diferentes. Porém, gostaríamos de demonstrar que a interpretação correta é a futurista.

Esta interpretação coloca as profecias do livro de Apocalipse como fatos que ainda não se cumpriram. Tais profecias começam no capítulo 4 em diante. Esta interpretação foi a mesma que a igreja primitiva usou durante sua história evangelística, desde o momento dos apóstolos que estavam com Jesus Cristo até o século IV. Esta interpretação toma como regra o sentido literal das profecias, a menos que os fatos demonstrem o contrário. Esta é a única interpretação considerada aceitável para o livro do Apocalipse.

Veja o problema com as outras três linhas de interpretação:

A interpretação histórica:

Esta interpretação toma como base que os fatos que João descrevia tinham lugar durante a história da igreja e insinua que todos os fatos já teriam acontecido quando olhamos para trás na história da humanidade. Obviamente, seria muito difícil encaixar TODAS as profecias do livro de Apocalipse em fatos históricos que JÁ aconteceram. Simplesmente, isto faz com que esta interpretação não tenha fundamento.

A interpretação espiritualista:

Existe uma interpretação que considera todo o conteúdo do livro em sentido figurado (ou até metafórico). Esta interpretação supõe que João estaria falando de um conflito espiritual e não de uma experiência física e real. Esta interpretação tem sempre a tendência de considerar que o mundo estaria cada vez mais perfeito e que estaríamos todos ingressando em um novo reino e que as profecias seriam apenas o conflito espiritual pessoal de João. Porém, todos os acontecimentos dos séculos XX e XXI mostram que o mundo tem somente piorado, promovendo uma verdadeira degeneração da raça humana. Isto prova que esta interpretação não tem o menor fundamento.

A interpretação preterista:

Esta interpretação considera que João teria escrito Apocalipse antes da destruição do Templo em 70 d.C. e que estas profecias seriam fatos que aconteceram na mesma época de quando o livro foi escrito. Esta posição é praticamente insustentável, porque basta retrocedermos na história, tentando encaixar os eventos de Apocalipse que veremos que as profecias ainda não aconteceram. Nem mesmo os imperadores romanos, conhecidos por sua maldade, se encaixariam no perfil descrito para o anticristo. Também vemos que a profecia da profanação do Templo descrita em 2 Tessalonicenses 2:3-4 ainda não aconteceu.

Portanto, vemos que a única interpretação aceitável para o livro de Apocalipse é a futurista.

Agora nos dediquemos à questão do Titulo deste estudo:

O Apocalipse da margem para Tatuagens?

O trecho mais lindo, que nos deixa em paz sobre a verdade bíblica e cuja interpretação é literal, mesmo sendo parte do Apocalipse:

Apocalipse 22: 18-20 — “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro. Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!”

Consideremos também para este assunto o Livro de Romanos:

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação de vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1-2)

O que se costuma argumentar em relação a tatuagens hoje em dia é o uso deste versículos:

Apocalipse 3:12:

“A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo nome.”

e Apocalipse 19:16:

“No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.”
É muito válida esta interação, pois mostra como as pessoas podem usar a Bíblia para justificar algo, mesmo que sem uma pesquisa exegética satisfatória.
Esse livro da Bíblia foi “escrito no futuro”! Seu texto tem, em grande parte, simbologias que merecem estudo meticuloso.

Por exemplo, quando se fala sobre a coxa direita de Jesus Cristo, não é uma implicação direta de que ali haverá uma suposta tatuagem. Se formos pesquisar especificamente na Bíblia sobre a parte “coxa direita” encontraremos diversas passagens (Gênesis 24, Gênesis 47, Êxodo 29:22, Levítico 7:32, Levítico 9:21) onde nota-se que essa é uma referência da cultura judaica à ascendência hierárquica, à soberania e até mesmo à virilidade. Logo, podemos perceber que esse fato mencionado em Apocalipse 19:16 quer dizer que Jesus virá como soberano e não como servo, impressão esta reforçada pelo uso do manto.

