quinta-feira, 11 de julho de 2013

CIDADES DE REFÚGIO

AS CIDADES DE REFÚGIO
Lição nº 11
Js 20.1-6
Introdução: As cidades de refúgio dos países antigos eram, essencialmente, medidas judiciais auxiliares, para ajudar o escape dos homicidas involuntários. Visto que  o código de vingança era forte, os parentes de uma pessoa morta por outrem, matavam sem misericórdia ao culpado pelo homicídio, sem temer qualquer ação da parte da lei. A lei de retribuição, em Israel, requeria punição igual ao crime (Gen.9.6; Ex.21.12-14; Lev. 24.17; Ez. 18.20).

I AS CIDADES DE REFÚGIO E SEUS PROPÓSITOS (Js. 20.2-6)
 1- As cidades dos levitas (Nm. 35.1-5)- Os levitas eram ministros de Deus. Eles eram sustentados pelos crentes, que davam o dízimo de suas propriedades, de seus rebanhos e de suas colheitas. Da mesma forma, somos responsáveis pela provisão das necessidades dos ministros e missionários que trabalham na igreja de Cristo, a fim de que eles possam estar livres para realizar o trabalho ordenado por Deus. Lemos que era  considerado  um dever o parente de um homem morto justiçar  o assassino, mesmo que  o homicídio tivesse sido feito involuntariamente, mesmo  que com razão, em defesa própria.  Os lugares de refúgio incluíam os templos, os santuários e os lugares santos de todas as variedades.

2- O sistema judiciário da Lei- Das 48 cidades dadas aos levitas, seis eram cidades de refúgio. Estas foram colocadas sob a supervisão dos levitas provavelmente porque eram os mais importantes nos julgamentos. As cidades de refúgio eram necessárias, pois era comum a vingança pela morte de um parente ou ente querido (2Sm.14.7). Os levitas faziam uma audição preliminar dos acusados fora dos portões da cidade de refúgio, enquanto o réu era mantido nela até o julgamento. Caso o assassinato fosse julgado acidental, o réu permaneceria na cidade até a morte do Sumo Sacerdote; quando o réu seria liberto e poderia começar uma nova vida sem se preocupar com vingadores. No julgamento definitivo precisava provar isso diante dos anciãos da cidade. Sem dúvida, teria testemunhas. E os familiares do homem morto também teriam suas testemunhas. Todos os lados envolvidos na questão seriam ouvidos, então os anciãos chegariam a uma decisão.  Caso o crime não fosse acidental, o réu seria liberto, ficando à mercê dos vingadores da vítima. Este sistema de justiça do AT demonstra como a lei de Deus e sua misericórdia sempre nos beneficiou.

 3 – A profanação da terra Prometida. (NM 35.33,34)- O sangue  derramado  poluía a terra, razão pela qual tanto o assassinato quanto o homicídio involuntário requeriam que a lei fosse seguida de forma exata: era  necessário aplicar  o  castigo: a morte do assassino, o exílio do homicida involuntário. Somente então seria purificada a terra poluída. E sangue também purificava. O sangue do assassino seria derramado; e, por meio desse ato, a terra era purificada da poluição do sangue criminosamente derramado. O assassinato é um crime hediondo, só podendo ser expiado mediante meios radicais, ou seja, mais derramamento de sangue. Quão diferentes eram essas atitudes quando comparadas com as leis modernas, onde o assassinato, por lei, não pode ser castigado mediante a punição capital, e as pessoas se julgam justas por serem contrárias à pena de morte. E assim, nossa terra permanece poluída com sangue! “Deixar o assassino sem a devida punição é deixar a terra poluída; e a terra pertence à YAHWEH.
Tipologia- Cristo é a nossa cidade de refúgio, onde recebemos salvação e segurança. Cristo também é o nosso Sumo Sacerdote, cuja morte provê a muita benção da liberdade espiritual.

II O SENTIDO FIGURADO DAS CIDADES DE REFÚGIO (Js. 20.7-8)
1- QUEDES (Cades) Santificação para o impuro (Js. 20.7)- Ficava a 25 km ao norte do mar da Galiléia. Quedes no hebraico significa “santa” “santuário”. Havia uma cidade murada com esse nome, no território de Naftali (Js.19.35-38).Havia sido uma cidade real dos cananeus.Tornou-se  cidade levítica e de refúgio(Js 20.7 ; 21.32). A lei de Moisés era um código de justiça, e a misericórdia não era então um conceito tão patente como se vê em nossos dias. Porém em




Cristo o pecador perdoado fica inteiramente livre de culpa e das conseqüências de seu pecado.

