DESPENSEIROS DOS MINISTÉRIO DE
DEUS
I Co. 4.1-5,14-16.
Introdução: Quem
são realmente os verdadeiros ministros de Cristo segunda a Bíblia? Como podemos
identificá-los? Quais são suas qualidades? Qual é sua missão? Existe distinção
entre ministro e despenseiro?Aprenderemos no decorrer da lição que estamos
estudando.
I
OS VERDADEIROS MINISTROS DE CRISTO
1-São chamados pela
vontade de Deus.
A palavra que é traduzida por ministro, em grego é “hyperetes”, (no tempo de
Paulo) que significa “servidor, ajudante, assistente”. Essa expressão era
usada para designar os homens que
remavam no mar. Era o trabalho braçal desses homens que adornavam os grandes
barcos para navegar na direção proposta pelo capitão.
Ministros
(GR.huperetas).Um subordinado.Despenseiros (Gr.oikonomos). Em relação aos
escravos, um supervisor; em relação ao Senhor, um servo; em relação aos bens,
um mordomo ou administrador.Os bens são
os mistérios( a Palavra de Deus).Ser ministro e ter trabalho continuo, já o
despenseiro, indica o administrador da casa.Um servo faz o que
o seu senhor lhe manda fazer.Devemos fazer o que Deus nos ordena na Bíblia Sagrada e por meio
do Espírito Santo.A cada dia Deus faz
com que nos deparemos com
diferentes necessidades e oportunidade que nos
desafiam a fazer o que saber
ser correto.
2-Tem senso de
responsabilidade ministerial-
O apóstolo volta sua atenção especificamente às posições de liderança na igreja.
Paulo inicia sua discussão sobre as condições exigidas aos
candidatos à liderança da igreja com uma lista consecutiva de 12 qualificações:
1-Irrepreensível
2-Marido
de uma só mulher
3-Vigilante
4-sóbrio
5-Honesto
6-Hospitaleiro
7-Apto
para ensinar
8-Não
dado ao vinho
9-Não
espancador
10-
Não cobiçoso de torpe ganância
11-
Não contencioso
12-
Não avarento
3-São piedosos e
íntegros- É
importante que não somente Deus, mas também o povo veja que o pastor está
conduzindo a obra do Senhor de maneira correta, ética e honesta. Tendo o
cuidado de fazer o que é correto.Paulo
exorta os líderes a corrigirem a falsa doutrina e a lidar de forma amorosa a justa
com todos os membros da igreja.A
igreja não deve ser apenas uma instituição
profissionalmente organizada; dever ser
organizada de forma que Cristo
possa ser honrado e glorificado.O ponto
mais importante na vida da igreja é: conhecer a Deus;trabalhar em conjunto com
harmonia e amor; levar as boas novas de Deus ao mundo.
4-São comprometidos
com a Palavra de Deus (2 Tm2. 15; 4.2)-Como Deus julgará que tipo de trabalhadores temos
sido para Ele, devemos edificar nossas vidas em sua Palavra e aplicá-la à nossa
vida. Esta por si mesma, já nos indica como viver e servir a Deus. Os crentes
que ignoram a Bíblia certamente se envergonharão no dia do julgamento. O estudo
consistente e diligente da Palavra de Deus é vital; caso contrário, seriamos impelidos
a negligenciar a Deus e ao nosso verdadeiro propósito na vida. Em 2Co. 2.4,
vemos que a confiança de Paulo, não estava
em seu intelecto perspicaz ou em sua habilidade de oratória, mas no
Espírito Santo, que o ajudava e guiava. Paulo não negou a importância do estudo
e da preparação para pregar. Ele, aliás, teve uma educação completa baseada nas
Escrituras. A pregação efetiva resulta da cuidadosa preparação e da confiança
no trabalho do Espírito Santo.
II
A MISSÃO DOS MINISTROS DE CRISTO – Os que são chamados por Deus para o seu
ministério, sua obra, devem se apoiar em três (3) pilares fundamentais, que
são:
1-serviço- 1Co. 3.5, Paulo agora enfatiza que
nem ele,nem Apolo,nem qualquer
outra pessoa separada de Cristo
deve ser seguida, porque ninguém poderá levar o mérito pelo nascimento e
crescimento da congregação de Corinto. Os ministérios de Paulo e Apolo, que
servem como diretrizes para aqueles que estão envolvidos com o ministério. Quem
é Paulo? Quem é Apolo. São “servos” (diakonoi), seguidores dos passos de Jesus,
vieram não para serem servidos, mas para
servir(Mc.10.45).