Já Apocalipse 3:12 é uma passagem claramente figurativa, ou seja, há um grande simbolismo nas palavras empregadas, ou será que acreditaremos que alguém será transformado em uma coluna arquitetônica? Isso serve para mostrar o grau de deturpação que vem sendo implantado em nossas igrejas e divulgado como “evangelho para os jovens”.

O Contexto revelou o significado, viram.

Apocalipse 12:1 — “E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.”

Note que tal visão é simbólica, que esta mulher representa Israel.

O “todo o olho verá...” é literal, glórias a Deus por isso, mas transformar a simbologia de outros sinais descritos (a prostituta assentada sobre as muitas águas, a besta com sete cabeças e dez chifres... os símbolos de uma forma geral) em algo literal é quase que esperar para ver um filme do Godizila, com monstros saindo do mar e gigantes descomunais.

Não duvidamos do mover que ocorre no mundo espiritual em momento algum, mas que há excelentes explicações para tais simbolismos, isso há!



Levítico 19:28, foi escrito em duas partes! Vejamos:

Parte 1 – “Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne” – Mas vejamos que há então uma pontuação muito importante depois desta primeira frase: um “ponto e vírgula”, que, segundo as regras da gramática da língua portuguesa (que é a que nós falamos e é a língua para qual tal texto foi traduzido do original hebraico) serve para “indicar uma pausa mais forte que a da vírgula e menos que a do ponto final” (segundo o Aurélio e concordando com o Houaiss). Logo indica uma troca de tópicos, uma continuação do texto, porém com outro item.

Parte 2 – “nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o Senhor.” Isso é uma ordem direta e independente da primeira parte que reafirma claramente que marca alguma será aceita sobre os verdadeiros servos do Senhor! E é algo tão importante que o Senhor sela tais afirmações com uma frase de atenção, que deve inspirar o temor de seus servos: “Eu sou o Senhor!” vejo que “os antigos” estavam corretos: nada justifica a colocação de tatuagens!

Quanto a dizer que não vale porque está no Antigo Testamento vejamos:

II Timóteo 3:16 — "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça."

Mesmo que você tatue “Jesus” ou até um verso bíblico no seu braço, saiba que isto está errado, pois nossa relação com nosso Senhor e Salvador não é de escravidão, porém de amor e obediência (Pois a Igreja, é Noiva, Virgem, Pura). Por isso você não precisa ser “marcado” nem para mostrar sua lealdade e nem por qualquer outro motivo. E você pode questionar: mas isso é desobediência?

Resposta: leia I Coríntios 3:16-17 e verá:

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.”

Vamos ver o que o último Apóstolo, chamado Paulo, escreveu em I Coríntios 6:19:

“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”

E ainda há algo mais maravilhoso, que este mesmo Paulo nos revela em Gálatas 3:26-29:

“Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.”

Considere isto, ter uma tatuagem é a vontade de Deus claramente expressa em sua vida ou a sua vontade e vaidade próprias sendo satisfeitas, sem sequer dar atenção ao que está escrito na palavra?

Você pode dizer: “Ah, mas meus amigos colocaram...” ou “Meu cantor gospel favorito também tem uma!”

A Bíblia responde:

“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4).

E ainda aproveitamos para aconselhar que largue desses amigos, pois está escrito:

“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.” (I Coríntios 15:33-34) e

“Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo.” (I Coríntios 5:11-13).

Logo, a partir de agora, que você já leu até aqui e tem pleno conhecimento de que as tatuagens são um erro, torna-se responsável não apenas por si próprio, mas também pela exortação a outros irmãos que possam estar pensando em fazer isso, pois, de todas as atitudes questionáveis que um ser humano pode tomar, fazer uma marca em si mesmo é uma das que mereceria a maior consideração prévia.

Gostaria de recomendar ainda a leitura do artigo: “Jesus Tinha Cabelo comprido?” publicado aqui mesmo em Atos Dois.
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Ev. Carlos Borges(CABB)

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