AS CIDADES DE REFÚGIO
Lição nº 11
Js 20.1-6
Introdução: As
cidades de refúgio dos países antigos eram, essencialmente, medidas judiciais
auxiliares, para ajudar o escape dos homicidas involuntários. Visto que o código de vingança era forte, os parentes de
uma pessoa morta por outrem, matavam sem misericórdia ao culpado pelo
homicídio, sem temer qualquer ação da parte da lei. A lei de retribuição, em
Israel, requeria punição igual ao crime (Gen.9.6; Ex.21.12-14; Lev. 24.17; Ez. 18.20).
I AS
CIDADES DE REFÚGIO E SEUS PROPÓSITOS (Js. 20.2-6)
1- As cidades dos levitas (Nm. 35.1-5)- Os levitas eram ministros de
Deus. Eles eram sustentados pelos crentes, que davam o dízimo de suas propriedades, de seus rebanhos e de
suas colheitas. Da mesma forma, somos responsáveis pela provisão das
necessidades dos ministros e missionários que trabalham na igreja de Cristo, a
fim de que eles possam estar livres para realizar o trabalho ordenado por Deus.
Lemos que era considerado um dever o parente de um homem morto justiçar o assassino, mesmo que o homicídio tivesse sido feito
involuntariamente, mesmo que com razão,
em defesa própria. Os lugares de refúgio
incluíam os templos, os santuários e os lugares santos de todas as variedades.
2- O sistema judiciário
da Lei- Das 48
cidades dadas aos levitas, seis eram cidades de refúgio. Estas foram colocadas sob
a supervisão dos levitas provavelmente porque eram os mais importantes nos
julgamentos. As cidades de refúgio eram necessárias, pois era comum a vingança pela
morte de um parente ou ente querido (2Sm.14.7). Os levitas faziam uma audição
preliminar dos acusados fora dos portões da cidade de refúgio, enquanto o réu
era mantido nela até o julgamento. Caso o assassinato fosse julgado acidental,
o réu permaneceria na cidade até a morte do Sumo Sacerdote; quando o réu seria
liberto e poderia começar uma nova vida sem se preocupar com vingadores. No
julgamento definitivo precisava provar isso diante dos anciãos da cidade. Sem
dúvida, teria testemunhas. E os familiares do homem morto também teriam suas
testemunhas. Todos os lados envolvidos na questão seriam ouvidos, então os
anciãos chegariam a uma decisão. Caso o
crime não fosse acidental, o réu seria liberto, ficando à mercê dos vingadores
da vítima. Este sistema de justiça do AT demonstra como a lei de Deus e sua
misericórdia sempre nos beneficiou.
3 – A profanação da terra Prometida. (NM
35.33,34)- O
sangue derramado
poluía a terra, razão pela qual tanto o assassinato quanto o homicídio
involuntário requeriam que a lei fosse seguida de forma exata: era necessário aplicar o castigo: a morte do assassino, o exílio do
homicida involuntário. Somente então seria purificada a terra poluída. E sangue
também purificava. O sangue do assassino seria derramado; e, por meio desse
ato, a terra era purificada da poluição do sangue criminosamente derramado. O
assassinato é um crime hediondo, só
podendo ser expiado mediante meios radicais, ou seja, mais derramamento de
sangue. Quão diferentes eram essas
atitudes quando comparadas com as leis modernas, onde o assassinato, por lei,
não pode ser castigado mediante a punição capital, e as pessoas se julgam
justas por serem contrárias à pena de morte. E assim, nossa terra permanece
poluída com sangue! “Deixar o assassino sem a devida punição é deixar a terra
poluída; e a terra pertence à YAHWEH.
Tipologia-
Cristo é a nossa cidade de refúgio, onde recebemos salvação e segurança. Cristo
também é o nosso Sumo Sacerdote, cuja morte provê a muita benção da liberdade
espiritual.
II
O SENTIDO FIGURADO DAS CIDADES DE REFÚGIO (Js. 20.7-8)
1- QUEDES (Cades)
Santificação para o impuro (Js. 20.7)-
Ficava a 25 km ao norte do mar da Galiléia. Quedes no hebraico significa
“santa” “santuário”. Havia uma cidade murada com esse nome, no território de
Naftali (Js.19.35-38).Havia sido uma cidade real dos cananeus.Tornou-se cidade levítica e de refúgio(Js 20.7 ; 21.32).
A lei de Moisés era um código de justiça, e a misericórdia não era então um conceito
tão patente como se vê em nossos dias. Porém
em
Cristo o pecador
perdoado fica inteiramente livre de culpa e das conseqüências de seu pecado.