2-Mordomia- Paulo e seus companheiros, não
se consideravam donos da obra, eles tinham consciência, que o trabalha que
efetuavam, não era para si mesmo, mas para alguém quem os comissionou, logo,
eles eram despenseiros (encarregados
e administradores dos bens de seu Senhor), eram mordomos e despenseiros dos
ministérios de Deus. O maior exemplo na Bíblia de despenseiro (mordomo) é a
história de José, no Egito,quando ele ficou encarregado de toda a caso do Faró, tudo passa pelas mãos de José,
um despenseiro temente a Deus, é o melhor administrador que existe. Um líder
espiritual é sem duvida um administrador das coisas de Deus, deve ter cuidado
tanto das coisas materiais (templo, materiais, finanças etc...) como das espirituais
(os dons, ovelhas e talentos que Deus entrega em suas mãos), não pode as usar
como se fosse propriedade sua, um dia ele ira prestar contas delas ao seu
Senhor.
3-Fidelidade – Nossa fidelidade é freqüentemente
provada em assunto relacionado ao dinheiro. Deus nos chama para sermos honesto,
mesmo em pequenos detalhes que possamos facilmente ignorar. A riqueza celestial
é muito mais valiosa do que a terrena. Mas se não formos fidedignos com nosso
dinheiro neste mundo, estaremos desqualificados para lidarmos com grandes riquezas
do Reino de Deus. Muitas vezes a nossa fidelidade é revelada em nossos atos no
cotidiano, e há muitas testemunhas que estão nos observando, e analisando nosso
proceder, o cumprir o que prometemos as pessoas, também pesa na balança da
fidelidade, a expressão “fiel da balança”, lembra o ponteiro da balança que
esta pesando alguma coisa, e mostra o peso exato (verdadeiro).
Paulo
falando aos Crentes de Coríntios, disse
que Deus deveria achá-los irrepreensíveis por ocasião da volta de Cristo, para
nós crentes do século 20, é valida a mesma advertência de Paulo.
III
MINISTRO DOS MINISTÉRIOS DE DEUS- Quais são esses ministérios? São as verdades e as doutrinas da Palavra de Deus que
deve ser pregada e ensinada dos púlpitos das igrejas, que se dizem Cristã, para
que o povo de Deus possa viver de conformidade com a Palavra de Deus, sendo uma
constituição espiritual que deverá reger toda a humanidade, logo todos devem
tomar conhecimento dos seus deveres e direitos, o que deve fazer e o que não
deve fazer.
IV
A AVALIAÇÃO DOS MINISTROS DE CRISTO (1 Co. 4.3-5)
O juízo dos outros (v.3)-É tentador avaliar (julgar) os
companheiros cristãos, avaliando se são ou não bons seguidores de Cristo. Mas
somente Deus conhece o coração de uma pessoa, e ele é o único que tem o direito
de julgar. A advertência de Paulo aos coríntios serve também para nós. Devemos
confrontar os que estão pecando, mas não julgar quem é o melhor servo de
Cristo, isto é uma tarefa dEle.
2-Juízo próprio- Ao contrário da opinião popular,
uma consciência limpa não significa necessariamente que a pessoa seja
irrepreensível. Existe sempre a possibilidade de uma decepção. Paulo diz que
mesmo tendo uma consciência limpa, mesmo assim não se achava ou considerava justificado.
E que muitas pessoas tentam se justificarem por meio de suas próprias obras
3-O juízo de Deus- Muitas das vezes nós nos
entristecemos, quando alguém nos julga, porém nós devemos ter a perfeita
consciência que somente Deus tem o direito de nos julga, e o julgamento de
Deus, é diferente do das pessoas que estão em volta de nós, é possível que
algumas pessoas nos absolvam e Deus nos condene, por outro lado elas podem nos
condenar e Deus nos absolver, se nós nos propusermos a fazer a obra de Deus,
conforma a Sua Palavra e a direção do Espírito Santo, não há nem uma “condenação”
para os que estão em Cristo Jesus.
4- O juízo do
tribunal de Cristo- Paulo
tinha dois contrates em mente, o primeiro – o que era aquilo que é digno e
aquilo que é indigno, o segundo era o que é inflamável e o que é a prova de fogo, porque perante os seus
olhas estava o dia do juízo final. Alguns homens edificam com o ouro da fé, com
a prata da santidade e com as imperecíveis pedras preciosas do amor, mas outros
edificam com a madeira morta de esterilidade nas boas obras, com palha vazia da
falta de espiritualidade, com ostentação
do conhecimento, e com a cana quebradiça do
espírito continuamente em duvida. O tribunal de Cristo será uma ocasião
de avaliação,de nova determinação e dedicação, um período de conflito de alma
e, finalmente, uma oportunidade de avanço. E assim Cristo, uma vez mais, se
tornará o alvo de toda a existência humana. Mas esse novo progresso não se
efetuará enquanto não for expurgada da alma toda madeira, palha e feno
deterioradores, isto é, enquanto não for eliminado da personalidade do crente
tudo quanto lhe impede o avanço espiritual.
Ev. Carlos Borges(CABB)
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