2- SIQUÉM: lugar para o cansado (Js. 207)- Localizada no fim do vale que tinha um formato de “V”, na linha Lester - oeste, entre o monte Ebal e o monte Gerezim. Em hebraico significa “ombro” ou “crista”. Jesus disse: venham a mim, todos os que estais cansado e oprimido, e eu os aliviarei (Mt. 11.28). Uma pessoa pode estar carregando um pesado jugo de pecados, opressão e perseguição. Mas Jesus liberta as pessoas de todas estas cargas. O alívio que Ele promete é o amor, a cura e a paz com Deus, e não o fim de toda a luta ( labuta). Realmente Jesus é o ombro amigo, que esta disposto a nos ajudar a carregar a nossa cruz, de carregar a cruz Jesus entende muito bem, e possível que Ele possa nos mostrar um lugar na cruz, onde o peso poderá ficar mais leve.

3-HEBROM: lugar de comunhão (Js. 20.7)-Em hebraico significa “comunidade”, “aliança”, esta cidade ficava situada no sul da Palestina, no território de Judá, cerca de vinte e nove (29) Km ao sul de Jerusalém, esta situada entre duas serras montanhosas, com um vale entre as duas serras. Cristo é a nossa cidade de refúgio, onde estamos protegido do vingador, fomos justificado pelo nosso  justo juiz, somos livre, e temos comunhão com Deus através de Jesus Cristo, esta comunhão que nos reconcilia, com Deus, custou o preço de sangue, de um inocente, que assumiu nossa culpa, somos criaturas livres, não tememos o acusador, vingador, estamos na nossa cidade de refúgio, em breve iremos para a cidade Celestial, onde viveremos para sempre com o Senhor Jesus.

4-BEZER: lugar de refúgio para o fraco (Js 20.8)- Em hebraico significa “forte”, “fortaleza” provavelmente ficava situada no território de Moabe, talvez fosse à mesma Bozra de Edom. Uma cidade dos levitas, na região de Rúben (Js.21.36), tornou-se  uma das seis cidades de refúgio em Israel. (Dt.4.43 ;Js 20.8).Temos em Deus e no seu filho, Jesus Cristo, a fortaleza e nosso refúgio, como diz o salmista: (Sl 46.1)ainda que o mundo  venha a ser abalado, não precisamos temer.diante da mudança absoluta, o escritor expressou sua calma e confiança na habilidade e na  capacidade de Deus para salvar. Ele não é somente um abrigo temporário; é o nosso refúgio eterno e pode dar-nos força sob quaisquer circunstâncias.

5-RAMOTE: lugar de refúgio para os humilhados (Js. 20.8)- Em hebraico significa “altura” “elevação”, ficava a cerca de 80 km mais, para o norte, nas terras altas de Gileade. Uma cidade  levítica  pertencente  aos descendentes de Gérson, no território de Issacar (I Cr 6.73). Sem dúvida é a mesma Jarmute de Js. 21.29, porquanto ocupa a mesma posição na lista  das cidades levíticas. A grandeza de Deus, e seu divino poderem, vem ao encontro da pobreza e necessidade humanas, especialmente quando esta situação humana foi causada pelo pecado de outro (Adão). O contraste nos mostra quão grande é o amor e a misericórdia de Deus, o altíssimo e Santo, que procura “morada” no coração do contrito e no espírito dos “abatidos”.

6-GOLÃ: lugar de refúgio para os tristes (Js. 20.8)- Em hebraico significa “cativo”. Esse  é o nome dado a uma aldeia  levítica  de Basã, no  território da tribo de  Manassés (Dt. 4.43;Js 20.8 ;21.27 ;I Cr6.71).Golã era uma das três cidades de refúgio da porção leste do rio Jordão. Tornou-se  a principal cidade da província  de Gaulonite, que foi uma das  quatro províncias em que Basã foi dividida, após o cativeiro babilônico.É feliz e tem a verdadeira felicidade, quem está em paz com Deus, para os tais encontramos:
1-Humilde de espírito- não é a falta de bens materiais que produz humildade;
2-Os que choram – Os que lamentam seus próprios pecados
3-Os mansos- são os que se dobram a vontade de Deus
4-Fome e sede de justiça- é o que têm  os que buscam  a santidade  que vem de Deus.
5-Os misericordiosos- Os que se compadecem do seu próximo



6-Os Limpo de coração- Os que têm a santidade no íntimo
7-Os pacificadores- Os que têm a paz com Deus e a semeiam
8- Os perseguidos – Os que sofrem qualquer sacrifício para permanecer dentro da vontade de Cristo.


Ev. Carlos Borges(CABB)

Nenhum comentário:

Postar um comentário