2- SIQUÉM: lugar
para o cansado (Js. 207)-
Localizada no fim do vale que tinha um formato de “V”, na linha Lester - oeste,
entre o monte Ebal e o monte Gerezim. Em hebraico significa “ombro” ou “crista”.
Jesus disse: venham a mim, todos os que estais cansado e oprimido, e eu os
aliviarei (Mt. 11.28). Uma pessoa pode estar carregando um pesado jugo de
pecados, opressão e perseguição. Mas Jesus liberta as pessoas de todas estas cargas.
O alívio que Ele promete é o amor, a cura e a paz com Deus, e não o fim de toda
a luta ( labuta). Realmente Jesus é o ombro amigo, que esta disposto a nos
ajudar a carregar a nossa cruz, de carregar a cruz Jesus entende muito bem, e
possível que Ele possa nos mostrar um lugar na cruz, onde o peso poderá ficar
mais leve.
3-HEBROM: lugar de comunhão (Js. 20.7)-Em hebraico significa “comunidade”,
“aliança”, esta cidade ficava situada no sul da Palestina, no território de
Judá, cerca de vinte e nove (29) Km ao sul de Jerusalém, esta situada entre
duas serras montanhosas, com um vale entre as duas serras. Cristo é a nossa
cidade de refúgio, onde estamos protegido do vingador, fomos justificado pelo
nosso justo juiz, somos livre, e temos
comunhão com Deus através de Jesus Cristo, esta comunhão que nos reconcilia,
com Deus, custou o preço de sangue, de um inocente, que assumiu nossa culpa,
somos criaturas livres, não tememos o acusador, vingador, estamos na nossa
cidade de refúgio, em breve iremos para a cidade Celestial, onde viveremos para
sempre com o Senhor Jesus.
4-BEZER: lugar de
refúgio para o fraco (Js 20.8)-
Em hebraico significa “forte”, “fortaleza” provavelmente ficava situada no
território de Moabe, talvez fosse à mesma Bozra de Edom. Uma cidade dos
levitas, na região de Rúben (Js.21.36),
tornou-se uma das seis cidades de
refúgio em Israel. (Dt.4.43 ;Js 20.8).Temos em Deus e no seu filho, Jesus
Cristo, a fortaleza e nosso refúgio, como diz o salmista: (Sl 46.1)ainda que o
mundo venha a ser abalado, não
precisamos temer.diante da mudança absoluta, o escritor expressou sua calma e
confiança na habilidade e na capacidade
de Deus para salvar. Ele não é somente um abrigo temporário; é o nosso refúgio
eterno e pode dar-nos força sob quaisquer circunstâncias.
5-RAMOTE: lugar de
refúgio para os humilhados (Js. 20.8)-
Em hebraico significa “altura” “elevação”, ficava a cerca de 80 km mais, para o
norte, nas terras altas de Gileade. Uma cidade
levítica pertencente aos descendentes de Gérson, no território de
Issacar (I Cr 6.73). Sem dúvida é a mesma Jarmute de Js. 21.29, porquanto ocupa
a mesma posição na lista das cidades
levíticas. A grandeza de Deus, e seu divino poderem, vem ao encontro da pobreza
e necessidade humanas, especialmente quando esta situação humana foi causada
pelo pecado de outro (Adão). O contraste nos mostra quão grande é o amor e a
misericórdia de Deus, o altíssimo e Santo, que procura “morada” no coração do
contrito e no espírito dos “abatidos”.
6-GOLÃ: lugar de
refúgio para os tristes (Js. 20.8)-
Em hebraico significa “cativo”. Esse é o
nome dado a uma aldeia levítica de Basã, no
território da tribo de Manassés
(Dt. 4.43;Js 20.8 ;21.27 ;I Cr6.71).Golã era uma das três cidades de refúgio da
porção leste do rio Jordão. Tornou-se a
principal cidade da província de
Gaulonite, que foi uma das quatro
províncias em que Basã foi dividida, após o cativeiro babilônico.É feliz e tem
a verdadeira felicidade, quem está em paz com Deus, para os tais encontramos:
1-Humilde
de espírito- não é a falta de bens materiais que produz humildade;
2-Os
que choram – Os que lamentam seus próprios pecados
3-Os
mansos- são os que se dobram a vontade de Deus
4-Fome
e sede de justiça- é o que têm os que
buscam a santidade que vem de Deus.
5-Os
misericordiosos- Os que se compadecem do seu próximo
6-Os
Limpo de coração- Os que têm a santidade no íntimo
7-Os
pacificadores- Os que têm a paz com Deus e a semeiam
8-
Os perseguidos – Os que sofrem qualquer sacrifício para permanecer dentro da
vontade de Cristo.
Ev. Carlos Borges(CABB)
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